O FC Porto vai ser campeão! Não deixa de ser irónico que esta conclusão seja feita após o primeiro jogo em que o FC Porto perdeu pontos na Liga. No entanto, a atitude e mentalidade que o FC Porto colocou em campo é mais que suficiente para nos deixar sossegados quanto ao desfecho deste campeonato. Chegou a ser asfixiante a forma como, nos últimos minutos de jogo, o FC Porto, jogando com apenas 10 jogadores, obrigou o Vitória a defender, a defender, a defender,… Não basta ter um discurso de campeão, é preciso ter postura de campeão. O FC Porto teve-a!
Este era um jogo pelo qual ansiávamos, não por este Vit. Guimarães estar muito forte, mas por ter um treinador astuto, por defrontar o FC Porto num ambiente tenso e historicamente hostil para a nossa equipa e por o jogo marcar um final de mini-ciclo no que à Liga portuguesa diz respeito. Um estímulo para este FC Porto que passou os últimos dois jogos, frente a Olhanense e CSKA, a actuar em baixa intensidade e mais preocupado em gerir o esforço.
Ou seja, frente ao Vitória havia a possibilidade de vermos um FC Porto idêntico ao que defrontou o Benfica e o Sp. Braga, pelo menos ao nível da concentração e atitude. Assim foi, com o FC Porto a ter períodos no jogo (na maior parte do primeiro tempo e nos últimos 20 minutos do jogo) em que quase atropelou o seu adversário. Faltou apenas maior rigor e concentração em alguns períodos do jogo, mas o FC Porto jogou bem!
Com a paragem da Liga, julgo que é altura de fazermos um pequeno balanço e compararmos a prestação do FC Porto com aquilo que foram os resultados daquele que a imprensa indígena apelidou de ‘inatingível e arrasador Benfica de Jesus’ (encheram muito o balão!) durante o mesmo período da época passada. Enquanto que há um ano atrás o nosso maior rival nem a Liga liderava (o Sp. Braga estava em 1º lugar por esta altura), esta época o FC Porto é líder com uma vantagem de 7 (!) pontos sobre os segundos. Olhando para aquilo que foram os resultados do Benfica na Liga Europa, também é fácil chegarmos à conclusão que a prestação do FC Porto na prova tem sido bem mais entusiasmante. Enquanto que, por esta mesma altura, o Benfica levava apenas 2 golos marcados na competição e já tinha sido derrotado pelo vulgar AEK de Atenas, o FC Porto é líder do seu grupo com 6 pontos e 4 golos marcados. A única diferença é que este FC Porto tem piedade dos seus adversários e não vai atrás das goleadas, uma postura que também pode ser explicada pelo perfil dos dois treinadores: o exibicionista Jorge Jesus contrasta com o lúcido e pragmático André-Villas Boas. As equipas à imagem dos treinadores!
Positivo (+):
- quase toda a equipa do FC Porto fez um bom jogo em termos individuais, mas Fernando voltou a realizar uma exibição portentosa (o trinco brasileiro vai ficando “mais jogador” a cada semana que passa);
- a pressão e intensidade de jogo que o FC Porto colocou em campo ficaram ao nível de um jogo da Liga dos Campeões e permitiram-lhe, mesmo a jogar com 10 jogadores, terminar a partida com uma percentagem elevada de posse de bola;
- nota muito positiva para a forma como Rolando e Maicon defenderam e como anularam o jogo possante de Edgar (neste momento já ninguém se recorda de Bruno Alves);
- a diferença que separa o FC Porto do Benfica não é apenas de 7 pontos, é uma diferença de mentalidade, agressividade, querer, ambição,…
Negativo (-):
- Varela: está a demorar a atingir os níveis físicos que lhe vão dar maior discernimento. Um exemplo: foi inacreditável a forma como, no final da 1ª parte, falhou um passe fácil que deixaria Falcão na “cara do golo”;
- Fucile: não por ter jogado mal, mas por ter sido precipitado em dois lances: no golo do Vitória e no lance que lhe valeu a expulsão;
- talvez tenha havido alguma precipitação por parte de Villas-Boas no momento das substituições de João Moutinho e Belluschi (estavam ambos a jogar bem), mas isso foi apenas consequência da grande vontade que o treinador do FC Porto tinha de ganhar o jogo;
Este era um jogo pelo qual ansiávamos, não por este Vit. Guimarães estar muito forte, mas por ter um treinador astuto, por defrontar o FC Porto num ambiente tenso e historicamente hostil para a nossa equipa e por o jogo marcar um final de mini-ciclo no que à Liga portuguesa diz respeito. Um estímulo para este FC Porto que passou os últimos dois jogos, frente a Olhanense e CSKA, a actuar em baixa intensidade e mais preocupado em gerir o esforço.
