domingo, 31 de agosto de 2008

Soube a pouco!

Talvez o FC Porto nunca tenha estado tão próximo de vencer facilmente no Estádio da Luz. Noutros tempos até seria um bom resultado mas, perante as fragilidades que o Benfica revelou, convenhamos que soube a pouco.
Desta vez Jesualdo acertou tacticamente com a inclusão de Fernando, Rolando e Fucile no «onze» inicial. O único senão parece ter sido a colocação de Tomás Costa sobre o lado direito, que acabou por retirar profundidade ao ataque do FC Porto. Com vantagem clara na disputa de meio-campo, talvez se justificasse outra aposta no lado direito do ataque. O triângulo Fernando-Meireles-Lucho tinha o jogo completamente controlado a meio-campo, ou seja, pedia-se mais profundidade e menos contenção. Mas mesmo com este receio táctico, o FC Porto estava a ser melhor. Que estranho não termos vencido este clássico!
Aliás, o FC Porto já venceu na Luz em circunstâncias bem mais complicadas. Atrevo-me a dizer que o jogo na segunda-parte estava demasiado fácil, mas o FC Porto cometeu a proeza de não conseguir marcar. O domínio do FC Porto ainda foi mais evidente depois da expulsão de Katsouranis. É curioso que durante esse período, e até final da partida, o FC Porto não conseguiu criar nenhuma situação flagrante de golo. Mas não foi apenas a inabilidade do FC Porto a ditar o empate (1-1) no final. A postura do Benfica, que jogava em casa, também não ajudou, pois limitou-se a perder tempo e a pontapear bolas para a frente. Muito pouco para quem assume ter o melhor plantel dos últimos 15 anos.
Quanto aos destaques individuais, fica só um aparte: Lucho Gonzalez é de facto um grande jogador.
Voltando ao jogo, o FC Porto teve períodos em que foi claramente superior ao Benfica, mas talvez tenha respeitado demasiado o adversário. Conclusão: perdemos 2 pontos!

«Curiosidades FCP» - Os campeões de Portugal 1921/22

Hoje recuamos ao primeiro Campeonato de Portugal (actual Taça de Portugal), disputado na longínqua temporada de 1921/22, com uma foto da equipa do FC Porto que venceu a prova.
A foto foi retirada do site da Associação de Futebol do FC Porto (AFP) e nela é possível identificar alguns jogadores que marcaram uma época no FC Porto: Júlio Cardoso, João de Brito, Lino Moreira, Alexandre Cal, João Nunes, Balbino Silva, Artur Augusto, Floriano Pereira, José Mota, Velez Carneiro e Tavares Bastos, entre outros.
O primeiro Campeonato de Portugal foi limitado aos campeões das Associações de Porto e Lisboa, em virtude das dificuldades financeiras e organizativas que os clubes de outras associações enfrentavam. Nessa altura, o futebol em Portugal limitava-se praticamente aos campeonatos regionais de Lisboa e Porto. Apesar de se terem apurado para a fase final da prova, os campeões do Algarve (Olhanense) e do Funchal (Marítimo) acabaram por abdicar da disputa do troféu.
Definiu-se que a fase final da competição seria disputada em duas mãos e, se as circunstâncias o justificassem, com recurso a um terceiro jogo de desempate. Na 1ª mão, o FC Porto recebeu o Sporting no Campo da Constituição, num jogo disputado a 4 de Junho de 1922, e venceu os lisboetas por 2-1 (Ramos aos 9’, Bastos aos 25’ e 86’). Uma semana depois, foi a vez do Sporting vencer o FC Porto por 2-0, num jogo disputado no Campo Grande. Houve então necessidade de ser disputado um terceiro jogo para se encontar o vencedor do primeiro Campeonato de Portugal. A finalíssima foi realizada no Campo do Bessa a 18 de Junho de 1922 e o FC Porto venceu o Sporting por 3-1 (após prolongamento).
Aqui ficam os «onzes» e os marcadores do terceiro jogo:
Árbitro: Neves Eugénio (Académico do Porto)
FC Porto: Lino Moreira; Júlio Cardoso e Artur Augusto; José Mota, Velez Carneiro e Floreano Pereira; João Brito cap, Balbino Silva, Alexandre Cal, Tavares Bastos e João Nunes.
Treinador: Adolphe Cassaigne (Bel)
Sporting: Amadeu Cruz; Joaquim Ferreira e Jorge Vieira; João Francisco, Filipe dos Santos e Henrique Portela; Torres Pereira, Jaime Gonçalves, Francisco Stromp cap, Emílio Ramos e José Leandro.
Treinador: Charles Bell (Inglês)
Marcadores: 1-0 Balbino (51), 1-1 Ramos (70), 2-1 Nunes (100), 3-1 Brito (102);

A «foto do dia» - Rummenigge e João Pinto

Recuamos a 27 Maio de 1987 com uma foto de uma mesma geração de jogadores que se cruzaram na Final da Taça dos Clubes Campeões Europeus: João Pinto e Michael Rummenigge.
Enquanto que João Pinto jogou no FC Porto durante toda a sua carreira profissional, o alemão Michael Rummenigge representou 3 clubes: o Bayern de Munique, o Borussia de Dortmund e o Urawa Red Diamonds (Japão).
João Pinto foi titular do FC Porto durante mais de uma década, tendo vencido mais de vinte títulos ao serviço do seu clube do coração, e foi considerado um dos melhores laterais direitos da sua geração, sendo duas vezes chamado a representar a Selecção do Resto do Mundo.
Quanto a Rummenigge, foi um bem sucedido avançado alemão que nunca se livrou das comparações com o seu irmão mais velho, o conceituado Karl-Heinz Rummenigge, que foi capitão do Bayern de Munique e da Selecção da Alemanha.
Michael Rummenigge representou o Bayern durante 6 épocas consecutivas e sagrou-se por 3 vezes campeão alemão, tendo disputado mais de 300 jogos na Bundesliga e marcado mais de 80 golos. Depois de abandonar o Bayern, Rummenigge representou outro histórico do futebol alemão, o Borussia de Dortmund, terminando a carreira no Japão ao serviço do Urawa Red Diamonds.
Actualmente, continuam ambos ligados ao futebol. Enquanto que João Pinto continua a colaborar com o FC Porto, como técnico adjunto, Michael Rummenigge é gerente de uma empresa de marketing desportivo, em Dortmund, e também é proprietário de uma agência no ramo do aluguer de relvados e sintéticos para a prática do futebol, a "Trendsport Rummenigge".

