Talvez o FC Porto nunca tenha estado tão próximo de vencer facilmente no Estádio da Luz. Noutros tempos até seria um bom resultado mas, perante as fragilidades que o Benfica revelou, convenhamos que soube a pouco.
Desta vez Jesualdo acertou tacticamente com a inclusão de Fernando, Rolando e Fucile no «onze» inicial. O único senão parece ter sido a colocação de Tomás Costa sobre o lado direito, que acabou por retirar profundidade ao ataque do FC Porto. Com vantagem clara na disputa de meio-campo, talvez se justificasse outra aposta no lado direito do ataque. O triângulo Fernando-Meireles-Lucho tinha o jogo completamente controlado a meio-campo, ou seja, pedia-se mais profundidade e menos contenção. Mas mesmo com este receio táctico, o FC Porto estava a ser melhor. Que estranho não termos vencido este clássico!
Aliás, o FC Porto já venceu na Luz em circunstâncias bem mais complicadas. Atrevo-me a dizer que o jogo na segunda-parte estava demasiado fácil, mas o FC Porto cometeu a proeza de não conseguir marcar. O domínio do FC Porto ainda foi mais evidente depois da expulsão de Katsouranis. É curioso que durante esse período, e até final da partida, o FC Porto não conseguiu criar nenhuma situação flagrante de golo. Mas não foi apenas a inabilidade do FC Porto a ditar o empate (1-1) no final. A postura do Benfica, que jogava em casa, também não ajudou, pois limitou-se a perder tempo e a pontapear bolas para a frente. Muito pouco para quem assume ter o melhor plantel dos últimos 15 anos.
Quanto aos destaques individuais, fica só um aparte: Lucho Gonzalez é de facto um grande jogador.
Voltando ao jogo, o FC Porto teve períodos em que foi claramente superior ao Benfica, mas talvez tenha respeitado demasiado o adversário. Conclusão: perdemos 2 pontos!