Ou seja, frente ao Vitória havia a possibilidade de vermos um FC Porto idêntico ao que defrontou o Benfica e o Sp. Braga, pelo menos ao nível da concentração e atitude. Assim foi, com o FC Porto a ter períodos no jogo (na maior parte do primeiro tempo e nos últimos 20 minutos do jogo) em que quase atropelou o seu adversário. Faltou apenas maior rigor e concentração em alguns períodos do jogo, mas o FC Porto jogou bem!
Com a paragem da Liga, julgo que é altura de fazermos um pequeno balanço e compararmos a prestação do FC Porto com aquilo que foram os resultados daquele que a imprensa indígena apelidou de ‘inatingível e arrasador Benfica de Jesus’ (encheram muito o balão!) durante o mesmo período da época passada. Enquanto que há um ano atrás o nosso maior rival nem a Liga liderava (o Sp. Braga estava em 1º lugar por esta altura), esta época o FC Porto é líder com uma vantagem de 7 (!) pontos sobre os segundos. Olhando para aquilo que foram os resultados do Benfica na Liga Europa, também é fácil chegarmos à conclusão que a prestação do FC Porto na prova tem sido bem mais entusiasmante. Enquanto que, por esta mesma altura, o Benfica levava apenas 2 golos marcados na competição e já tinha sido derrotado pelo vulgar AEK de Atenas, o FC Porto é líder do seu grupo com 6 pontos e 4 golos marcados. A única diferença é que este FC Porto tem piedade dos seus adversários e não vai atrás das goleadas, uma postura que também pode ser explicada pelo perfil dos dois treinadores: o exibicionista Jorge Jesus contrasta com o lúcido e pragmático André-Villas Boas. As equipas à imagem dos treinadores!
Positivo (+):
- quase toda a equipa do FC Porto fez um bom jogo em termos individuais, mas Fernando voltou a realizar uma exibição portentosa (o trinco brasileiro vai ficando “mais jogador” a cada semana que passa);
- a pressão e intensidade de jogo que o FC Porto colocou em campo ficaram ao nível de um jogo da Liga dos Campeões e permitiram-lhe, mesmo a jogar com 10 jogadores, terminar a partida com uma percentagem elevada de posse de bola;
- nota muito positiva para a forma como Rolando e Maicon defenderam e como anularam o jogo possante de Edgar (neste momento já ninguém se recorda de Bruno Alves);
- a diferença que separa o FC Porto do Benfica não é apenas de 7 pontos, é uma diferença de mentalidade, agressividade, querer, ambição,…
Negativo (-):
- Varela: está a demorar a atingir os níveis físicos que lhe vão dar maior discernimento. Um exemplo: foi inacreditável a forma como, no final da 1ª parte, falhou um passe fácil que deixaria Falcão na “cara do golo”;
- Fucile: não por ter jogado mal, mas por ter sido precipitado em dois lances: no golo do Vitória e no lance que lhe valeu a expulsão;
- talvez tenha havido alguma precipitação por parte de Villas-Boas no momento das substituições de João Moutinho e Belluschi (estavam ambos a jogar bem), mas isso foi apenas consequência da grande vontade que o treinador do FC Porto tinha de ganhar o jogo;
5 comentários:
Estou inteiramente de acordo com o resumo e tambem convencidissimo que este nao nos escapa.Sò mais um antes de outros.
Acho que o grande erro do Porto este ano foi não ter ido buscar um lateral direito. Sapunaru não tem jogado mal mas já se sabe que para uma fase mais adiantada da Liga Europa não chega. No campeonato para os extremos que existem cá, Sapunaru chega, mesmo assim em alguns jogos Sapunaru simplesmente não joga. Sobre Fucile, é claramente um melhor jogador, sabe atacar, é mais rápido, mas de vez em quando costuma parar-lhe o cérebro. Desconcentra-se e pensa que consegue lidar com a situação. Viu-se isso em alguns lances neste jogo, já sem falar no golo e na expulsão.
Quem não vai à bola com este Porto, e não percebo porquê, é o Miguel Sousa Tavares. Algumas frases dele são completamente absurdas.
Quanto ao Porto em si, é campeão e mai nada! :D
Plenamente de acordo e mais um belíssimo comentário que expressa tudo o que eu penso do jogo. Com uma excepção: Rolando. Não gostei como distribuiu o jogo à linha média.
Um abraço.
É vergonhoso ser um espanhol a reivindicar os direitos do Nortehttp://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?t= … 7&tm=6
http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.com/2010/10/taca-de-portugal-fc-porto-limianos-4-1.html
Enviar um comentário