sábado, 18 de abril de 2009

Volta depressa!

Antes de falarmos em possíveis alternativas ou mudanças de sistema de jogo, deve ficar claro que não concebo o «FC Porto de Jesualdo» sem Lucho Gonzalez. Fico mais descansado quando vejo 'El Comandante' em campo, porque sei imediatamente que nem ele nem a equipa vão fugir ás suas responsabilidades.
No entanto, se há lesões que não trazem apenas apreensão, esta é uma delas. Tudo indica que, se o período de recuperação da lesão se prolongar pelas férias, Lucho vá permanecer no FC Porto. Menos mau!
Agora, não sei se o final da época vai ser mais difícil sem Lucho (calculo que sim!). Se lhe deram a alcunha de 'El Comandante', por algum motivo terá sido!
Co Adriaanse referia-se a Jorge Costa como o «senhor FC Porto». Neste momento, Lucho é o meu «senhor FC Porto».
Além de ser o «capitão», o argentino é um jogador humilde. Para ele, é indiferente vigiar um jogador jovem, como João Moutinho, ou um jogador conceituado, como Paul Scholes. Se o treinador necessita dele nessas funções...
A questão não é quem o vai substituir. Lucho é insubstituível! Ele é o protótipo do «capitão» do FC Porto do séc XXI e a prova que também é possível formar jogadores «à FC Porto» que não tenham passado pelos escalões jovens de formação do clube.
É curioso que Lucho apresenta uma forma de actuar muito diferente da dos anteriores «capitães» de equipa do FC Porto. O médio argentino não precisa de berrar nem de gesticular com os colegas para se fazer ouvir. 'El Comandante' prefere um estilo mais discreto. Em vez de ser autoritário com os colegas, Lucho é solidário com a equipa.
Sem ele, é provável que Jesualdo mantenha o 4-3-3. Rodriguez e Lisandro são as minhas apostas para recuarem no campo e «fazerem de Lucho».
Quando estou mais atento a um jogador, gosto de aplicar o critério das «boas ou más decisões» quando o mesmo está em posse da bola. Se repararem, é muito raro vê-lo tomar uma má decisão. E, ainda assim, consegue surpreender o adversário!
Para mim, há um critério que deve ser fundamental para determinar se um jogador deve ou não ser nomeado «capitão» de equipa. Mais do que a experiência, os anos de clube, a aprovação do balneário ou os caprichos do treinador, é o altruísmo que deve condicionar a atribuição da 'braçadeira'. Lucho coloca sempre em primeiro lugar os interesses da equipa. Se repararem, até a forma como se coloca em campo é reveladora desta virtude no médio argentino. Lucho está sempre onde a equipa mais precisa dele. No jogo de Quarta-feira passada, era ele a minha esperança para anular a lucidez e força de Anderson. Lucho saiu e o médio brasileiro espalhou classe e simplicidade.
Esperemos que 'El Comandante' volte depressa!

1 comentário:

dragao vila pouca disse...

Meu caro, concordo com a tua análise, mas como o Lucho não está tem de aparecer outro. Temos de ganhar um jogo, que por todas as circunstâncias, é quase decisivo.

Um abraço