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Dínamo de Kiev, Fenerbahçe e Arsenal

Poderia ter sido um sorteio mais simpático mas não foi nada a que não estejamos (bem) habituados. Afinal, quem quer aceder aos Oitavos-de-Final não pode escolher adversários, não é?
Dínamo Kiev, Fenerbahçe, Arsenal e FC Porto. É um grupo de 4 equipas com tradição no futebol europeu e sem nenhum daqueles 'outsiders' teoricamente mais acessíveis. Como o Arsenal se apresenta quase sempre forte, falta saber como se encontrarão Fenerbahçe e Dínamo Kiev, que na época passada tiveram prestações completamente opostas na Champions. Enquanto que os turcos foram a grande sensação da prova (atingiram os Quartos-de-Final), os ucranianos não passaram da primeira fase (e só com derrotas!). Contudo, o Dínamo eliminou esta época o Spartak de Moscovo, na pré-eliminatória, por duplo 4-1!
Apesar de serem 3 adversários com potencial bem diferente, têm algo em comum: são 3 equipas muito fortes em casa. Por isso, nada melhor do que o FC Porto começar no Dragão (frente ao Fenerbahçe no dia 17 de Setembro) e amealhar o máximo possível de pontos antes das 3 últimas jornadas: visita a Kiev e a Istambul, e recepção ao Arsenal. Fase final complicada!
Voltando ao sorteio, conseguimos evitar Fiorentina e At. Madrid, que estavam ambas no Pote 4, mas não tivemos a sorte de sermos sorteados no mesmo grupo dos mais acessíveis Aalborg, Anorthosis Famagusta ou BATE Borisov. Do Pote 4, saiu o Dinamo de Kiev, o que obriga a uma longa deslocação à Ucrânia. De qualquer forma, no mesmo pote havia 4 equipas de Leste, que obrigavam a grandes deslocações. Não havia muito por onde escolher!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

«Curiosidades FCP» - O Benfica - FC Porto da época 1991/92

Antecipamos o jogo do próximo Sábado com um Benfica - FC Porto, disputado na época 1991/92, que ficou na história dos grandes clássicos entre os dois clubes. Estávamos próximos do final desse campeonato e numa altura em que o FC Porto possuía uma importante vantagem na frente da classificação. Apesar de na primeira volta ter empatado (0-0) nas Antas com o Benfica, um novo empate deixava o FC Porto ás portas do título devido à ligeira vantagem pontual e à diferença de 'goal average' entre as duas equipas. Foi, por isso, um início de jogo um pouco tenso e demasiado calculista. O empate (0-0) ao intervalo não fazia prever uma frenética segunda-parte com constantes alterações no marcador.
A foto que hoje recuperamos marcou o início do fantástico segundo tempo do FC Porto. Foi neste lance que Rui Bento derrubou Rui Filipe, que caminhava isolado para a baliza de Neno, e deu origem à grande penalidade com que o capitão João Pinto (foi mesmo ele a marcar o penalti!) inaugurou o marcador. A partir desse momento o jogo ficou de pernas para o ar. O Benfica empatou 10 minutos depois, por William, e Kostadinov colocou novamente o FC Porto em vantagem ao minuto 84'. Quando já todos julgavam que o Benfica se entregara, surge Sergei Yuran a colocar tudo igual a 5 minutos do final. Mas o clímax ficou guardado para o último minuto de jogo quando Timofte arrumou de vez com o clássico e com o campeonato, marcando o terceiro e derradeiro golo desta emocionante partida. Um final de jogo de sonho para o FC Porto e dramático para o Benfica. Foi a desforra perfeita do FC Porto da derrota sofrida no ano anterior, quando o Benfica venceu nas Antas com dois golos de César Brito.
Aqui ficam os «onzes» dessa electrizante partida:
Benfica: Neno, José Carlos, William, Rui Bento, Veloso, Jonas Thern, Pacheco, Vítor Paneira, César Brito (Magnusson aos 81'), Isaías (Rui Costa aos 59') e Sergei Yuran.
Treinador: Sven-Göran Eriksson
FC Porto: Vítor Baía, João Pinto, Aloísio, Fernando Couto, Paulo Pereira, Rui Filipe, André, Jorge Couto (Timofte aos 66'), Jaime Magalhães, Emil Kostadinov e Tozé (Domingos aos 59').
Treinador: Carlos Alberto Silva
Golos: João Pinto (pen.) aos 64', William aos 74', Kostadinov aos 84', Sergei Yuran aos 85' e Timofte aos 89'.

A «foto do dia» - Victor Fernandez

Recuperamos uma foto do treinador espanhol Victor Fernandez que orientou o FC Porto no início da época 2004/05. Diz-se que, apesar de ser um bom técnico e um autêntico ‘gentleman’, não tem perfil de disciplinador e terá sido esse o principal motivo para os maus resultados da equipa no campeonato. Apesar de ter vencido a Taça Intercontinental (frente ao Once Caldas da Colômbia) e de ter qualificado o FC Porto para os Oitavos-de-final da Liga dos Campeões, acabou por ser demitido quando o FC Porto caiu para o terceiro lugar da classificação no campeonato nacional dessa época.
Esta foto foi captada na véspera do decisivo CSKA Moscovo-FC Porto, relativo à penúltima jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões 2004/05. O FC Porto tinha a qualificação para os Oitavos-de-final presa por arames, tendo necessidade de vencer os russos em Moscovo e de derrotar o Chelsea no último jogo da fase de grupos. Duas vitórias, por 1-0 em Moscovo e por 2-1 frente ao Chelsea, mantiveram o FC Porto na liga milionária. Apesar da sensacional ponta final na fase de grupos, o espanhol já não orientou a equipa na eliminatória frente ao Inter de Milão.

domingo, 24 de agosto de 2008

É bom entrar a ganhar!

Não foi um FC Porto à tricampeão mas foi suficiente para entrar na Liga a ganhar e atingir os 1000 dias consecutivos a liderar o campeonato.
Sabendo que está a disputar uma prova com 30 jornadas, o FC Porto entrou em campo bem mais confiante e desinibido do que no jogo da Supertaça frente ao Sporting. Ainda assim, o jogo do FC Porto ainda não é suficientemente fluído para garantir uma vitória com mais tranquilidade. É natural que com o decorrer do campeonato o FC Porto atinja o brilhantismo da última época.
Apesar de ter marcado relativamente cedo, o FC Porto foi demasiado paciente na procura do golo da tranquilidade que só surgiu quando o Belenenses jogava reduzido a 10 jogadores e, fundamentalmente, devido à inspiração de Hulk que marcou um golaço. Um bomba com força e colocação!
No FC Porto ninguém deslumbrou mas houve muito nervo de Tomás Costa, esforço de Mariano Gonzalez, clarividência de Lucho, raça de Lisandro e potência de Hulk.
Agora, segue-se a sempre efervescente deslocação à Luz com a importante vantagem psicológica de o FC Porto lá chegar com dois pontos de vantagem.

