segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Atitude não faltou!

Perante as últimas más exibições do FC Porto, hoje havia a tentação de continuar a assistir ao excitante Inter-AC Milan (começou meia-hora antes do Estoril-FC Porto). No entanto, a estreia de Rúben Micael, e a natural curiosidade de ver a reacção da equipa depois daquele “passeio” no Restelo, convidaram-nos a mudar de canal e a assistir à qualificação do FC Porto para as meias-finais da Taça da Liga. Como se esperava, não foi um FC Porto muito diferente (pelo menos na qualidade de jogo) daquele que se exibiu de forma sofrível nos últimos jogos. Houve um pouco mais de empenho e atitude, o suficiente para garantir uma vitória (0-2) sobre uma equipa da Liga Vitalis.
Agora, parece chegada a altura do FC Porto abandonar o “discurso dos túneis e dos apitos encarnados” e concentrar-se no essencial: voltar a jogar bom futebol e derrotar os seus adversários dentro de campo!
Apesar da vitória, hoje notou-se que o FC Porto não atravessa um bom momento. Há jogadores com pouca confiança e outros demasiado tensos quando na posse da bola. Além disso, o esquema utilizado (‘4-3-3’) por Jesualdo revelou-se totalmente desadequado face aos jogadores que tinha disponíveis para este jogo. Assim, não foi difícil a Ruben Micael sobressair. O médio madeirense é inteligente e “sabe ter a bola”. Vamos lá ver se o Professor não o convida a alterar o seu estilo para fazer dele mais um centro-campista de “partir pedra”.
Agora, nas meias-finais, seguem-se Benfica ou Académica. Ao contrário do que aconteceu na época passada, este ano o FC Porto conseguiu garantir a disputa da meia-final no Estádio do Dragão. E se o adversário for o Benfica, o jogo vai ser... quentinho!Positivo (+):
- a estreia (muito promissora!) de Rúben Micael;
- o empenho de Orlando Sá, que foi premiado com um golo;
- a regularidade de Tomás Costa (neste momento, parece ser o único sul-americano com vontade de permanecer no plantel);
- a execução de Belluschi no lance do primeiro golo;
Negativo (-):
- os dois extremos do FC Porto (Guarín e Mariano), que fizeram cócegas à defesa do Estoril;
- a táctica utilizada pelo FC Porto (sem extremos que criem desequilíbrios, é inútil utilizar um ‘4-3-3’);

2 comentários:

Carlos Silva disse...

Crónica extremamente bem redigida e estruturada, que fala a mais pura das verdades.

Apenas um reparo, penso que o era justo incluir a exibição de Miguel Lopes nos aspectos positivos do jogo.

Não fez um jogo brilhante, mas cheio de raça, garra e a tão proclamada atitude.

Obrigado

Anónimo disse...

Boa análise, como sempre.
Já quanto ao que se passa fora das quatro linhas:
Temos de ser unidos para sermos ainda mais fortes, deixando de olhar para dentro e sim lutar contra o exterior. Felizmente agora na maioria dos comentários que os leitores enviam aos pricipais blogs portistas está a fazer-se assim, olhando mesmo só para a defesa do F C Porto. Mas, está visto, vai ter de haver uma posição de força, senão eles, ou mouros cobardolas, vão abusar...