sábado, 9 de fevereiro de 2008

A «foto do dia» - O cartaz promocional do Cardiff City - FC Porto (1968)

Hoje recuperamos o cartaz promocional da 1ª eliminatória da Taça dos Vencedores das Taças, entre o Cardiff City e o FC Porto, relativa à longínqua época de 1968/69.
O Cardiff City foi o quinto clube que o FC Porto defrontou nas competições europeias. Depois da estreia, em 1956/57, frente ao Athletic Bilbao, seguiram-se o Red Star Bratislava, o Olympique Lyon, o 1860 Munique e, em 1968, os galeses do Cardiff City. Apesar de ter empatado em Cardiff (2-2), num jogo disputado a 18 de Setembro de 1968, o FC Porto seguiu em frente, depois de vencer os galeses, em casa, por 2-1.
Os «Blue Birds», como ficaram conhecidos na Grâ-Bretanha, foram até hoje a única equipa, fora de território inglês, a vencer a FA Cup (Taça de Inglaterra). O feito foi conseguido na época 1966/67, quando o Cardiff City venceu o Arsenal por 1-0. Depois de vencer os londrinos na Final da FA Cup, os galeses ganharam o direito de disputar a Taça UEFA, atingindo as meias finais da competição em 1967/68.
O Cardiff City foi fundado em 1899, e pelos seus quadros passaram alguns jogadores conceituados como Tony Vidmar, Robert Earnshaw e John Toshack, entre outros. Apesar de actualmente não ter o reconhecimento de outrora, o Cardiff City continua a ter muitos simpatizantes em território britânico. O futebolista do Manchester United, Ryan Giggs, e a banda 'rock' Super Furry Animals, são alguns dos muitos fans deste histórico clube galês, que se cruzou com o FC Porto em 1968.

9 comentários:

dragao vila pouca disse...

Acho que me lembro desse jogo, apesar de ser muito novo. Não houve um penalti, que o guarda-redes do F.C.Porto, salvo erro o Américo, defendeu? No Cardiff não jogava o J.Toshack, que viria mais tarde a treinar o Sporting e é o acual seleccionador de Gales?

Anónimo disse...

Amigo «dragão vila pouca»:


É verdade sim senhor.

Houve penalti assinalado no... último minuto de jogo (2-1 com golos de Pinto e Djalma) e, a ser concretizado, daria o empate a 2-2igual ao conseguido na 1ª mão (golos de Pinto), o que obrigaria ao prolongamento e, segundo me lembro (estive lá), fisicamente os galeses estavam muito melhor preparados e, decerto, conseguiriam ultrapassar a eliminatória.

Foi Toshack, esse mesmo, a marcar o penalti que seria defendido, superiormente, pelo Américo, com esta curiosidade;

- Normalmente os penaltis são marcados para um lado ou para outro (raramente para o centro da balisa) mas junto à relva, e este, foi marcado para o ângulo superior esquerdo (direito de Américo).

O valoroso guarda-redes Américo, para mim, o melhor que vi no FC Porto (a seguir seria Mlinarzyck) viria a defender, superiormente, este penalti «voando» em direcção à bola... socando-a (só podia ser).

Guardo, religiosamente, uma foto de jornal desse penalti.

Na eliminatória seguinte seria o FC Porto eliminado ante o Slovan (1-0 cá - golo de Pinto e 0-4 lá).


Já agora, outra curiosidade desse «tempo» (pqara reflexão):

Numa eliminatória na época anterior, com os escoceses do Hibernian (0-3 lá e 3-1 cá - golos de Pinto e Valdir (2)), seria o FC Porto eliminado após uma vergonhosa arbitragem, nas Antas, de um... português que seria «fiscal de linha» desse jogo (o falecido árbitro portuense Fernando Leite) após indicar um penalti, inexistente, ao seu «chefe de equipa», o espanhol Rijó.

Um abraço e assim sim, vale a pena... «participar»

Ricardo Vara disse...

Ora viva, Adriano Correia. Não sabia que o penalti tinha sido marcado pelo John Toshack e superiormente defendido pelo Américo (já tenho um "post" preparado sobre este fantástico guarda-redes!).
Quanto à eliminatória frente ao Hibernian, não encontro nenhum registo sobre a mesma. Foi mesmo nas competições europeias?
Abraço

Anónimo disse...

Amigo:


Disse-se... «na época anterior».

Ora, como a do «famoso penalti» foi em 1968/69 (Taça das Taças, pela conquista da Taça, em 1968, frente ao Setúbal, por 2-1 - golos de Valdemar e Nóbrega), só poderia ter sido em... 1967/68.