A «foto do dia» - A Taça no 'cockpit'

Já tínhamos publicado uma foto dos eternos capitães do FC Porto, Vítor Baía e Jorge Costa, que transportavam a Taça dos Campeões Europeus aquando da chegada ao Aeroporto de Pedras Rubras do avião que trouxe o FC Porto da Alemanha, na madrugada de 27 de Maio de 2004.
Hoje recuperamos uma imagem captada ainda na Alemanha quando o avião que transportava os campeões da Europa se preparava para regressar a Portugal depois da vitória na Final de Gelsenkirchen.
A foto foi captada no 'cockpit' do avião da TAP que transportou o campeão da Europa de volta à cidade do Porto. O comandante do avião fez questão de perpetuar o momento com uma foto em que surge ao lado do troféu que o FC Porto conquistou em 2004 pela segunda vez na sua história.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Objectivo: manter o escudo nas camisolas!

Faltam apenas dois dias para o início do ataque ao tetra! A partir do próximo Domingo, o FC Porto começa a perseguir o segundo tetra da sua história. O maior objectivo da temporada vai continuar a passar por manter o escudo e as quinas que actualmente identificam o campeão português. Fomos saber a origem e significado do escudo que surge na bandeira portuguesa e que actualmente é exibido nas camisolas do tricampeão português. «O Escudo de Armas remete para a fundação de Portugal. Simboliza a afirmação da cultura ocidental no mundo, e em particular dos seus valores cristãos. Os castelos, quinas e os besantes evocam conquistas, vitórias e lendas ligadas à fundação de Portugal por D. Afonso Henriques. As 5 quinas simbolizam os 5 reis mouros que D. Afonso Henriques venceu na batalha de Ourique. Os pontos dentro das quinas representam as 5 chagas de Cristo. Diz-se que na batalha de Ourique, Jesus Cristo crucificado apareceu a D. Afonso Henriques, e disse: "Com este sinal, vencerás!". Contando as chagas e duplicando as chagas da quina do meio perfaz-se a soma de 30, representando os 30 dinheiros que Judas recebeu por ter traído Cristo. Os 7 castelos simbolizam as localidades fortificadas que D. Afonso Henriques conquistou aos Mouros.»
O escudo que os tricampeões exibem é muito simples mas possui muita história. É essa história que vamos querer manter a partir do próximo Domingo.

«Curiosidades FCP» - Futre e Butragueño

Hoje recuamos a uma mesma geração de jogadores que se cruzaram com o FC Porto durante a década de 80: Paulo Futre e Emilio Butragueño. Enquanto que Futre representou o FC Porto durante 3 memoráveis épocas, Butragueño cruzou-se com o FC Porto numa eliminatória da Taça dos Clubes Campeões Europeus.
Buyo, Sanchis, Camacho, Gordillo, Michel, Hugo Sanchez e Butragueño, entre outros, formavam nessa altura a famosa Quinta Del Buitre. Para uns, este grupo de jogadores mais não era do que um núcleo duro que visava influenciar o treinador e a própria direcção do clube, enquanto que para outros o grupo simbolizava uma das equipas mais emblemáticas de sempre do Real Madrid.
É curioso que Butragueño chegou ao Real Madrid precisamente na mesma época em que Paulo Futre foi contratado pelo FC Porto, em 1984/85. Futre deixaría o FC Porto 3 anos depois, mudando-se para Madrid no início da época 1987/88. Durante a sua estadía na capital espanhola teve oportunidade de defrontar ‘El Buitre’ em vários derbys de Madrid. Nesta foto, Butragueño felicita Paulo Futre depois de uma vitória do Atlético num desses derbys madrilenos. Actualmente, continuam ambos ligados aos clubes que representaram em Espanha. Enquanto que Butragueño é Director Geral Desportivo do Real Madrid, Paulo Futre continua a colaborar com o Atlético de Madrid de forma não oficial, sendo actualmente um dos consultores do clube para o Futebol.

A «foto do dia» - O complexo das Antas

Recuperamos uma foto do complexo das Antas com algumas das principais alterações que sofreu ao longo dos seus mais de 50 anos de história.
Nesta foto são visíveis os 4 campos relvados que o FC Porto possuía na zona das Antas (o FC Porto foi o primeiro dos 3 grandes a ter 3 relvados junto ao campo principal), a Torre das Antas, onde foi instalada a sede do FC Porto, a VCI e a longa Av. Fernão de Magalhães.
Apesar da demolição do Estádio das Antas só ter sido iniciada em Março de 2004, o complexo das Antas começou a ser demolido em 2001. Actualmente, esta zona da cidade é ocupada por um empreendimento imobiliário (que inclui um centro comercial), pela Alameda do Dragão e pelo Estádio do Dragão.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

O que vai mudar?

Está aí à porta a estreia do FC Porto no campeonato nacional 2008/09. A Liga arranca já este fim-de-semana e o FC Porto recebe o Belenenses no Dragão. Apesar da recente derrota na Supertaça não causar muita apreensão (o ano passado o FC Porto também foi derrotado), é aconselhável que Jesualdo efectue algumas alterações no «onze» que defrontou o Sporting. É estranho a equipa não mostrar o à vontade do campeonato nos jogos frente ao Sporting. Jesualdo confessou que os leões têm sido mais felizes. É verdade, mas isso não explica tudo. A equipa parece condicionada sempre que defronta o «onze» de Paulo Bento. O melhor sería Jesualdo deixar de dar indicações antes de um jogo frente ao Sporting. Agora a sério, não é preciso tanto, basta um FC Porto menos tenso e mais desinibido. Mas isso também é trabalho do treinador!
Quanto à recepção ao Belenenses, estamos curiosos em saber se Jesualdo vai retirar um dos dois laterais que foram titulares frente ao Sporting: Benítez e Sapunaru. Se Fucile entrar no «onze», um deles sairá!
Quanto ao resto, é de prever que Lisandro retome o seu lugar na frente de ataque, abrindo espaço à presença de Mariano Gonzalez ou Hulk no «onze» inicial. Se o argentino já estiver a 100%, é provável que seja ele o eleito. O meu «onze» para Domingo:
Helton; Fucile, Bruno Alves, Pedro Emanuel e Benítez; Guarín, Lucho e Meireles; Rodriguez, Hulk e Lisandro;

