domingo, 18 de maio de 2008

O «cromo do dia» - Carlos Duarte

Carlos Duarte nasceu em Nova Lisboa (Huambo - Angola) a 25 de Março de 1933. Este antigo jogador do FC Porto foi um temível extremo-direito que representou o clube durante quase uma década, de 1953 a 1962. Carlos Duarte era um clássico extremo-direito que aliava à velocidade um drible curto quase sempre em direcção à baliza adversária. No FC Porto dos anos 50, ficaram na memória de vários portistas as excelentes combinações entre Carlos Duarte e Hernâni, quase sempre pelo lado direito do ataque do FC Porto. A cumplicidade entre os dois encantava os adeptos.
Carlos Duarte fez parte do plantel do FC Porto que se sagrou campeão nacional por duas vezes durante a década de 50, primeiro com Dorival Yustrich, em 1955/56, e 3 anos mais tarde com Béla Guttmann, em 1958/59. Segundo relatos da época, terá sido em 1958 que o AC Milan ofereceu 600 contos pelo seu passe mas o FC Porto acabou por recusar a proposta dos italianos que propunham um contrato de 3 anos ao jogador. Apesar de ter ficado no FC Porto, Carlos Duarte seria vítima de uma grave lesão no joelho durante um jogo entre o Espanhol de Barcelona e o FC Porto, disputado em Setembro de 1959. Depois da delicada operação, e da recuperação que se seguiu, Carlos Duarte ainda regressou aos relvados mas os seus níveis físicos já não eram aqueles que o tornaram num dos melhores extremos-direitos da história do FC Porto e do futebol português, o que o obrigou a terminar a carreira em 1962.
Apesar de ter nascido em Angola, Carlos Duarte foi internacional por Portugal 7 vezes, tendo-se estreado pela Selecção em 22 de Novembro de 1953.
Em 2003, o FC Porto prestou-lhe a devida homenagem atribuindo-lhe um «Dragão d'Ouro», como a «Recordação do Ano».

5 comentários:

Anónimo disse...

O Carlos Duarte esteve no FC PORTO até a época de 63-64,terminando a sua carreira na época 64/65 ao serviço do Leixões.

Anónimo disse...

Certo. Mas antes ainda passou pelo Celta de Vigo onde teve uma lesão grave.

Ao recordá-lo, e vêr hoje um... Quaresma, meu deus. Sem comentários.

Foi, depois, funcionário (cobrador) da «Barbosa e Almeida» (indústria vidreira de Oliveira do Douro) de que está reformado.

Yustricht chamava-lhe... «olho de boi». Possúo o seu «Idolos do Desporto», de 1957, autofrafado por ele.

Que saudades...

Anónimo disse...

PS. - Na sua posição, sucedeu-se-lhe o Jaime («ventoínha») e mais tarde o Séninho, mas, quem mais se se lhe assemelhou foi, talvez, o Jaime Magalhães, pela técnica apurada que ambos possuiam. Até no «alimento» aos pontas-de-lança, no caso de C Duarte a Jaburú e Teixeira, e no de J Magalhães a Gomes e Domingos. Preciosos, ambos, nos cruzamentos (sem... trivelas).

Anónimo disse...

Amigo Anónimo,

Segundo palavras dele, saiu do FC PORTO em 64 imcompatibilizado com o Otto Glória, e foi passar férias à Corunha, acabando por ficar por lá a jogar no Deportivo, mas só em desafios particulares devido à sua condição de estrangeiro.
Também diz que teve a lesão grave no tendão de Aquiles, já ao serviço do Leixões num jogo contra o Sporting, depois de ter marcado um golo.

Anónimo disse...

Seja. E se é ele a dizê-lo...