segunda-feira, 4 de agosto de 2008

O «cromo do dia» - Osvaldo Cambalacho

É ainda hoje considerado um dos melhores defesas esquerdos da história do FC Porto e do futebol português. Natural do Seixal e corticeiro de profissão (tal como Barrigana), Osvaldo Cambalacho ganhou notoriedade no FC Porto de Dorival Yustrich, tendo sido campeão nacional em 1955/56 no célebre regresso do FC Porto à conquista do campeonato nacional. Nessa época, Cambalacho foi, juntamente com Virgílio e Gastão, um dos 3 jogadores mais utilizados por Yustrich durante essa campanha, realizando 26 jogos no lado esquerdo da defesa do FC Porto. Essa linha defensiva é ainda hoje recordada por muitos portistas que a consideram uma das mais fortes e coesas de sempre da história do clube. Além de Osvaldo Cambalacho, compunham o sector defensivo o guarda-redes Acúrcio (ou Pinho), o lateral-direito Virgílio e os defesas-centrais Miguel Arcanjo e Monteiro da Costa.
Apesar de ter chegado ao clube de forma discreta (vindo do Seixal, salvo erro), Cambalacho teve a sua oportunidade depois de um desentendimento entre Carvalho, o então defesa esquerdo do FC Porto e da Selecção Nacional, e Yustrich, que valeu ao primeiro a dispensa do plantel, juntamente com Barrigana e Pourcel, e o ingresso no Salgueiros.
Depois de terminada a carreira de jogador, Cambalacho iniciou o percurso de treinador. Apesar de ter sido um técnico que a muitos passou despercebido, acabou por ficar ligado a uma pequena proeza ao garantir a subida de divisão do Boavista em 1966. Cambalacho ainda é hoje recordado por todos os boavisteiros depois de conquistar o acesso à 1ª Divisão numa altura em que o clube do Bessa andava pelas divisões secundárias.

6 comentários:

Anónimo disse...

Amigo Ricardo Vara:


Tudo correcto o que diz do
Osvaldo Cambalacho.

Conheci-o, pessoalmente, quando já não jogava futebol.

Foi nos principios dos anos 60, quando explorava um pequeno restaurante, aqui no Porto, na Praça da Batalha (princípio da rua de St. Ildefonso) que se chamava, salvo erro, «Cantinho do Porto» (ainda lá está, mas fechado há anos, com portas azuis e brancas).

O seu percurso de jogador no FC Porto ficou marcado, de facto, por ser o «substituto» do mitico Angelo Carvalho.

O Carvalho, na altura, «sómente», capitão do clube e da selecção, e em 1955, «relegado» por Iustrich, para o Salgueiros, com Barrigana e Pourcell.

Dizia-se, na altura, que de um «toco de vassoura» (Osvaldo Cambalacho), Iustrich fez um... jogador.

E foram campeões nacionais após 16 anos de jejum.




Tudo correcto o que diz deste
«cromo»... Osvaldo Cambalacho.

Conheci-o, pessoalmente, quando já não jogava futebol.

Foi nos anos 60, quando explorava
um pequeno restaurante, na Praça
da Batalha (princípio da rua de St. Ildefonso) que se chamava, salvo erro, «Cantinho do Porto» (ainda lá está, com portas azuis e brancas).

O seu percurso de jogador no FC Porto ficou marcado por ser o
«substituto» do mitico Angelo Carvalho.

O Carvalho, na altura, «sómente», o capitão do clube e da selecção, em
1955, «relegado» por Iustrich, para o Salgueiros, com Barrigana e Porcel.

Dizia-se, na altura, que de um «toco de vassoura» (Osvaldo Cambalacho), Iustrich fez um... jogador.

E foram campeões nacionais 16 anos depois.


Tudo correcto o que diz deste
«cromo»... Osvaldo Cambalacho.

Conheci-o, pessoalmente, quando já não jogava futebol.

Foi nos anos 60, quando explorava
um pequeno restaurante, na Praça
da Batalha (princípio da rua de St. Ildefonso) que se chamava, salvo erro, «Cantinho do Porto» (ainda lá está, com portas azuis e brancas).

O seu percurso de jogador no FC Porto ficou marcado por ser o
«substituto» do mitico Angelo Carvalho.

O Carvalho, na altura, «sómente», o capitão do clube e da selecção, em
1955, «relegado» por Iustrich, para o Salgueiros, com Barrigana e Porcel.

