Apesar da relação entre o FC Porto e José Maria Pedroto ter sido quase perfeita, houve um momento, em finais dos anos 60, em que um conflito entre as duas partes quase afastava definitivamente das Antas o conceituado treinador. Foi durante a primeira passagem de Pedroto pelo FC Porto como treinador.
Estávamos na época 1968/69 e o FC Porto era líder do campeonato. Após uma derrota (3-0) frente ao Benfica, em jogo da Taça de Portugal, Pedroto entra em conflito com alguns jogadores depois de colocar em causa o seu empenho nesse jogo. Nos dias que se seguiram, o ex-treinador do FC Porto decide obrigar os jogadores a permanecerem em estágio. No entanto, alguns futebolistas não cumpriram com as ordens do técnico e acabaram por ser afastados dos jogos seguintes do campeonato. Ao ver-se privada de alguns habituais titulares, a equipa não conseguiu vencer dois jogos em casa (derrota, frente à Académica, e empate, frente ao União de Tomar), o que lhe valeu a perda da liderança. Esses dois resultados hipotecaram a conquista do título, acabando Pedroto por ser o principal alvo das críticas dos adeptos e da Direcção. A contestação foi crescendo até Pedroto ser afastado e substituído pelo seu adjunto, António Morais.
Como contrapartida, Pedroto exigiu ao FC Porto uma avultada indemnização. Essa ousadia custou-lhe uma polémica com o Presidente Afonso Pinto de Magalhães e consequente proibição de frequentar as instalações do clube. Após uma Assembleia Geral, foi decidido afastar definitivamente Pedroto, que passou a ser considerado 'persona non grata' pelos responsáveis do FC Porto. Contudo, 5 anos depois, e após várias iniciativas de aproximação entre as duas partes, um grupo de sócios do FC Porto decidiu convocar nova AG para amnistiar Pedroto e, dessa forma, permitir o seu regresso ao clube.
A proposta que visava perdoar Pedroto foi apresentada por Joaquim Carvalho e tinha como subscritores alguns dirigentes e sócios ilustres do FC Porto (Pinto da Costa, Pôncio Monteiro, Artur Santos Silva,...).
A AG, realizada a 21 de Março de 1975, acabou por aprovar a proposta por unanimidade.
Américo de Sá, na altura Presidente do FC Porto, não perdeu tempo e enviou emissários para convencerem Pedroto (na altura orientava o Boavista) a mudar-se para as Antas.
No entanto, houve necessidade do FC Porto esperar mais um ano, pois Pedroto já tinha dado a sua palavra ao Boavista, acordando a renovação do seu contrato com o Major Valentim Loureiro.
Ainda assim, o «Mestre» sentiu necessidade de enviar uma mensagem de agradecimento ao FC Porto, deixando ao mesmo tempo uma 'porta aberta' para o futuro. «Muito me custa contrariar todos aqueles bons amigos portistas que tanto fizeram pelo meu regresso ao FC Porto, mas há um compromisso de ordem moral que me faz continuar onde estou. O Boavista fez sacrifícios de toda a ordem (...) e não me ficaria bem abandonar o clube quando esse esforço não pôde ainda dar todos os frutos possíveis», afirmou Pedroto aquando da renovação do seu contrato com o Boavista.
Pedroto acabaria por regressar ao FC Porto na época seguinte (1976/77), deixando o Boavista com um 2ª lugar no campeonato e 2 Taças de Portugal conquistadas. Notável!
Como contrapartida, Pedroto exigiu ao FC Porto uma avultada indemnização. Essa ousadia custou-lhe uma polémica com o Presidente Afonso Pinto de Magalhães e consequente proibição de frequentar as instalações do clube. Após uma Assembleia Geral, foi decidido afastar definitivamente Pedroto, que passou a ser considerado 'persona non grata' pelos responsáveis do FC Porto. Contudo, 5 anos depois, e após várias iniciativas de aproximação entre as duas partes, um grupo de sócios do FC Porto decidiu convocar nova AG para amnistiar Pedroto e, dessa forma, permitir o seu regresso ao clube.
A proposta que visava perdoar Pedroto foi apresentada por Joaquim Carvalho e tinha como subscritores alguns dirigentes e sócios ilustres do FC Porto (Pinto da Costa, Pôncio Monteiro, Artur Santos Silva,...).
A AG, realizada a 21 de Março de 1975, acabou por aprovar a proposta por unanimidade.
Américo de Sá, na altura Presidente do FC Porto, não perdeu tempo e enviou emissários para convencerem Pedroto (na altura orientava o Boavista) a mudar-se para as Antas.
No entanto, houve necessidade do FC Porto esperar mais um ano, pois Pedroto já tinha dado a sua palavra ao Boavista, acordando a renovação do seu contrato com o Major Valentim Loureiro.
Ainda assim, o «Mestre» sentiu necessidade de enviar uma mensagem de agradecimento ao FC Porto, deixando ao mesmo tempo uma 'porta aberta' para o futuro. «Muito me custa contrariar todos aqueles bons amigos portistas que tanto fizeram pelo meu regresso ao FC Porto, mas há um compromisso de ordem moral que me faz continuar onde estou. O Boavista fez sacrifícios de toda a ordem (...) e não me ficaria bem abandonar o clube quando esse esforço não pôde ainda dar todos os frutos possíveis», afirmou Pedroto aquando da renovação do seu contrato com o Boavista.
Pedroto acabaria por regressar ao FC Porto na época seguinte (1976/77), deixando o Boavista com um 2ª lugar no campeonato e 2 Taças de Portugal conquistadas. Notável!
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