domingo, 18 de outubro de 2009

Um treino mais animado!

O sorteio da Taça de Portugal não poderia ter sido mais simpático para o FC Porto. Além de nos ter proporcionado o reencontro com o Sertanense, um adversário da II Divisão, ainda nos possibilitou jogar no Dragão (também temos direito, depois de dois anos consecutivos a jogar na Sertã para a Taça!).
Assim, era difícl encontrarmos melhor 'élan' 4 dias antes de defrontarmos o APOEL para a Liga dos Campeões e 3 dias depois de mais uma jornada de apuramento para o Mundial da África do Sul (houve jogadores do FC Porto que só treinaram ontem!). Além disso, este foi o primeiro de quatro jogos consecutivos que o FC Porto vai realizar no Dragão.
Perante este quadro, o jogo da Taça não poderia assumir grande protagonismo na agenda dos «tetracampeões». Ainda assim, havia alguns motivos de interesse: observar a postura da equipa perante um adversário menos cotado, confirmar em que fase de adaptação/evolução se encontra Diego Valeri, avaliar a motivação de Farías, observar pela primeira vez Sebastian Prediger na 'posição 6', confirmar as expectativas sobre o prometedor Yero,...
Depois de ter goleado o Sertanense pelo mesmo resultado (0-4) nas duas edições anteriores da Taça de Portugal, também havia a curiosidade de saber se, jogando em casa, o FC Porto seria agora capaz de vencer por mais golos de diferença do que naquelas duas ocasiões em que visitou a Sertã. Afinal, foi tudo igual: 4-0 (e novamente com 'bis' de Farías)! Hoje, houve uma meia-surpresa logo de início, pois o FC Porto apresentou-se em campo num sistema de apenas 3 defesas, 'à Co Adriaanse'!. No entanto, essa opção terá tido mais a ver com a fragilidade do adversário e com os jogadores disponíveis na convocatória do que com uma experiência para ter em conta no futuro.
Destaque também para a prova de confiança que Jesualdo Ferreira demonstrou ao convocar 8 (!) jogadores dos sub-19. Mesmo correndo alguns riscos, só dessa forma é que o Prof. pode avaliar mais a sério os jovens da 'cantera'. Uma coisa é treinar com os séniores, outra coisa é disputar um jogo oficial no Estádio do Dragão. Este foi o 'timing' certo!
Quanto ao jogo, há muito pouco a dizer. O FC Porto entrou muito forte e resolveu as coisas nos primeiros 10 minutos. Depois disso, limitou-se a gerir o jogo. Resumindo: foi um bom treino 4 dias antes de mais uma excitante jornada da 'Champions'. Agora, será importantíssimo vencer o APOEL na próxima Quarta-feira. Se assim for, e se o At. Madrid for derrotado em Stamford Bridge (esperemos que seja!), o FC Porto "cava" uma diferença de 5 pontos para espanhóis e cipriotas. Excelente cenário!
Quanto á Taça de Portugal, o meu único desejo é que a próxima eliminatória nos reserve novo jogo no Dragão (não escolho adversário!), pois isso permite-nos poupar alguns jogadores mais utilizados e evitamos ter que jogar em campos de dimensões reduzidas e com relvados em mau estado.
Positivo (+):
- as iniciativas (oferta de convites às escolas, ingressos a preços reduzidos,...) que o FC Porto promoveu e que levaram mais de 30 mil pessoas ao Dragão;
- os bons pormenores de Prediger (porquê tanto tempo para se estrear?);
- a intensidade e "fome de bola" de Nuno André Coelho e Hulk;
- o 'bis' de Farías, um suplente que insiste em deixar a sua marca;
- o futebol adulto de Sérgio Oliveira (bela surpresa!), o mais jovem de sempre a vestir a camisola do FC Porto em jogos oficiais;
- as estreias de 4 jovens dos sub-19;
Negativo (-):
- a exibição de Valeri (não comprometeu mas também não correspondeu às expectativas);
- a natural pouca fluidez de jogo que o FC Porto mostrou na segunda-parte (ainda assim, pediam-se mais um ou dois golos perante um adversário que jogou em inferioridade numérica);

1 comentário:

Dragaopentacampeao disse...

Num jogo de dificuldade mínima, Jesualdo operou uma gestão do plantel, dizimado nas últimas duas semanas, pela utilização dos internacionais pelas respectivas selecções.

Sobraram os suplentes à excepção de Beto a que se juntaram alguns jovens da formação. Foi com estes portanto que o professor treinou neste período.

Natural portanto as escolhas para a formação da equipa e seus suplentes para este jogo.

Embora seja prematuro tirar-se ilações do comportamento dos utilizados, face ao andamento e fragilidade do adversário, não poderei escamotear a boa prestação do «menino» Sérgio Oliveira que me surpreendeu pela positiva e a quem se deve dar novas oportunidades.

Desconfio no entanto que o seu futuro passará pelo empréstimo, quando mudar de escalão a exemplo de outras promessas que passaram episodicamente pelo plantel principal. Faz parte da política que tem vindo a ser seguida pela SAD.

O jogo não ofereceu quaisquer dificuldades mas ainda assim deu para notar a qualidade de passe de Prediger, que esteve sereno, atento,lúcido e prático. Não inventou nem complicou, antes pelo contrário. Falta um exame mais exigente. O central Nuno André Coelho, já tinha jogado na lateral direita, agora foi colocado à esquerda. Parece ser pau para toda a colher sem perda de qualidade. Jogador pendular mas vai ter de esperar pela sua oportunidade face à classe dos centrais titulares. O mesmo se passa com Maicon, ainda que neste jogo me parecesse um pouco intranquilo apesar do pouco trabalho.

Esperava um pouco mais de Valeri. Teve como habitualmente bons pormenores,não esteve feliz no remate.

Rodriguez, ainda à procura de ritmo, alternou coisas boas com outras de menor qualidade.

Farías confirmou o instinto de goleador. Continua a ser o avançado portista que menos tempo necessita para marcar. Especialmente contra o Sertanense!

Um abraço