Zé Beto chegou às Antas vindo do Pasteleira e antes de ingressar definitivamente no FC Porto ainda esteve emprestado ao Beira-Mar, regressando às Antas no início da década de 80 logo após a conquista do bicampeonato com José Maria Pedroto.
Ao contrário de Mlynarczyk, que lhe sucedeu na baliza do FC Porto, Zé Beto era um guarda-redes irreverente e pouco cauteloso. Na memória de todos ficou aquele episódio na Final da Taça das Taças, entre a Juventus e o FC Porto, quando agrediu o árbitro auxiliar, acto que lhe valeu uns meses de castigo por parte da UEFA. No entanto, quem foi mais prejudicado pelo sucedido foi o FC Porto, que na época seguinte foi eliminado pelo Wrexham depois de uma exibição para esquecer do excêntrico Petar Borota. O guarda-redes sérvio substituiu Zé Beto no jogo das competições europeias e acabou por ficar ligado aos 3 golos que os galeses marcaram nas Antas e que lhes valeram a qualificação para a próxima fase. Apesar de nessa época ter ficado de fora dos jogos europeus, devido ao castigo da UEFA, Zé Beto regressaría na época seguinte, acabando por realizar uma das melhores exibições da sua carreira quando o FC Porto empatou (0-0) com o Ajax na 2ª mão da 1ª eliminatória da Taça dos Clubes Campeões Europeus, época 1985/86. Depois de ter vencido (2-0) os holandeses nas Antas, o FC Porto segurou o 0-0 no Estádio De Meer depois de uma grande exibição de Zé Beto. O Ajax, do carismático Johan Cruyff, ficou em branco nas duas mãos e nem o temível ponta-de-lança holandês Marco Van Basten conseguiu bater Zé Beto nos dois jogos dessa eliminatória. No entanto, para as boas exibições do ex-guarda redes do FC Porto também contribuíram as boas prestações do restante sector defensivo do FC Porto, que nessa altura possuía um dos quartetos defensivos mais coesos da Europa, com João Pinto, Eurico, Lima Pereira e Inácio.
No FC Porto, Zé Beto venceu todos os troféus nacionais (Campeonato Nacional, Taça de Portugal e Supertaça Cândido de Oliveira), sendo ainda titular na Final da Taça das Taças, em Basileia, e suplente na Final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, em Viena.
Depois de representar o FC Porto durante mais de uma década, acabaría por falecer em Fevereiro de 1990, num acidente de viação na A1. A mulher e o filho, que também se encontravam dentro do veículo, acabaram por sobreviver ao trágico acidente.
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