Hoje, nas «Curiosidades FCP», vamos recuar à época 1983/84 para recordarmos o “nosso” Fernando Gomes e o conceituado Ian Rush, o homem que impediu o eterno nº 9 do FC Porto de conquistar a sua segunda Bota d’Ouro consecutiva e que, ao mesmo tempo, retirou a Gomes a possibilidade de vencer o troféu em 3 épocas consecutivas (Gomes foi o melhor marcador da Europa em 1982/83 e 1984/85).
Curiosamente, este dois míticos pontas-de-lança são ainda hoje os maiores goleadores da história dos dois clubes que mais tempo representaram nas suas carreiras, FC Porto e Liverpool. Ian Rush apontou 346 (!) golos ao serviço do Liverpool, enquanto que Fernando Gomes marcou 288 (!) golos com a camisola do FC Porto. Notável!
Foi na época em que o Liverpool se sagrou pela quarta vez campeão da Europa, em 1983/84, que Ian Rush conquistou o título de melhor marcador da Europa e retirou a Gomes a possibilidade de vencer o troféu por três vezes consecutivas.
O avançado galês venceu um troféu que no ano anterior tinha sido pela primeira vez conquistado por Fernando Gomes. Rush conquistou a Bota d'Ouro ao apontar 32 golos com a camisola do Liverpool, uma marca que ficou abaixo dos dois registos com que Gomes venceu o troféu em 1982/83 (36 golos) e em 1984/85 (39 golos), mas que nessa época foi suficiente para ultrapassar o nosso carismático ex-nº 9.
Apesar de ter sido um dos melhores avançados da sua geração, o histórico ponta-de-lança do Liverpool só conquistou a Bota d'Ouro nessa época. Para o excelente registo de Rush, muito contribuiu a restante frente de ataque do Liverpool, pois Graeme Souness, Kenny Dalglish e Michael Robinson eram o complemento perfeito à fantástica capacidade goleadora do ponta-de-lança galês.
No FC Porto, Gomes era apoiado por um trio de jogadores mais modesto: Jaime Magalhães, Vermelhinho e Jacques (Costa e Mike Walsh também eram muito utilizados).
Apesar de Gomes ter sido o melhor marcador do campeonato português em 1983/84, com 21 golos (igualou Néné e superou, entre outros, Manniche, Manuel Fernandes e Jordão), ficou um pouco distante das marcas que lhe permitiram conquistar a Bota d’Ouro em duas ocasiões.
Ainda assim, os 21 golos que marcou ao serviço do FC Porto permitiram-lhe superar os melhores marcadores da liga espanhola (Juanito, do Real Madrid, com 17 golos) e da liga italiana (Michel Platini, da Juventus, com 20 golos).
Curiosamente, os clubes que Gomes e Rush representaram em 1983/84, FC Porto e Liverpool, respectivamente, estiveram ambos presentes em finais europeias. O Liverpool conquistou a Taça dos Clubes Campeões Europeus (venceu a AS Roma, de Nils Liedholm, na final), enquanto que o FC Porto foi derrotado pela Juventus, na final da Taça dos Vencedores das Taças, em Basileia.
As carreiras destes dois coleccionadores de golos também foram muito semelhantes, pois ambos interromperam ciclos nos clubes da sua vida (FC Porto e Liverpool) para experimentarem outros campeonatos. Enquanto que Gomes representou o Sp. Gijón (Espanha) durante duas épocas, o avançado do Liverpool mudou-se para a Juventus em 1987, umas semanas depois do Liverpool ter defrontado a ‘Vecchia Signora’ na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, no Heysel Park, em Bruxelas (vitória da Juventus, por 1-0).
No entanto, o conceituado ponta-de-lança galês não se adaptou ao 'Calcio' e regressou a Liverpool logo no ano seguinte. No total, Ian Rush vestiu a camisola do Liverpool durante 15 (!) temporadas.
Quanto a Fernando Gomes, voltaria a reconquistar a Bota d'Ouro em 1984/85, sagrando-se o melhor marcador da Europa com uma das melhores marcas dos anos 80 a nível europeu: 39 golos!
Quanto a Fernando Gomes, voltaria a reconquistar a Bota d'Ouro em 1984/85, sagrando-se o melhor marcador da Europa com uma das melhores marcas dos anos 80 a nível europeu: 39 golos!
Se Rush não tivesse impedido o nosso ex-nº 9 de conquistar o troféu em 1983/84, Gomes seria hoje apelidado de... Tri-Bota d'Ouro!
Este troféu, que começou a ser atribuído a partir da época 1967/68, já foi conquistado pelo FC Porto em três ocasiões: 1982/83 (Fernando Gomes), 1984/85 (Fernando Gomes) e 1998/99 (Mário Jardel).
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