«Curiosidades FCP» - A 1ª página da revista «Onze» de Fevereiro de 1988

Hoje recuperamos a 1ª página da edição francesa da revista «Onze» que fazia o rescaldo da 2ª mão da Supertaça europeia, entre o FC Porto e o Ajax, disputada nas Antas em Janeiro de 1988.
A revista «Onze» é publicada em francês na sua edição internacional e o destaque deste número foi o triunfo total do FC Porto a nível internacional. "Coupe des Champions, Toyota Cup et Super Coupe: Le triomphe total du FC Porto" titulava a edição de Fevereiro de 1988.
Reparem que dos três jogadores da foto, Fernando Gomes foi o único a manter a camisola de jogo e a braçadeira de capitão, enquanto que João Pinto e Jaime Magalhães já usavam as camisolas que trocaram com jogadores do Ajax.
Nesta edição da «Onze», além do destaque dado ao FC Porto, também começou a ser antecipado o Euro 88, que decorreu na Alemanha no Verão desse ano.

O «cromo do dia» - Dias dos Santos

António Dias dos Santos nasceu em Fânzeres a 23 de Junho de 1922.
Este antigo ciclista do FC Porto iniciou a carreira em Lisboa ao serviço do Sporting, enquanto cumpria o serviço militar na Marinha. Cumprido o serviço militar, Dias dos Santos regressa a casa, e a Fânzeres, e inscreve-se no ciclismo do FC Porto onde atinge os seus melhores momentos dos quais se destacam duas vitórias, em 1949 e 1950, na prova rainha do ciclismo português, a Volta a Portugal.
Dias dos Santos sagrou-se vencedor da Volta e sucedeu ao também portista Fernando Moreira, que venceu a competição em 1948. Foi o primeiro «tri» do FC Porto na Volta a Portugal em bicicleta. Depois dessas vitórias, o FC Porto voltaría a vencer consecutivamente a Volta por 4 vezes em finais dos anos 50 e inícios da década de 60.
Depois de marcar uma época no ciclismo português, Dias dos Santos emigrou para o Brasil ao ser convidado para correr em competições e para orientar equipas brasileiras. Foi no Brasil, e após terminada a carreira de ciclista, que retomou a sua profissão de joalheiro, que mantinha juntamente com a carreira de treinador. Em São Paulo, nunca deixou de lado o seu amor e fascínio pelo ciclismo e foi com naturalidade que anos mais tarde montou uma oficina de reparação de bicicletas.
Dias dos Santos faleceu em São Paulo a 13 de Junho de 1986. Em homenagem póstuma, a Junta de Freguesia de Fânzeres baptizou a rua onde viveu de Rua "Ciclista Dias dos Santos" e simultaneamente colocou uma placa na casa com a indicação: “Aqui viveu o ciclista Dias dos Santos”.

sábado, 16 de agosto de 2008

A história repete-se!

Confirmaram-se os receios que já vinham da época passada. Jesualdo tem muitas dificuldades em responder tacticamente ao 4-4-2 losângulo do Sporting de Paulo Bento. Além desta evidência, houve mais alguns factores que contribuíram para a derrota (0-2) de hoje: o desvio de Lisandro para a esquerda, que retirou instinto e agressividade na zona de finalização (Farías é lento e previsível), a colocação no «onze» inicial de 4 reforços (Sapunaru, Benítez, Guarín e Rodriguez), tendo 3 deles pouco conhecimento do futebol português e a má sorte de Lucho Gonzalez, que atirou ao poste e falhou uma grande penalidade.
Apesar de na 1ª parte o jogo ter sido dividido, o Sporting teve sempre mais facilidade em chegar à área do FC Porto. Os dois laterais do FC Porto, além de muito faltosos, revelaram sempre muitas dificuldades quando tinham a bola e não é de excluir a possibilidade de Fucile regressar ao «onze» já na 1ª jornada do campeonato. Talvez Jesualdo tenha sido pouco prudente ao colocar de uma assentada os dois reforços nas laterais quando no banco tinha um lateral que foi titular durante toda a época anterior.
A segunda-parte foi uma cópia do primeiro tempo com o FC Porto a atacar aos repelões e com pouca convicção. O FC Porto nunca jogou em bloco e desta vez nem as transicções rápidas no ataque surgiram.
Agora, esperemos que a história no campeonato também se repita de forma a garantirmos o tetra!

«Curiosidades FCP» - A última visita a Cracóvia

Recordamos a última visita do FC Porto à Polónia, e à cidade de Cracóvia, com o programa oficial do Wisla Cracóvia - FC Porto, relativo à 1ª mão da 2ª eliminatória da Taça UEFA, época 2000/01.
Depois de eliminar o Partizan de Belgrado na 1ª eliminatória, o FC Porto deslocou-se a Cracóvia para a 1ª mão da 2ª eliminatória. O Wisla, actual campeão polaco, defrontou o FC Porto depois de na eliminatória anterior ter eliminado o Real Zaragoza numa surpreendente vitória por 4-1 em Cracóvia. Os polacos tinham sido derrotados em Espanha também por 4-1 e, após 120 minutos de jogo, conseguiram eliminar os espanhóis nas grandes penalidades. Era por isso grande a expectativa aquando da recepção ao FC Porto. Mas, apesar de terem goleado o Zaragoza no Estádio Wisly, os polacos não foram além de um empate (0-0) frente ao FC Porto, num jogo disputado a 26 de Outubro de 2000, ficando tudo adiado para a 2ª mão.
Depois do jogo calculista de Cracóvia, o FC Porto não vacilou e venceu os polacos nas Antas por 3-0 (Pena aos 4', Pena aos 61' e Alenitchev aos 89'). Chegava ao fim a aventura deste histórico clube polaco que já se sagrou por 11 vezes campeão da Polónia mas que nunca foi além dos Quartos-de-final em competições organizadas pela UEFA.
Quanto ao FC Porto, depois dos polacos seguiu-se o Espanhol de Barcelona na 3ª eliminatória.

