Este já passou! Estava a ser um jogo difícil e, perante a postura demasiado defensiva da Académica, adivinhava-se que só num lance individual ou de bola parada o FC Porto conseguiría marcar. Assim foi, com um cabeceamento de Rolando a desbloquear um jogo complicado, não tanto pela qualidade da Académica mas mais pela difícil gestão emocional que sempre envolve uma dolorosa eliminação da 'Champions'. A ressaca do FC Porto correu bem! Quem não pode dizer o mesmo é o nosso adversário de Quarta-feira passada. O Manchester United foi eliminado pelo Everton na meia-final da Taça de Inglaterra. Mesmo com um plantel de luxo, não é fácil disputar várias competições até ao final da época. Isto ainda valoriza mais a época do FC Porto, que mantém o primeiro lugar da Liga e chega à 2ª mão da meia-final da Taça de Portugal com a presença na final quase garantida. Se vencer os próximos 7 jogos, o FC Porto faz a dobradinha!
Hoje, e apesar da vitória por 3-0, encontrámos um adversário muito fechado. A postura da Académica foi algo surpreendente porque a equipa de Domingos está num lugar tranquilo da tabela e nunca estendeu o jogo, preferindo deixar muitos jogadores atrás da linha da bola.
No entanto, deu sempre a sensação que a Académica não tinha muitas alternativas: ou tentava aguentar o 0-0 até ao limite ou jogava taco-a-taco, podendo sofrer um golo a qualquer momento. A equipa de Domingos preferiu jogar muito recuada e, até ao golo do FC Porto, fez-se de facto sentir a ausência de Lucho Gonzalez. A lucidez e qualidade de passe de 'El Comandante' seriam uma arma para o FC Porto poder 'rasgar' a numerosa defensiva da Académica. Sem Lucho, foi necessário convocar a paciência dos tricampeões. Apesar do 0-0 se ter prolongado por 58 minutos, o FC Porto nunca perdeu a lucidez e manteve a confiança no seu jogo. O jogo acabou por se tornar um passeio depois do primeiro golo! Sem ninguém ter deslumbrado, são de destacar as exibições de Fernando, Rolando, Bruno Alves (já repararam que ele agora se preocupa em deixar a bola jogável depois de um desarme de cabeça?) e Mariano Gonzalez (o seu futebol não foi atraente mas teve objectividade e durou 90 minutos).
Depois da meia-final da Taça, segue-se a recepção ao Vit. Setúbal. Faltam 11 pontos para o tetra!
4 comentários:
Coimbra tem mais encanto, vestida de azul e branco.
Foi uma jornada maravilhosa, a recordar os velhos tempos, dos jogos à tarde, com os adeptos portistas a tomarem conta da auto-estrada...4000, disse Jesualdo?! Mais do dobro, seguramente, Sr. Professor, que deram muito colinho à equipa, mesmo na fase em que ela não esteve muito bem.
Ai esta paixão, que nos consome, mas que também nos dá tantas alegrias e tantas recompensas...
Na primeira-parte, o F.C.Porto foi lento, previsível, mexeu-se pouco e mesmo tendo o domínio do jogo, foi muita parra e pouca uva. Na segunda-parte, tudo foi diferente: entrando forte, com dois jogadores sempre bem colados às linhas - Mariano na direita e Hulk ou Rodríguez, na esquerda -, que serviam Lisandro no meio e beneficiando da melhoria notória de Fernando e Meireles, o FC.Porto partiu para uma exibição consistente, segura, de qualidae superior, em que dominou, marcou e controlou, nunca deixando a Académica por o pé em ramo verde, com excepção de um lance, em que Helton fez uma extraordinária defesa.
Era, por todas as razões, ditas e reditas - eliminação da C.League e lesão de Lucho -, a que se juntou a pressão suplementar da vitória do Sporting, no dia anterior, um jogo crucial para o Campeão. E o Campeão respondeu com classe, mostrou que sabe conviver com a pressão, que tem estôfo, venceu, convenceu e deu um passo de gigante, rumo ao grande objectivo da época, que é a conquista do Tetracampeonato.
É muito difícil parar esta comunhão, dirigentes, equipa, adeptos, que juntos, resistem a tudo e a todas as campanhas, sejam elas vindas de alguns porquitos da bola, sejam elas vindas dos chorões do costume. Ser do F.C.Porto é um estado de alma que não se explica. Só quem é do F.C.Porto é capaz de sentir o que é ser Dragão.
Fazer extrapolações, que se o árbitro marcasse penalti e ele fosse concretizado, o Porto, perdia, é um exercício próprio dos perdedores. Não estavamos nós a perder ao intervalo, em Guimarães e não demos a volta?
Um abraço
Mais uma vitória, mais uma alegria, é nisto que o FC Porto difere dos outros.
Tem dirigentes, tem treinador, tem jogadores e tem adeptos, todos eles cinco estrelas.
É portanto natural esta onda de entusiasmo que vivemos, especialmente se fizermos a análise correcta deste plantel. Gente muito nova, sem grande experiência, mesclada com outros mais maduros e de classe reconhecida. É assim o Tricampeão que caminha com firmeza para o quarto título consecutivo.
Depois da ressaca europeia e sem Lucho, a exibição não foi de encher o olho. As dificuldades habituais para chegar ao golo voltaram a aparecer face à menor produção de alguns consagrados (Hulk, Meireles, Rodriguez e Lisandro), isto na primeira parte.
Depois, num espaço de três minutos, a equipa descobriu a melhor forma de lá chegar.
Não foi uma exibição muito conseguida mas chegou para manter a chama bem acesa e o entusiasmo bem forte.
A longa caminhada continua pintada de azul e branco, o êxito é o destino!
Um abraço
Amigo Ricardo Vara
Isto pode ler-se algures, aqui, no seu bem conseguido blog (o único, que conhecemos, que versa a estór ia do Clube):
«... 1969 - O "sim" de Pinto da Costa. Em 1969, Pinto da Costa é convida do por Afonso Pinto de Ma galhães a integrar a sua lista pa ra as eleições desse ano como dire ctor das modalidades amadoras. Pin to da Cos ta assumia pela primei ra vez um cargo eleito no FC Por to, de 1969 a 1971...».
E já lá vão... 40 anos, portanto.
Mas, sabe, nesse triénio,
- Qual modalidade que directamente assumiu, em primeiro lugar?
- E em segundo lugar?
- E em terceiro lugar?
Uma ajuda:
- Em primeiro lugar foi numa moda lidade onde conheceu um dos seus grandes amigos ( e dos poucos que não atraiçoou);
- Em segundo, foi numa modalidade em que, um seu familiar directo, até viria a ser presidente do org ão máximo federativo, e que, muito desgostoso pelo facto de o FC Por to (já presidido por P Costa) a ter extinto, desistiu de sócio do Clube, prometendo só o voltar a ser quando essa modalidade ressur gisse (o que jamais viria a suce der); e
- Em terceiro, foi numa modalidade onde conheceu talvez o seu maior amigo da vida (a ponto de ter apa drinhado o seu filho com o seu no me), tratando-se de um dos maiores idolos de sempre dessa mesma moda lidade, mas atraiçoado mais tarde.
Nomes?
Adivinhe lá...
Um abraço.
Mas hoje, quarta-feira, estamos a asistir a um mau jogo do Porto e a uma vergonhosa e intimidatória arbitragem de Xistra. Que grande gatuno! A canela dos jogadores do Porto vai até ao pescoço e penaltis nem vê-los. Quanto a foras-de-jogo inexistentes...
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