Após a partida frente ao Rio Ave, tínhamos referido que o jogo frente ao Vit. Guimarães poderia marcar o FC Porto 2009/10. Por duas razões: - por ser o teste mais exigente que o FC Porto enfrentaria num momento em que a equipa parecia andar numa espécie de fronteira entre o arranque para as boas exibições e o descarrilar definitivo ; - e por ser o último jogo do FC Porto fora de casa antes de visitar o Estádio da Luz, havendo, dessa forma, o perigo da diferença pontual para o Benfica (e para o Sp. Braga!) aumentar novamente;
Hoje, veio-nos à memória aquele inesquecível jogo de Kiev, relativo à Liga dos Campeões 2008/09. Foi com uma atitude idêntica à do jogo de hoje que o FC Porto venceu os ucranianos durante aquela fase da época passada em que a equipa demorava a encontrar-se. Agora, só os próximos jogos é que vão mostrar se estamos perante um novo ciclo, idêntico ao que se iniciou na época passada após o jogo frente ao Dinamo, ou se a vitória de hoje foi apenas um intervalo nas últimas más exibições.
Este era o jogo ideal para avaliarmos o que vale o FC Porto 2009/10, pois o discurso da «equipa estar a crescer» não se podia eternizar. Mais de 5 meses depois do início da época, não era suposto continuar a haver hesitações e equívocos no sistema e na forma como o FC Porto se apresenta em campo.
Ontem, ficámos algo apreensivos com o discurso de Jesualdo Ferreira, que perdeu metade da conferência de imprensa de antecipação do jogo a deixar recados para dentro do balneário. Afinal, esse discurso teve repercussões positivas.
O modo como alguns jogadores abordam um jogo é uma boa forma de avaliar a sua cumplicidade com o treinador. Sabendo que nas actuais circunstâncias não seria nada fácil vencer em Guimarães, os jogadores do FC Porto mostraram a Jesualdo Ferreira que continuam ao lado do seu treinador. Além de ter jogado de forma unida e em bloco, o FC Porto assumiu que tinha que vencer e nunca esperou pelo adversário.
Os «tetracampeões» não fugiram à sua responsabilidade! Foi aquele FC Porto que nós tanto gostamos de ver: agressivo, dominador, autoritário, empolgante,...
Do outro lado estava uma boa equipa, que atravessa um bom momento, e um treinador astuto, mas nem isso foi suficiente para parar esta pequena demonstração de força dos «tetracampeões». O Vit. Guimarães levou um banho de bola (e de humildade!), principalmente nos primeiros 45 minutos.
Não fosse o golo do Vitória ter surgido em cima do intervalo (numa altura em que o FC Porto já justificava uma vantagem superior a dois golos) e não teríamos assistido àqueles titubeantes 15 minutos iniciais da segunda-parte, período em que o FC Porto se deixou levar pelos acontecimentos (o reduzir de desvantagem deu força anímica ao Vitória). Passado esse período, o FC Porto voltou a apresentar aquele futebol massacrante que atropelou o Vit. Guimarães durante a primeira-parte. 4-1 no final!
Não fosse o golo do Vitória ter surgido em cima do intervalo (numa altura em que o FC Porto já justificava uma vantagem superior a dois golos) e não teríamos assistido àqueles titubeantes 15 minutos iniciais da segunda-parte, período em que o FC Porto se deixou levar pelos acontecimentos (o reduzir de desvantagem deu força anímica ao Vitória). Passado esse período, o FC Porto voltou a apresentar aquele futebol massacrante que atropelou o Vit. Guimarães durante a primeira-parte. 4-1 no final!
Numa coisa o Professor tem razão: ter o plantel todo à disposição é meio caminho andado para um FC Porto mais forte e consistente.
Agora, e em caso de vitória sobre o Vit. Setúbal na próxima jornada, o FC Porto apresentar-se-á na Luz muito menos pressionado pela desvantagem de 3 pontos relativamente ao Benfica. Ou seja, é muito mais estimulante para o FC Porto chegar à Luz sabendo que, com uma vitória, alcançará o seu maior rival na classificação. Assim, o ‘élan’ será outro. Vai começar a Liga!
Positivo (+):- o sentido de missão do FC Porto, que sentiu que o jogo era importante;
- a potência de Varela e Cristian Rodriguez;
- o excelente momento físico de Raúl Meireles;
- Bruno Alves, por mais uma vez ter mostrado porque é o nº 2 e ostenta a braçadeira de 'capitão';
- a pressão altissíma do FC Porto durante toda a primeira-parte;
- a forma agressiva e determinada como a equipa defendeu durante esse período;
Negativo (-):
- aquela perda de bola de Belluschi (fez um excelente jogo!), em cima do intervalo, que deu origem ao livre do qual resultou o golo do Vitória;
- os primeiros 15 minutos do FC Porto na segunda-parte;
1 comentário:
Depois de um conjunto de jogos em que do FC Porto só se reconheceram as camisolas, eis que numa deslocação considerada de dificuldade elevada, reapareceu o FC Porto das grandes vitórias.
Não durou o jogo todo, como seria ideal, mas teve uma boa parte em que dominou e aniquilou o adversário.
Não se livrou porém de passar cerca de vinte minutos de aflição e inconstância, num regresso ao futebol descaracterizado e improfícuo, que começou numa das tais perdidas de bola, irritantes, caricatas e intolerantes, já no tempo de descontos da primeira parte. Mérito do Vitória mas também alguma displicência portista, ilustrada no golo sofrido mas também noutras jogadas de que destaco o lançamento lateral perto da nossa área em que Fucille se «esqueceu» de Targino, originando mais um lance de muito perigo, para a nossa baliza.
Foi uma vitória importante e moralizadora, em vésperas de um final de ano intenso.
Serão estes sinais positivos sinónimo do regresso ao trilho do Pentacampeonato?
Eu quero acreditar que sim!
Um abraço
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