A «foto do dia» - A vitória na Supertaça 1995/96

Depois de recordarmos a derrota frente ao Sporting, na edição de 1994/95 da Supertaça Cândido de Oliveira, recuperamos a sensacional vitória (5-0) em pleno Estádio da Luz na edição do ano seguinte.
Depois de na 1ª mão ter vencido nas Antas por 1-0, o FC Porto necessitava apenas de um empate para conquistar a sua 9ª Supertaça até então. Foi no mínimo surpreendente o resultado final dessa partida, construído com golos de Artur, Edmilson, Jorge Costa, Wetl e Drulovic.
A foto foi captada após a entrega do troféu quando Drulovic, Artur, Edmilson e João Manuel Pinto festejavam a conquista da Supertaça junto ao topo norte do estádio onde se encontravam os adeptos do FC Porto.
O jogo disputou-se no Estádio da Luz a 18 de Setembro de 1996.
Aqui ficam os dois «onzes»:
Benfica: Preud'homme, Calado (Tahar aos 73'), Hélder, Bermudez, Dimas (Iliev aos 50'), Bruno Caires, Jamir, Valdo, Gustavo, Donizete e João Vieira Pinto.
Treinador: Paulo Autuori
FC Porto: Wosniak, João Manuel Pinto, Lula, Jorge Costa, Fernando Mendes, Paulinho Santos, Sérgio Conceição, Wetl (Rui Barros aos 70'), Zahovic, Edmilson (Jardel aos 60') e Artur (Drulovic aos 52').
Treinador: António Oliveira
Golos: Artur aos 3', Edmilson aos 43', Jorge Costa aos 46', Wetl aos 56' e Drulovic aos 85'.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O FC Porto e a Supertaça

Aproveitando mais uma presença (a 5ª em 6 anos) do FC Porto na Supertaça Cândido de Oliveira, recuperamos algumas estatísticas e curiosidades ligadas à disputa deste troféu.
O FC Porto é o clube português com mais Supertaças conquistadas e o segundo com mais finais perdidas. Só o Benfica supera o FC Porto em mais derrotas na Supertaça. Os encarnados venceram apenas 4 troféus em 14 participações. Aliás, o Benfica é ainda hoje a vítima privilegiada pelo FC Porto em jogos da Supertaça: 9 das 10 derrotas benfiquistas foram contra o FC Porto!
Apesar de nos últimos 30 anos continuar a dominar o futebol português em todas as competições, é na disputa da Supertaça que a hegemonia do FC Porto mais se faz sentir, isto porque ainda hoje tem mais troféus conquistados que todos os outros clubes juntos. O FC Porto venceu a competição por 15 vezes, enquanto que só por 14 vezes a Supertaça foi conquistada por outro clube. Ou seja, é preciso vencer o Sporting no próximo Sábado para a estatística continuar azul e branca.
Dois dados curiosos: o FC Porto ainda não conseguiu vencer a competição 3 vezes consecutivas mas também nunca ficou mais de 3 anos sem conquistar o troféu. A última vitória (na foto) do FC Porto aconteceu há duas épocas atrás, quando derrotou o Vit. Setúbal, em Leiria, por 3-0 (Adriano, Anderson e Vieirinha).

A «foto do dia» - Salvador e Kordnya

Hoje recuamos à longínqua época de 1939/40 com uma foto de um jogo entre o FC Porto e o Belenenses. A imagem foi retirada do blog 'belenensesilustrado.blogspot.com' e na altura foi publicada na contra-capa da revista “Stadium”, de 3 de Julho de 1940.
Na foto é possível identificar o guarda-redes do Belenenses de então, Salvador, e o temível avançado do FC Porto, Slavkoo Kordnya. Este jogador croata chegou ao FC Porto nessa época, juntamente com o seu compatriota Franjo Petrak, e foi fundamental na conquista do bicampeonato sob o comando de Mihaly Siska. Esta dupla croata foi responsável por 44 (!) dos golos marcados pelo FC Porto no campeonato nacional de 1939/40. Apesar de nessa altura Pinga continuar a chamar a si as atenções da maior parte do público que assistia aos jogos do FC Porto, Kordnya e Petrak acabaram por ser bem mais importantes na conquista do campeonato nacional dessa época. Aliás, Slavkoo Kordnya partilhou mesmo o primeiro lugar da lista dos melhores marcadores da prova com o sportinguista Peyroteo, ambos com 29 golos marcados.
Mas como as informações sobre esta dupla croata são muito escassas, se alguém souber algo mais sobre ambos faça favor de acrescentar.

«Curiosidades FCP» - A Supertaça 1994/95

Aproveitando o jogo do próximo Sábado, recuperamos um bilhete de um clássico entre FC Porto e Sporting quando a Supertaça Cândido de Oliveira ainda se disputava em duas mãos. O bilhete destinou-se a sócios do Sporting e deu acesso ao jogo da 1ª mão da Supertaça, época 1994/95.
O FC Porto tinha acabado de conquistar o primeiro título da notável série de cinco campeonatos consecutivos, enquanto que o Sporting ganhou o direito de disputar a Supertaça depois de vencer o Marítimo na Final da Taça de Portugal do ano anterior. A 1ª mão da Supertaça disputou-se a 6 de Agosto de 1995 e terminou empatada (0-0). Apesar de disputar a 2ª mão em casa, o FC Porto, de Bobby Robson, não conseguiu vencer o Sporting, cedendo também um empate (2-2) nas Antas. Houve então necessidade de se disputar uma Finalíssima para ser encontrado o vencedor, acabando por ser o Sporting a levar o troféu para casa depois de vencer (3-0) o FC Porto no decisivo jogo disputado em Paris.

domingo, 10 de agosto de 2008

Pode começar!

Não foi uma exibição deslumbrante, como a das meias-finais da Taça UEFA, em 2003, mas foi uma primeira-parte muito interessante do FC Porto na vitória (2-1) de hoje frente à Lazio.
Jesualdo optou por experimentar um possível «onze» para utilizar na Supertaça e, apesar de uma ou outra hesitação, não haverá muitas dúvidas até ao próximo Sábado. As preocupações de Jesualdo, e dos adeptos, continuam concentradas em três posições: as duas laterais e o trinco.
Apesar de ter correspondido, Freddy Guarín continua a descompensar o meio-campo defensivo devido a uma tentação natural para progredir demasiado no terreno. Quanto ao resto, o jovem médio colombiano tem um remate fácil, uma presença física impressionante e uma larga visão de jogo. Nas laterais, a titularidade de Benítez acabou por ser uma meia-surpresa. Qual a verdadeira intenção de Jesualdo: dar confiança ao lateral argentino ou oferecer um aviso ao, por vezes, acomodado Fucile?
Na lateral-direita parece haver menos dúvidas quanto à titularidade do sóbrio Sapunaru. Apesar de serem ambos táctica e tecnicamente evoluídos, Sapunaru e Benítez ainda denotam alguma falta de agressividade. A rever nos próximos jogos.
Mas o maior destaque do FC Porto continua a ser Cristian Rodriguez. O uruguaio parece jogar no FC Porto há muitos anos tal a cumplicidade que revela com os colegas, principalmente com Lucho Gonzalez e Lisandro Lopez. Agora, só falta "acordar" Mariano Gonzalez!
Apesar de nem sempre os resultados terem acompanhado as boas exibições, a pré-época do FC Porto foi bem preparada e decorreu de forma tranquila. A própria iminente saída de Ricardo Quaresma foi muito bem gerida, com a opção de só voltar a contar com o jogador se a sua permanência ficar completamente definida até 31 de Agosto, a data de fecho do mercado.
Além de ter sido o primeiro dos 3 grandes a iniciar a pré-época, o FC Porto não foi confrontado com nenhuma lesão, manteve o mesmo esquema táctico da época anterior e a chegada dos novos reforços fez-se de forma atempada. Estamos preparados!

