O futebol praticado pelos dragões até ao
momento não tem impressionado ninguém, exibições muito descontínuas,
intervaladas com períodos interessantes mas nada de extraordinário. O que mais
tem ficado na retina são as sucessivas quebras de concentração e a tremedeira
nos lances de bola parada, nos quais já resultaram alguns golos e que poderiam
ter causado mais danos do que os quatro pontos perdidos até agora. O jogo com o
Marítimo encerra alguns perigos, mesmo no Dragão, a equipa insular é sempre
arrojada principalmente no ataque onde ostenta jogadores de boa qualidade,
todos os cuidados são poucos. O mais inteligível neste ziguezaguear exibicional
do FC Porto, é que depois de estar a perder ou precisar de ganhar a equipa até
reage e consegue mostrar qualidade, o que não se entende é que isso não
aconteça logo que o jogo começa não haver uma forte intensidade que permita
alcançar um resultado que depois permita uma gestão diferente do jogo, mas
nunca ao contrário como até aqui. Vítor Pereira é por feitio um treinador
modesto que normalmente não se coloca em bicos dos pés, porém na última gala do
Dragões de Ouro perdeu esse equilíbrio ao afirmar: "Sem ponta de vaidade,
mas com muita autoconfiança, digo que vocês não viram nada daquilo que
eu sou capaz de fazer", disse o técnico, em declarações ao Porto
Canal, isto depois dos elogios públicos do Presidente Pinto da Costa. Pela
parte que nos diz respeito, só queremos que ponha a equipa a praticar bom
futebol e a ganhar, quanto aos chamados “mind games” é melhor deixar isso para
outros com mais apetências para tal, pois muitas vezes “mais vale cair em graça
do que ser engraçado”.
Amândio Rodrigues
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