Hoje recordamos algumas curiosidades associadas ao melhor extremo-esquerdo da história do FC Porto e do futebol português: Paulo Futre.
Futre chegou ao FC Porto na época 1984/85, depois de ter rescindido o contrato com o Sporting, e permaneceu nas Antas durante 3 épocas. O seu percurso no FC Porto coincidiu com a vertiginosa progressão na sua carreira, que teve o epílogo naquela fantástica exibição na Final de Viena, em 1987. No FC Porto, Futre conquistou dois campeonatos nacionais (1984/85 e 1985/86), uma Supertaça (1986) e uma Taça dos Campeões Europeus (1987).
Depois de ser por duas vezes considerado o melhor jogador da Liga portuguesa, em 1985/86 e 1986/87, faltava-lhe apenas o reconhecimento da Europa. Essa recompensa chegou logo após a conquista da Taça dos Campeões Europeus, com Futre a ser segundo classificado na eleição da Bola D'Ouro dessa época. Contudo, e apesar do prestigiante segundo posto do jogador português, essa escolha gerou alguma polémica porque o vencedor do troféu, o holandês Rudd Gullit, tinha apenas conquistado a pouco competitiva Liga holandesa, com o PSV Eindhoven. Apesar de ambos se terem envolvido em transferências sensação durante o defeso, Futre assinou pelo At. Madrid e Gullit pelo AC Milan, a eleição do holandês como melhor da Europa não foi nada consensual, isto depois da exposição mediática em que Futre se viu envolvido após a noite mágica de Viena.
O jogador português alcançou 91 pontos na votação final, enquanto que Gullit conquistou o troféu com 105 pontos. Apesar da escolha pouco pacífica, Futre viu finalmente reconhecido o seu enorme potencial. Com apenas 21 anos, o jogador português foi considerado o segundo melhor da Europa numa eleição em que superou alguns craques que nessa altura encantavam a Europa do futebol. Na votação para a Bola D'Ouro, Futre foi segundo classificado com uma grande vantagem (30 pontos) para o jogador que fechou o pódio, o espanhol Emílio Butragueno (Real Madrid). Atrás do jogador do FC Porto ficaram ainda Michel (Real Madrid), Gary Lineker (Barcelona), John Barnes (Liverpool), Marco Van Basten (AC Milan), Gianluca Vialli (Sampdoria), Bryan Robson (Manchester United) e Klaus Allofs (Marselha), que fechou os 10 primeiros classificados.
Num gesto solidário e carregado de simbolismo, o holandês Ruud Gullit decidiu dedicar a Bola D'Ouro ao líder sul-africano Nelson Mandela, que nessa altura ainda se encontrava aprisionado, vítima do regime do Apartheid.
Quanto a Paulo Futre, deixou o FC Porto no Verão de 1987 para jogar no At. Madrid. Apesar de na altura já ser dos mais bem remunerados nas Antas, o jogador português foi para Espanha auferir mais de 100 mil contos por época e quando chegou a Madrid tinha mais de 5000 'aficionados' do Atlético à sua espera. Sensacional!
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