«Curiosidades FCP» - A capa do destacável de desporto do «Cavaleiro Andante»

O «Cavaleiro Andante» foi um jornal infantil que começou a ser publicado a 5 de Janeiro de 1952 e que veio para as bancas em substituição de outra popular publicação da altura, o «Diabrete». Adolfo Simões Müller foi o fundador e o director desta saudosa publicação da área da literatura infanto-juvenil portuguesa do século XX.
O «Cavaleiro Andante» era de periodicidade semanal e surgiu com um preço de capa de 1$80 (um escudo e oitenta centavos). Naquele tempo, rivalizava com outra publicação infanto-juvenil, o «Mundo de Aventuras». Adolfo Simões Müller, Artur Varatojo, Ester de Lemos e Carlos Pinhão, entre outros, foram alguns dos conceituados autores de texto que ajudaram o «Cavaleiro Andante» a tornar-se uma referência entre os miúdos e os graúdos daquele tempo.
Nesta edição, é dado destaque, no destacável «Desportos», ao médio centro do FC Porto, José Maria Pedroto, que se mudou para as Antas precisamente no ano em que o «Cavaleiro Andante» surgiu nas bancas, em 1952.
"O «eixo» do FC Porto", foi desta forma que o «Desportos» se referiu a Pedroto, um dos maiores símbolos do clube que representou durante 8 épocas consecutivas, vencendo dois títulos de Campeão Nacional (1955/56 e 1958/59) e duas Taças de Portugal (1955/56 e 1957/58).
O «Cavaleiro Andante» deixaría de ser publicado a 25 de Agosto de 1962 com a impressionante marca de 556 números editados semanalmente.

A «foto do dia» - FC Porto 1996/97

Hoje recuamos mais de 10 anos com uma foto do «onze» do FC Porto que garantiu uma preciosa e indiscutível vitória (2-1) no clássico disputado no Estádio da Luz em 1996/97. Nessa época, o FC Porto de António Oliveira deslocou-se à Luz com uma confortável vantagem na tabela classificativa que lhe permitiu abordar o clássico de forma tranquila e sem qualquer pressão.
Depois do inevitável Mário Jardel inaugurar o marcador ainda durante a primeira parte, João Pinto restabeleceu a igualdade para o Benfica no segundo tempo mas Jorge Costa voltaría a colocar o FC Porto novamente na frente de forma a garantir uma vitória que lhe fugia desde 1991/92. Depois de nessa época ter vencido o Benfica nuns frenéticos 3-2, o FC Porto voltava a vencer no estádio do velho rival, terminando com um jejum de 5 épocas sem vencer na Luz.
Quanto ao campeonato nacional de 1996/97, uma diferença de 27 (!) pontos entre os dois clubes foi bem reveladora da desigualdade de potencial entre FC Porto e Benfica durante essa época. Nesse ano, o FC Porto garantiu o tri-campeonato com a notável marca de 80 (!) golos marcados (mais 31 golos marcados que o Benfica, que foi 3º classificado).
Em cima: Hilário, Jardel, Barroso, Edmilson, Jorge Costa e Aloísio;
Em baixo: Fernando Mendes, Drulovic, Paulinho Santos, Zahovic e Sérgio Conceição;

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Inédito!

A mais recente convocatória de Alfio Basile, para o próximo jogo particular da Selecção da Argentina, marcou um novo feito para o FC Porto e para o próprio futebol português. É a primeira vez que um clube português tem 3 jogadores convocados para a principal Selecção de futebol da Argentina. Um feito inédito que, além de contrariar a tese de a nossa Liga não ter suficiente visibilidade, vem fundamentalmente demonstrar a cada vez maior projecção do FC Porto a nível internacional. Afinal, não é preciso jogar em Espanha ou Itália para ser convocado para a Selecção da Argentina, basta representar o FC Porto!
Lisandro Lopez, Lucho Gonzalez e Mariano Gonzalez (na foto) foram convocados para o amigável que a Argentina realiza no dia 20 de Agosto em Minsk, com a Bielorússia. O FC Porto e o Inter de Milão são os clubes mais representados na convocatória, com 3 jogadores cada. Zanetti, Burdisso e Cambiasso acabaram por impedir o FC Porto de ser o clube com mais jogadores na convocatória de Alfio Basile.
Apesar das chamadas de Lisandro Lopez e de Lucho Gonzalez serem perfeitamente justificadas, a chamada de Mariano Gonzalez fica-se mais a dever à teimosia de Jesualdo Ferreira, e ao próprio prestígio do FC Porto a nível internacional, do que propriamente ao actual momento de forma do jogador. Aliás, a chamada de Mariano pode ser justificada de todas as formas menos com o seu momento físico actual. Desde que chegou ao FC Porto, o argentino ainda não atingiu o nível físico e mental que a expectativa gerada com a sua chegada exigia. Desde o início da época passada que todos aguardamos pela resposta de Mariano à confiança que o FC Porto lhe transmitiu depois de adquirir o seu passe ao Palermo. Esperemos que esta chamada à Selecção seja o «click» que faltava ao extremo argentino.