Foi para a, na altura, chamada...
«Taça Cidades com Feiras» (depois UEFA) por inerência da classificação no «nosso» campeonato, na época anterior (1966/67 - a 1ª de Pedroto, da 1ª vez), 3º lugar (39 p), atrás do Benfica (43 p) e Académica (40 p).

Foi, de facto, há muitos anos, mas consta da... estória que todos os verdadeiros portistas deveriam conhecer (a começar pelos seus dirigentes).

Mas, como «hoje» não há portistas mas... «campeonites» e não há dirigentes mas...
«administradores».

Faço-me entendert ?

Um abraço.

Anónimo disse...

P.S. - Há, já agora:

Em relação ao grande AMÉRICO.

Fico na expectativa e prometo vir a «enriquecer» esta «página» com estórias fantásticas sobre esta autêntica legenda (que vive algures em Santa Maria da Feira e tem «negócio» em S Paio de Oleiros)

dragao vila pouca disse...

Esse Porto-Hibernian vi! Foram 3 golos de Valdir, estivemos a perder 1-0 no tal penalti e depois recuperamos para 3-1. Outros tempos,outro futebol,outra paixão!Agora atingimos uma dimensão que naquele tempo,nem o mais optimista dos portistas imaginava. Isso tem custos, que precisam ser encarados. Um estádio confortável, uma equipa que ganha sempre ou quase sempre, faz diminuir o entusiasmo? É um paradoxo que tem que ser resolvido.

Anónimo disse...

Amigo «dragão vila pouca»

(Estou a chegar do Pavilhão do Académico, após ver um jogo de hóquei patins, de Juvenis, com vitória postista por 9-0 = claro que os «futeboleiros», é natural, não estiveram lá):


Uma «provocaçãozinha» não é assim? No bom sentido, claro...

Quanto aos 3-1 ao Hibernian, falei de memória mas, fui entretanto...
«investigar», já que não estava certo do que tinha dito.

Sobre o «desenvolvimento» dos golos do FC Porto e os seus marcadores: de facto o tal «golo de penalti» foi marcado logo aos 3 minutos de jogo, dificultando mais a «recuperação» (0-3 na Escócia).

Chegamos, todavia, aos 3-1 com golos (insisto), do brasileiro Valdir (2) e do saudoso «cabecinha de ouro»... Custódio Pinto.

Equipa: Américo, Valdemar, Almeida Rolando e Atraca; Mário, Pinto e Pavão; Djalma, Nóbrega e Malagueta (Manuel António).

Foi em 4 de Outubro de 1967.

Ai que saudades. Mas não ganhavam nada? Pois não. E sabe-se porquê não se sabe? Posso dar, claro, a minha parcial... «visão».


Quanto às «provocações»:

- «outro futebol» e... «outra paixão».

Tem graça que são os dois únicos fenómenos que considero não terem sido alterados.

O que alterou foram os senhores
dirigentes (do «amôr à camisola») que se converteram em... senhores administradores (pagos a «peso de ouro).

São os tais «custos»? O amigo contenta-se (aceita)? Eu... NÃO.

Um «estádio confortável»? Mas qual estádio?

Está a referir-se ao... «Centro Comercial do «Dragão»? Que além da relva marcada, com balizas em cada lado colocadas, e com adeiras à volta, possui outros equipamentos desportivos (inclusivé piscinas) mas... entregues a privados?

Conhece a «Rádio Popular», as Clínicas, os Restaurantes, os Seguros etc., etc.? Issso é... Estádio?


Uma «equipa que ganha (nem sempre)»
? A de... futebol, já se vê.

Antes de ganharmos no futebol, o Clube possuia 30.000 sócios. Hoje tem cêrca de 70.000. Mas, quando deixar de ganhar? Como vai ser?

Será este o «paradoxo» que vai ter de ser resolvido, amigo «dragão vila pouca».


Um abraço do portista de sempre e de todos os... tempos.

Anónimo disse...

Só para dizer que não se trata do cartaz, mas do programa do jogo em Cardiff (até lá vem referido o preço), o qual também possuo na minha colecção...
madjer87

A. Rocha disse...

O meu sincero agradecimento ao Portista Anónimo que aqui contou estas estórias do FC Porto de então, a dar os primeiros passos na europa.
A memória do nosso clube anda mt mal tratada hoje em dia, e eu apesar de ter nascido já geração de Viena adoro saber mais sobre o passado do clube do meu coração. Bem hajam.