Dizia-se, na altura, que de um «toco de vassoura» (Osvaldo Cambalacho), Iustrich fez um... jogador.

E foram campeões nacionais 16 anos depois.


Equipa tipo: Pinho; Virgilio, M Arcanjo, M Costa e O Cambalacho; Pedroto e Gastão; Hernâni, Jaburú, Teixeira e Perdigão.

Que se saiba, só Virgilio é vivo (de Gastão, nada se sabe).

Seguir-se-lhe-ia, na sua posição (defesa esquerdo), o Barbosa (ainda vivo, reside na Rua Ramalde do Meio), depois o Mesquita (não se sabe dele), depois o Atraca (já falecido), depois o Guedes (de S. Pedro da Cova, treinador), depois o Murça (falecido recentemente), e por aí fora...

Osvaldo Cambalacho distinguir-se-ia, como treinador, na subida de equipas a escalões superiores, inclusivé o Boavista, nos anos 60.

Embora, à 1ª Divisão, fosse o António Gama, com os «pontas de lança» portistas, Lemos e Moura.

Cambalacho aleceu já há uns bons anos ficando, apesar de ser do Sul, sepultado

Anónimo disse...

Mais uma «achegas» do Osvaldo Cambalacho:


O dito Osvaldo Cambalacho terminou a carreira no FC Porto em 1956/57«sucedendo-lhe» Barbosa (vindo do Boavista, ainda vivo, e reside em Ramalde).

Veio para o FC Porto (do Seixal) em 1951/52, quando nas camisolas do FC Porto não era colocado o símbolo (emblema) e que passou a sê-lo por «imposição» de Iustrich em 1955.

Outro Cambalacho que jogou muitos anos no Seixal era o seu irmão, Octávio Cambalacho.

Outro Osvaldo (Silva), ainda hoje, o melhor brasileiro a jogar em Portugal, veio em 1957 para o FC Porto trazido por... Iustrich.

Seria «dispensado» por Bella Gutman, em 1959, antes de este rumar ao Benfica.

Sabe-se que, na época seguinte (1959/60) aquando da «visita» do Benfica a Leixões (Campo Santana) o Osvaldo Silva, depois de marcar golo (2-1), correu para o «banco» adversário e atitou com a camisola à cara do técnico austro-hungaro.

Dois anos depois rumaria para Alvalade sendo, ainda hoje, lembrado como uma sua legenda (treinou, inclusivé, o Quaresma
e o Patacas nas escolinhas do Sporting).

Dois Osvaldos que... nao coincidiram na equipa.

Um abraco

Anónimo disse...

Treinou o Quaresma e o Patacas sim senhor, bem como o Nuno Valente, o Caneira, o Carlos Martins, o Cristiano Ronaldo e muitos outros que por aí andam...

Grande senhor...

Anónimo disse...

O restaurante chamava-se "Porto de Abrigo".
Com a familia frequentava-o com frequencia, e salvo o erro, foi lá que se começaram a comer caracois, na cidade do Porto, no inicio dos anos 60. A familia Cambalacho, era como se diz agora, 5 estrelas.

Catarina Cambalacho disse...

Era e é!Nós somos 5 estrelas..somos uma grande família. Apesar do meu avô se ter tornado a minha estrela, somos uma grande família!Obrigado pelas palavras de carinho que deixam sobre este nosso campeão!

Catarina Cambalacho

Maria Helena disse...

OH Catarina, que bom encontra-la aqui.
Eu e o meu pai conhecemos o seu avô pessoalmente num 24 de Dezembro (talvez 1957) quando queriamos ir jantar ao Porto de Abrigo. O seu avô disse que estaria fechado mas, imagine, convidou-nos para "comer o bacalhau com a familia" (palavras dele de que tão bem me lembro) è claro que não aceitamos, mas nunca mais esquecemos tão grande simpatia e gentileza.
Nesse dia conhecemos os meninos (concerteza seu pai e seu tio) a quem eu achava muita graça por serem muito parecidos com o pai, até no penteado, com uma poupa que não se desfazia nem a cabecear a bola.
Se já gostavamos tanto do jogador que era tão importante na defesa do FCPorto, naquele dia ficamos a admirar também o Homem 5 estrelas, como diz.
Gostava muito de saber que aqueles meninos estão bem.
Um grande beijo Catarine Cambalacho
Maria Helena