«Curiosidades FCP» - A última visita a Praga

Hoje recuperamos a última visita do FC Porto à cidade de Praga com a 1ª página do «Sparta, do Toho!», de Maio de 2002, que trouxe à capa uma foto do jogo das Antas numa disputa de bola entre Pena e um defesa checo.
O «Sparta, do Toho!» foi durante muitos anos o jornal oficial do Sparta de Praga e era editado mensalmente. O destaque desta edição foi o rescaldo da visita do FC Porto a Praga e a participação do Sparta de Praga na Liga dos Campeões 2001/02.
Recentemente, o «Sparta, do Toho!« sofreu uma remodelação e o antigo jornal deu lugar a uma revista (em baixo) de grafismo mais cativante mas que continua a acompanhar o dia-a-dia deste histórico clube da Rép. Checa.
Quanto ao confronto entre o FC Porto e o Sparta de Praga, os checos levaram a melhor e venceram o FC Porto por 2-0 (Sionko aos 63' e Jarosik aos 71'). Foi a desforra do Sparta de Praga da derrota sofrida dois anos antes, quando o FC Porto de Fernando Santos venceu os checos em Praga por 2-0 (Drulovic aos 77' e Jardel aos 84') numa das melhores exibições de Deco ao serviço do FC Porto em jogos da Liga dos Campeões.
Quanto à edição 2001/02 da Champions, o FC Porto chegou à última jornada da 2ª fase de grupos com a qualificação em aberto mas necessitava de vencer o Sparta de Praga no seu estádio e esperar que o Real Madrid derrotásse o Panathinaikos em Atenas. Os gregos acabaram por empatar (2-2) e acompanharam o Real Madrid no quadro dos Quartos-de-final. Nessa época, a competição ainda se disputava em duas fases de grupos, tendo o FC Porto sido segundo classificado na 1ª fase, num grupo constituído ainda por Juventus, Celtic de Glasgow e Rosenborg.

A «foto do dia» - A caricatura do Lucho

Aproveitando mais uma chamada de Lucho Gonzalez para representar a Selecção da Argentina, recuperamos uma caricatura de 'El Comandante' publicada no site 'karikamania.pt'.
O 'karikamania' é um site da autoria do caricaturista Nelson Santos. Lá é possível encontrar várias caricaturas de pessoas ligadas a todo o tipo de actividades, desde jogadores de futebol a artistas de cinema e televisão, músicos, políticos, escritores, etc. Além de nos mostrar o lado divertido das caricaturas da gente do «showbizz», o autor disponibiliza-nos também a possibilidade de encomendar a nossa própria caricatura online, através de um simples contacto de "e-mail".
Nelson Santos especializou-se em fazer caricaturas ao vivo e a cores para animação em todo o tipo de eventos e festas. A visitar em http://karikamania.no.sapo.pt/.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

O "joker" do 4-3-3

O brasileiro Hulk pode muito bem vir a ser a solução para a ineficácia de alguns dos extremos do FC Porto no esquema que Jesualdo privilegia, o 4-3-3. Pelo que já demonstrou nos poucos minutos em que foi utilizado, Givanildo Vieira de Souza pode muito bem ser o "joker" de Jesualdo Ferreira na frente de ataque do FC Porto. O avançado brasileiro, além de muito móvel e possante, tem versatilidade suficiente para descair para uma das faixas e, em diagonais para o centro, aparecer na zona de finalização. Era desta forma que Hulk era utilizado no Tokyo Verdy. O brasileiro é uma espécie de «3 em 1», ou seja, pode desempenhar qualquer uma das funções nos três postos de ataque do 4-3-3, e dessa forma poder compensar a pouca agressividade que jogadores como Tarik Sektioui ou Mariano Gonzalez emprestam às faixas.
Derlei e Lisandro Lopez, por exemplo, foram muito recentemente utilizados como "jokers" no FC Porto de José Mourinho e de Co Adriaanse, respectivamente. Ambos os técnicos abriram mão de um extremo-esquerdo clássico em troca de um jogador que pudesse dar maior consistência ao lado esquerdo do ataque mas que não se limitásse a ir à linha e cruzar. Enquanto que Derlei era utilizado como o homem mais próximo de Benny McCarthy, Lisandro Lopez era o complemento de Adriano no ataque de Co Adriaanse. Apesar dos esquemas tácticos de Mourinho e de Co Adriaanse serem muito versáteis, enquanto que o 4-3-3 de Jesualdo é mais rígido, a colocação de um homem com as características de Hulk num dos extremos do ataque cabería nos planos tácticos dos três técnicos. Não é de excluir que já nos próximos jogos Jesualdo experimente um trio de ataque com Rodriguez, Lisandro e Hulk.

«Curiosidades FCP» - O Dynamo que defrontou o FC Porto em 1987

Foi uma das gerações de ouro do futebol da ex-União Soviética aquela que se cruzou com o FC Porto em 1987. Essa eliminatória da Taça dos Campeões Europeus marcou o final de um ciclo no futebol do Dynamo de Kiev que até essa altura monopolizava o futebol soviético e da Europa de Leste.
Tudo começou com a contratação do técnico Valeriy Lobanovsky que chegou a Kiev em 1984 na sua segunda passagem pelo clube como treinador. Ao saber e à argúcia da «velha raposa» juntavam-se alguns jovens que marcaram uma era no futebol da ex-URSS: Baltacha, Belanov, Blokhin, Zavarov, Demianenko, Kuznetsov, Vasili Rats, Mikhailitchenko e Yakovenko, entre outros, ficaram para sempre ligados a um dos melhores períodos do futebol soviético e cruzaram-se todos com o FC Porto na meia-final da Taça dos Campeões Europeus, época 1986/87. Na época anterior, o Dynamo tinha vencido a Taça dos Vencedores das Taças depois de bater o At. Madrid na Final por 3-0 (Zavarov aos 5', Blokhin aos 85' e Evtushenko aos 88'), sendo considerado no ano seguinte um dos candidatos a vencer a Taça dos Campeões Europeus. Antes de se cruzar com o FC Porto nas meias-finais, o Dynamo eliminou o Beroe Zagaro da Bulgária, o Celtic de Glasgow e o Besiktas da Turquia (com um parcial de 7-0 nas duas mãos!). Chegados ás meias-finais, havia três possíveis adversários: FC Porto, Bayern ou Real Madrid. Acabou por ser o FC Porto a colocar um ponto final no sonho do Dynamo e nessa geração de futebolistas que emergiu em Kiev durante os anos 80. Três anos depois, Valeriy Lobanovsky deixou o clube.
Mas o último suspiro daquela geração acabou por ficar guardado para o Verão de 1988 quando a Selecção da URSS foi derrotada (2-0) na Final do Euro 88 pela Holanda. Foi nessa altura que se fechou um dos mais brilhantes ciclos do futebol soviético. Apesar de hoje em dia já não ser a equipa temida de outrora, o Dynamo de Kiev continua a dominar o futebol ucraniano, tendo já conquistado, desde o desmantelamento da URSS, 11 campeonatos e 7 Taças da Ucrânia.

