Voltamos a deixar o universo do futebol, desta vez para recordar uma figura do atletismo. Apesar de ter deixado o FC Porto de forma conflituosa (segundo se diz, por ter escondido a gravidez quando assinou um novo contrato), Aurora Cunha continua a ser um símbolo do atletismo português e do FC Porto.
Aurora Cunha nasceu em Barreiros (concelho de Guimarães) a 31 de Maio de 1959. Começou a dar os primeiros passos na modalidade com 15 anos, ao serviço do Juventude de Ronfe. Depois de chegar ao FC Porto, começou a coleccionar títulos nacionais e internacionais. A nível nacional, venceu 22 (!) campeonatos individuais, foi 6 vezes campeã nos 1500 metros, 8 vezes nos 3000 metros, 4 vezes nos 5000 metros e 4 vezes no corta-mato. A nível internacional, Aurora Cunha foi campeã do mundo de estrada em 1984, repetindo o título individual em 1985 e 1986. Em 1989 arrecadou o bronze individualmente e a prata por equipas. Depois do sucesso no meio-fundo, a atleta do FC Porto experimentou, com sucesso, participações nos 10 000 metros e na Maratona. Em 1985 venceu a Taça do Mundo de pista, nos 10 mil metros, e venceu 4 maratonas de grande prestígio, Paris (1988), Tóquio (1988), Chicago (1990) e Roterdão (1992), bem como a São Silvestre de São Paulo, em 1988. Ao seu extenso e brilhante palmarés ficou apenas a faltar uma medalha olímpica.
Agora, retirada da competição, Aurora Cunha corre por prazer e integra várias acções de solidariedade em campanhas de luta contra a pobreza e a doença. Em 2005 foi condecorada, pelo Presidente da República Jorge Sampaio, como Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, pelos serviços prestados ao desporto português e pela sua luta contra as desigualdades sociais.
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