Hoje, voltamos a recuar à histórica época de 1955/56 para recordarmos aquela que foi a maior exigência de Yustrich no que a reforços do plantel do FC Porto diz respeito: contratar o avançado brasileiro Jaburu.
O «flecha negra» foi recomendado pelo técnico que ficou associado ao regresso do FC Porto aos títulos, depois de um longo jejum de 16 anos, e acabou por se tornar num dos maiores protagonistas do FC Porto naquela edição do campeonato, ao marcar 21 golos na prova (foi o 3º melhor marcador do campeonato).
Jaburu chegou ao FC Porto com apenas 22 anos e logo nos primeiros jogos deixou os adeptos impressionados com a sua potência. Era um jogador alto, fisicamente possante e muito móvel, ou seja, tinha aquelas características que o actual técnico do FC Porto, Jesualdo Ferreira, muito aprecia num avançado. Mal chegou a Portugal, o avançado brasileiro foi logo confrontado pela imprensa desportiva sobre o motivo da sua alcunha (o seu verdadeiro nome era Jorge de Sousa Mattos): «Jaburu é um pássaro sorumbático, todo branco e com cabeça e bico negros. Um bico compridíssimo. É uma ave que se move com atitudes descontraídas e um tanto melancolicamente – como eu…», confessou o goleador brasileiro aos jornalistas portugueses.
Os 21 golos que o avançado brasileiro apontou naquela edição do campeonato foram decisivos para a fantástica média de golos (2,9 por jogo) que o FC Porto registou em 1955/56.
No entanto, e apesar de ter sido o melhor marcador do FC Porto nessa edição da liga portuguesa, Jaburu foi apenas terceiro na lista dos melhores marcadores da prova, ficando atrás de José Águas (Benfica), que marcou 28 golos, e Matateu (Belenenses), que apontou 22.
No FC Porto de Yustrich, Jaburu partilhava a frente de ataque com Perdigão e António Teixeira, formando um privilegiado trio que era servido pelos extraordinários centro-campistas Gastão e Hernâni.
Curiosamente, estes cinco jogadores quase monopolizaram os golos da equipa nessa edição do campeonato, marcando 61 dos 77 golos que o FC Porto apontou na prova.
Os golos e as constantes boas exibições que Jaburu realizou com a camisola do FC Porto foram pretexto para um célebre desabafo de Yustrich: «Jaburu tem o futebol dentro dele como Stradivarius tinha a música quando construiu os seus famosos violinos. E nada mais é preciso acrescentar…».
O «flecha negra» foi recomendado pelo técnico que ficou associado ao regresso do FC Porto aos títulos, depois de um longo jejum de 16 anos, e acabou por se tornar num dos maiores protagonistas do FC Porto naquela edição do campeonato, ao marcar 21 golos na prova (foi o 3º melhor marcador do campeonato).
Jaburu chegou ao FC Porto com apenas 22 anos e logo nos primeiros jogos deixou os adeptos impressionados com a sua potência. Era um jogador alto, fisicamente possante e muito móvel, ou seja, tinha aquelas características que o actual técnico do FC Porto, Jesualdo Ferreira, muito aprecia num avançado. Mal chegou a Portugal, o avançado brasileiro foi logo confrontado pela imprensa desportiva sobre o motivo da sua alcunha (o seu verdadeiro nome era Jorge de Sousa Mattos): «Jaburu é um pássaro sorumbático, todo branco e com cabeça e bico negros. Um bico compridíssimo. É uma ave que se move com atitudes descontraídas e um tanto melancolicamente – como eu…», confessou o goleador brasileiro aos jornalistas portugueses.
Os 21 golos que o avançado brasileiro apontou naquela edição do campeonato foram decisivos para a fantástica média de golos (2,9 por jogo) que o FC Porto registou em 1955/56.
No entanto, e apesar de ter sido o melhor marcador do FC Porto nessa edição da liga portuguesa, Jaburu foi apenas terceiro na lista dos melhores marcadores da prova, ficando atrás de José Águas (Benfica), que marcou 28 golos, e Matateu (Belenenses), que apontou 22.
No FC Porto de Yustrich, Jaburu partilhava a frente de ataque com Perdigão e António Teixeira, formando um privilegiado trio que era servido pelos extraordinários centro-campistas Gastão e Hernâni.
Curiosamente, estes cinco jogadores quase monopolizaram os golos da equipa nessa edição do campeonato, marcando 61 dos 77 golos que o FC Porto apontou na prova.
Os golos e as constantes boas exibições que Jaburu realizou com a camisola do FC Porto foram pretexto para um célebre desabafo de Yustrich: «Jaburu tem o futebol dentro dele como Stradivarius tinha a música quando construiu os seus famosos violinos. E nada mais é preciso acrescentar…».
2 comentários:
Boas...
Parabéns por isto, tendo a dizer-te que gostei muito destas fotos coloridas do Jaburú, as quais nunca vira antes, apesar de poder dizer que já vi a maior parte das fotos que existem sobre tudo o que seja relacionado com o F .C. do Porto.
Este futebolista, que naturalmente não conheci, era muito referenciado por meu pai, o que para mim é sintomático - pois meu pai, já falecido há 3 anos (teria agora 93) nunca foi grande acompanhante do desporto e só depois que começou a perceber a minha paixão pelo Porto é que ele passou a interessar-se... e a desejar que o Porto ganhasse.
Jaburu começou no Olaria, depois Fluminense e finalmente, no Brasil, no América Mineiro. Na segunda metade dos anos 50, foi levado para o Porto, por Dorival Knippel, o grande Yustrich, onde fez muito sucesso. Falecem em 1972, no Rio de Janeiro, na rua da amargura, ou seja, na mendigância. Foi confundido com seu irmão, também chamado de Jaburu, este que também jogou no Fluminense e Olaria, no início dos anos 60. Este irmão fez a famosa dupla com Valdo, no Fluminense, mas era tecnicamente inferior ao velho Jaburu, famoso do Porto.
Abraços,
José Leôncio Carvalho
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