O «cromo do dia» - Osvaldo Cambalacho

É ainda hoje considerado um dos melhores defesas esquerdos da história do FC Porto e do futebol português. Natural do Seixal e corticeiro de profissão (tal como Barrigana), Osvaldo Cambalacho ganhou notoriedade no FC Porto de Dorival Yustrich, tendo sido campeão nacional em 1955/56 no célebre regresso do FC Porto à conquista do campeonato nacional. Nessa época, Cambalacho foi, juntamente com Virgílio e Gastão, um dos 3 jogadores mais utilizados por Yustrich durante essa campanha, realizando 26 jogos no lado esquerdo da defesa do FC Porto. Essa linha defensiva é ainda hoje recordada por muitos portistas que a consideram uma das mais fortes e coesas de sempre da história do clube. Além de Osvaldo Cambalacho, compunham o sector defensivo o guarda-redes Acúrcio (ou Pinho), o lateral-direito Virgílio e os defesas-centrais Miguel Arcanjo e Monteiro da Costa.
Apesar de ter chegado ao clube de forma discreta (vindo do Seixal, salvo erro), Cambalacho teve a sua oportunidade depois de um desentendimento entre Carvalho, o então defesa esquerdo do FC Porto e da Selecção Nacional, e Yustrich, que valeu ao primeiro a dispensa do plantel, juntamente com Barrigana e Pourcel, e o ingresso no Salgueiros.
Depois de terminada a carreira de jogador, Cambalacho iniciou o percurso de treinador. Apesar de ter sido um técnico que a muitos passou despercebido, acabou por ficar ligado a uma pequena proeza ao garantir a subida de divisão do Boavista em 1966. Cambalacho ainda é hoje recordado por todos os boavisteiros depois de conquistar o acesso à 1ª Divisão numa altura em que o clube do Bessa andava pelas divisões secundárias.

sábado, 2 de agosto de 2008

As experiências com o triângulo

Apesar de ter marcado o regresso ás vitórias em jogos de pré-época, o triunfo (3-0) de hoje sobre o Leixões não foi esclarecedor quanto ás dúvidas que ainda subsistem no «onze» do FC Porto. Jesualdo Ferreira continua a fazer experiências com o elemento mais importante do triângulo de meio-campo do 4-3-3, o trinco. Desta vez, avançou Raul Meireles para a posição 6. E apesar de não estar rotinado nesse lugar, Meireles não se saiu nada mal. O maior problema acaba por ser a sua ausência num dos vértices mais adiantados do triângulo, ou seja, Raul Meireles e Lucho Gonzalez estão tão rotinados nessas duas posições que a descida de Meireles para a posição 6 acaba por trazer mais desvantagens do que benefícios. Apesar de trazer outra dinâmica à posição, já que joga quase sempre com precisão de passe e na vertical, a sua ausência mais à frente retira poder de antecipação ao FC Porto na altura de pressionar o adversário quando este sai em transições rápidas para o ataque. Com Lucho e Guarín por vezes muito adiantados, houve quase sempre necessidade de um dos extremos auxiliar Meireles no meio-campo defensivo. Talvez a solução passe por voltar a experimentar Fernando na posição 6, no jogo frente ao Cagliari, para podermos tirar mais algumas conclusões.
Por agora há apenas uma certeza: o fantasma de Paulo Assunção vai andar por aí mais algum tempo!
Quanto ao jogo, acabou por ser um triunfo fácil do FC Porto que entrou dominador e decidido a marcar cedo. As qualidades da época passada vão-se manter!
Quanto aos protagonistas, já deu para perceber que, com a lesão de Tarik Sektioui, os 3 homens da frente estão encontrados: Lisandro, Rodriguez e Mariano. Lá atrás, haverá apenas dúvidas sobre quem vai acompanhar Bruno Alves. Apesar de as excelentes exibições de Rolando estarem a baralhar as coisas, é provável que Jesualdo mantenha a confiança na experiência e voz de comando de Pedro Emanuel. No próximo Domingo, com a Lázio, tiramos todas as dúvidas e apostamos num primeiro «onze».

«Curiosidades FCP» - Olympiakos - FC Porto, Liga dos Campeões 1999/00

Foi na última jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões 1999/00 que o FC Porto se deslocou ao Estádio Olímpico de Atenas para defrontar o Olympiakos. Este bilhete é relativo a essa partida, disputada a 3 de Novembro de 1999 em Atenas.
Nessa edição da Champions, o FC Porto foi sorteado no Grupo E, juntamente com Real Madrid, Olympiakos e Molde. FC Porto e Real Madrid chegaram à última jornada com a qualificação assegurada, ou seja, o inferno de Atenas só causou mossa no resultado final do jogo, com o FC Porto a ser derrotado por 1-0 (Giannakopoulos aos 56') mas com o apuramento garantido para a próxima fase. Apesar de ter vencido os gregos nas Antas por 2-0 (Esquerdinha aos 6' e Jardel aos 47'), o FC Porto, de Fernando Santos, saiu do Estádio Olímpico sem qualquer golo marcado, devido fundamentalmente à grande exibição do guarda-redes Eleftheropoulos.
O Olympiakos, de Zlatko Zahovic (fez uma exibição de sonho frente ao Real Madrid em Atenas), ficou no terceiro lugar do grupo a 5 pontos do segundo classificado, o FC Porto, e a 6 pontos do primeiro, o Real Madrid.
Na segunda fase de grupos, o FC Porto ficou sorteado no Grupo A, juntamente com Barcelona, Sparta de Praga e Hertha de Berlim.

A «foto do dia» - Sousa e Tardelli

Como os registos fotográficos da Final de Basileia, entre o FC Porto e a Juventus, são muito escassos, recuperamos mais uma foto desse jogo numa das várias batalhas que se travaram a meio-campo durante essa partida. Os intervenientes são António Sousa e Marco Tardelli, dois símbolos de FC Porto e Juventus, respectivamente, que representam uma mesma geração de internacionais portugueses e italianos que se cruzaram na Final de Basileia em 1984.
Apesar de Sousa ter representado o FC Porto durante 8 épocas, e em duas fases distintas, Tardelli acabou por ficar ligado à Juventus durante mais tempo, já que representou a «Vecchia Signora» durante 10 épocas consecutivas. Este antigo internacional italiano foi um dos pilares do meio-campo da selecção da Itália durante o Mundial de Espanha, em 1982, tendo mesmo marcado um golo à Alemanha, na Final, e outro ao Brasil, na 2ª fase de grupos. Mais tarde, Tardelli acabaría por representar outro histórico do «Calcio» quando se transferiu para o Inter, em 1985, numa altura em que Sousa cumpria a sua segunda época em Alvalade, regressando ao FC Porto no ano seguinte.