quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O "descendente" de Falcão

Está a ser o grande destaque deste início de época do FC Porto e uma surpresa mesmo para aqueles que acompanharam a sua carreira no futebol sul-americano. Hoje, o 'Paixão pelo Porto' recorda a ascensão de Falcao e algumas curiosidades que têm surgido no percurso do nosso novo ponta-de-lança.
Falcao nasceu a 10 de Fevereiro de 1986, em Santa Marta (Colômbia). O seu pai, Radamel García, também foi futebolista, notabilizando-se como defesa no campeonato colombiano, durante a década de 80.
Como apreciava muito as qualidades do brasileiro Falcão (em baixo, na foto), o pai do actual nº 9 do FC Porto decidiu baptizar o filho com o apelido do conceituado médio-centro da selecção do Brasil e da AS Roma. Apesar de se ter notabilizado em Itália, ajudando a AS Roma a conquistar o 'scudetto', em 1983, foi no Mundial de Espanha, em 1982, que Paulo Roberto Falcão levou o colombiano Radamel García a baptizar o filho e actual ponta-de-lança do FC Porto com o apelido daquele mítico jogador brasileiro.
Apesar de não ter conseguido atingir as meias-finais dessa edição do campeonato do mundo, o Brasil (de Falcão, Zico, Sócrates, Júnior e Toninho Cerezo, entre outros) cativou de tal forma os adeptos que acompanharam a competição que essa equipa acabou por ficar na memória de todos como uma das mais talentosas de sempre na história dos mundiais.
Apesar do seu primeiro nome, tal como o do pai, ser Radamel, o ponta-de-lança do FC Porto começou desde muito cedo a insistir que o tratassem por Falcao, certamente por se sentir orgulhoso de possuir o mesmo nome do antigo craque do Brasil e da AS Roma.
Com a ajuda e os incentivos do pai, Falcão iniciou o seu percurso no futebol juvenil ao serviço do Millonarios, de Bogotá (Colômbia), clube onde foi descoberto pelo histórico River Plate, da Argentina. Apesar de nessa altura ter apenas 15 anos, o novo nº 9 do FC Porto já jogava no escalão acima (sub-17), o que valorizou ainda mais as observações que os responsáveis do River fizeram antes de avançarem para a sua contratação.
Falcao chegaria ao River com apenas 15 anos (em cima, na primeira foto), acabando por permanecer no clube de Buenos Aires durante 9 épocas consecutivas. Apesar da sua estreia como titular no «onze» do River ter sido um sucesso (tinha 20 anos e marcou 2 golos), Falcao seria obrigado a perder grande parte da temporada devido a uma lesão nos ligamentos do joelho direito.
Essa lesão marcou o pior período da sua carreira, pois as constantes recaídas obrigaram-no a adiar o regresso aos jogos e aos golos. O calvário do novo ponta-de-lança do FC Porto terminou nos primeiros meses de 2007, com a primeira chamada ao «onze» do River depois da longa recuperação que se seguiu à delicada lesão nos ligamentos.
A sua completa recuperação foi comprovada em Setembro de 2007, quando o River Plate derrotou o Botafogo nos Oitavos-de-final da 'Copa Sul-Americana'. Falcao contribuiu com um «hat-trick» para a vitória (4-2) do River sobre o histórico clube brasileiro.
A partir desse momento, o ponta-de-lança do FC Porto voltou a chamar a atenção dos adeptos e da imprensa, acabando, nesse ano, por ser eleito o 5º melhor futebolista sul-americano, numa votação realizada pelo jornal 'El Pais', de Montevideu (Uruguai).
O primeiro interesse oficial de um clube europeu no seu concurso ocorreu no Natal de 2007, com o Deportivo da Corunha a avançar com uma proposta de 8 milhões de euros pelo seu passe. Felizmente, o River Plate recusou a proposta dos espanhóis e fechou a porta à saída do jogador até Junho de 2009, altura em que terminou o 'Torneio Clausura'.
A venda de Lisandro López ao Lyon, e a abertura que os dirigentes do River demonstraram para transferir o jogador, "convidaram" o FC Porto a contratar o 'novo Falcão', caracterizado pela imprensa indígena, aquando do interesse do Benfica, como «um dos melhores avançados do mundo». Desta vez não se enganaram!

1 comentário:

Luis disse...

Excelente contratação e não só como jogador, mas como jogador à Porto.
Fala pouco e faz muito e quando fala, fá-lo com parcimónia e bem.
Vai-nos dar muitas alegrias.