António de Araújo nasceu em Paredes a 28/09/1923. Araújo foi um avançado que jogou no FC Porto durante grande parte da década de 40 e que, apesar da curta carreira, acabou por marcar aquela geração de futebolistas. Chegou ao FC Porto com apenas 19 anos mas logo viram nele potencial para integrar a equipa principal. Na época 1946/47 acabaría por ser o melhor marcador do campeonato com 36 golos em 25 jogos. Infelizmente, ficou ligado à pequena travessia do deserto que o FC Porto enfrentou durante esse período e que o afastou dos merecidos títulos. Mas os golos que marcou ao serviço do FC Porto cedo o levaram à Selecção Nacional e foi com naturalidade que manteve a veia goleadora ao serviço da Selecção. Foi ele o autor de dois golos à Espanha na primeira vitória oficial sobre os espanhóis (Travassos marcou os outros dois). Depois do sucesso que atingiu na Selecção Nacional acabou por ficar conhecido por «Sport Lisboa e Araújo» porque era com frequência o único jogador do FC Porto a impor-se na Selecção Nacional que naquele tempo era maioritariamente constituída por jogadores do Benfica, do Sporting e do Belenenses. Araújo foi mesmo responsável por não permitir que os «cinco violinos» tivessem na Selecção o mesmo estatuto e reconhecimento que tiveram no Sporting, isto porque o jogador do FC Porto relegava para o banco de suplentes o sportinguista Vasques.
Em 1947, no auge da sua carreira, foi-lhe diagnosticada uma doença na garganta que acabou por lhe afectar os rins. Na época seguinte ainda foi um dos protagonistas na célebre vitória do FC Porto sobre o Arsenal (3-2), mas a meio da época a doença de que padecia não o deixou continuar e foi forçado a abandonar os relvados durante quase dois anos. Quando regressou já não era o mesmo Araújo pois perdera muitas qualidades que fizeram dele um dos melhores avançados de sempre do futebol português. Ainda jogou no Tirsense e no União de Paredes antes de terminar a carreira.
1 comentário:
Amigo Ricardo Vara:
Parabéns pela «biografia» do António Araújo. O grande... ARAÚJO.
Está bem feita, e tudo que refere eu avaliso porque já o sabia.
O Araújo, conhecio-o pessoalmente, em 1998, aquando de um jantar de homenagem aos «vencedores de 1948 spbre o Arsenal», na Boucinha, em Avintes. Poucos anos viria ARAÚJO a falecer.
Nesse jantar (inesquecível) pude vislumbrar, também, o Barrigana, o Alfredo, o Joaquim, o Carvalho, o
Sanfins, enfim, todos os, na altura, sobreviventes.
Tinhamos nós, portistas, hipótese de recordar tal efeméride, por vislumbre, de uma famosa Taça, mandada fazer por subscrição pública... mas agora, nem isso.
Onde andará ?
Que tristeza.
O Estádio do Dragão (ou melhor... Centro Comercial) tem como destino um espaço para o MUSEU, desde a sua inauguração, em 2004.
Mas, o dinheiro para tal, tem levado outros destinos...
Um abraço do Adriano Correia
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