sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Estranho silêncio

Depois do malfadado jogo de Barcelos, das contundentes declarações de Vítor Pereira, em relação ao trabalho, miserável, de Bruno Paixão, seria de esperar que a SAD portista tivesse vindo a público reforçar as críticas do seu treinador. Mas não, deixou-o a falar sozinho. Há muito tempo que defendi, aqui neste espaço, a ideia que os responsáveis azuis e brancos perderam a confiança no técnico que eles próprios escolheram, este episódio confirma isso mesmo.
No entanto, esta circunstância remete-nos para outras questões paralelas mas interligadas. A política comunicacional do nosso clube é para muitos de nós contraditória e de difícil discernimento. É um dado adquirido que não temos uma boa imprensa, especialmente a desportiva, mas não deixa de ser verdade que o FC Porto não tem sabido gerir esta relação e tirar partido dela. O clube vive demasiado fechado, hoje em dia não se pode controlar tudo, a realidade e o tempo mediático mudaram e não se compadecem com estratégias ultrapassadas.
O país é governado a todos os níveis por gente ligada ao clube de todos os regimes, que se acha no direito de ser uma espécie de campeão por direito adquirido, e sempre que nós vencemos são lançadas as maiores suspeições, com o intuito de desvalorizar os méritos de quem trabalha mais e melhor.
Falta ao FC Porto ocupar mais espaço mediático, enfim, quem defenda o clube.

Amândio Rodrigues

1 comentário:

dragao vila pouca disse...

Se não sou apologista de andar sempre a falar, tipo calimeiro leonino, acho que com objectividade, clareza, assumindo asa nossas responsabilidades, mas obrigando os outros a assumir as deles, devia acontecer. Por exemplo, depois da pouca vergonha de Barcelos. Até temos uma televisão...

Abraço