quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Este é o FC Porto da 'Champions'!

É assim que se fortalece o estatuto do FC Porto na mais importante prova de clubes a nível mundial, com vitórias e primeiros lugares. Não basta ostentar o record de clube com mais presenças na prova, é preciso vencer!
Foi a terceira vitória consecutiva na 'Champions' nesta época, a garantir o primeiro lugar do grupo e a comprovar o crescimento da equipa do FC Porto depois do descalabro no Emirates Stadium. A verdade é que nos momentos importantes o FC Porto tem correspondido. Apesar de não liderar a Liga portuguesa, o FC Porto empatou na Luz, venceu em Alvalade (duas vezes!), venceu em Kiev, venceu em Istambul e, no Dragão, derrotou o Arsenal e o Fenerbahçe. Apesar da irregularidade exibicional, o FC Porto mantém a tal cultura de vitória que lhe permite apresentar uma postura ambiciosa e confiante.
No jogo de hoje, e apesar da vitória (2-0) por dois golos, o FC Porto até demorou a interpretar o esquema táctico do Arsenal. Os ingleses apresentaram-se muito subidos no campo e durante a primeira meia-hora o FC Porto teve dificuldades em chegar à área adversária. O Arsenal é muito rápido sobre a bola e mesmo sem Fabrégas, Adebayor, Van Persie e Nasri, é uma equipa organizada e com princípios de jogo bem definidos.
Contudo, após os primeiros 30 minutos o FC Porto passou a ser dono do jogo. Foi uma exibição em crescendo e que nos últimos minutos obrigou os ingleses a fazer contenção de bola para evitar sofrerem mais dissabores. Apesar das hesitações iniciais, o FC Porto realizou uma excelente exibição colectiva. O Arsenal foi atropelado!
Mais uma prova das aptidões de Jesualdo Ferreira para o trabalho de casa. O Professor continua a trabalhar muito bem as suas equipas durante a semana. Apesar de nem sempre tomar as melhores opções, Jesualdo pegou num conjunto de jovens jogadores, que fizeram este ano a estreia na 'Champions', e construiu uma equipa consistente e personalizada. Há um jogador que é o espelho do trabalho realizado pelo Professor, Fernando. O jovem brasileiro nem experiência europeia possuía e agora melhora o seu jogo a cada semana que passa. Hoje fez mais uma grande exibição! Isto é competência de quem orienta o treino diário.
Agora, seguem-se os Oitavos-de-final. Apesar do primeiro lugar do grupo garantir o jogar da 2ª mão dos Oitavos em casa, nesta fase não há equipas mais ou menos desejáveis. Quem quer chegar longe não escolhe adversários mas era engraçado reencontrar Mourinho ou Scolari.

4 comentários:

dragao vila pouca disse...

Vitória justa, indiscutível, que podia ter sido por números superiores.

Foi um bonito espectáculo com duas formas e dois modelos de jogo, completamente distintos.
Na primeira-parte, o modelo do Arsenal, baseado na posse de bola, na recepção em movimento, na qualidade do passe e que está tão sistematizado, que independentemente dos jogadores, funciona sempre, levou vantagem e o resultado - 1-0 para o F.C.Porto - era injusto para os ingleses.
Na segunda-parte, impôs-se o modelo do F.C.Porto, baseado nas transições rápidas -contra-ataque.
Foi melhor o Tricampeão português, na segunda-metade, que o Arsenal na primeira e com melhor finalização, mais tranquilidade e melhor qualidade, no último passe
- como me lembrei do passe precise do Robson - podia perfeitamente, ter vingado o resultado do Emirates Stadium.
Para a melhoria significativa do F.C.Porto, contribuiu e muito, a extraordinária partida de Fernando no segundo-tempo. O jovem trinco brasileiro - bem a desarmar, mas muito mal a passar, nos primeiros 45 minutos -, que tinha sido um dos elos mais fracos e contribuído mais, para o frouxo primeiro tempo, como que sofreu uma metamorfose - isso demonstra caracter, raça, de quem não se deixa abater - embalou para uma exibição notável, carregou a equipa às costas, melhorou a qualidade do passe e foi para mim, o grande responsável pelo magnífico segundo-tempo portista.
Agora no sorteio de 19, espero que não nos saia o Chelsea, R.Madrid ou Inter. Os outros é 50/50.
Um abraço

Anónimo disse...

Amigo Ricardo Vara:


Perdeu uma boa oportunidade de levar a «comitiva arsenalista» a visitar o nosso MUSEU e «contemplá-los» com o troféu a que eles, indirectamente, estão ligados e que se chama... «TAÇA ARSENAL DE LONDRES».

Todos conhecemos a sua estória mas, é bom recordar que, embora ela não estivesse em disputa (foi um jôgo particular), essa célebre equipa do Arsenal, de 1948, era, nada mais nada menos, que a melhor do mundo.

Após ganhar o campeonato do seu país, fez uma digressão por toda
a Europa, totalmente vitoriosa.

Inclusivé, na passagem que teve por Lisboa, goleando, primeiro o Benfica, e depois, uma «selecção» formada por jogadores deste, do Belenenses e do Sporting.

O «égo» (já na altura) era tanto, que se davam ao luxo de dizer que só regressariam a Londres quando perdessem.

Pois não é que perderam mesmo com o FC PORTO (27.05.48 - exactamente 39 anos depois seriamos campeões europeus),nós, uma «simples equipa de província», como nos chamavam?

Tudo isto, e quási nos esqueciamos que, afinal... não temos MUSEU.

Como dizia o Raúl Solnado (no «Zip Zip»)... é só PROMESSAS.

E da referida «TAÇA» dão-se mesmo alvíssaras a quem na encontrar
(sabe-se, existe parte, exposta no gabinete de um dos senhores da sad).


PS. - Quanto ao jôgo de ontem. Uma excelente segunda parte c «subida» do Lucho e «descida» do Hulk. E qt a «vinganças», contentamo-nos com os... «olés, olés, olés». Não é mt pedagógico mas... soube bem.


Um abraço.

Paulo Moreira disse...

Quem diria no final do jogo contra o Dinamo de Kiev no Dragão que ainda ía-mos ficar em 1º no grupo?
Tive-mos uma segunda volta das melhores de sempre com 3 vitórias consecutivas, o que nunca aconteceu no nosso historial de Liga dos Campeões. Por isso estão todos de parabéns.

Abraço

Anónimo disse...

Amigo Ricardo Vara:


Voltando ao.... Museu (falta dele).


Medite-se nisto:

«Em Maio de 1948, o Arsenal veio ao Porto e ao velhinho Estádio do Lima para defrontar o FC Porto num jogo amigável. A equipa inglesa
era, então, considerada a melhor do Mundo mas, segundo rezam as cró-nicas, os azuis-e-brancos fizeram das tripas coração e ganharam por
3-2. O feito passou a fazer parte da lenda e motivou a oferta, por parte de centenas de sócios que se reuniram em subscrição, daquele a que se chamou o maior troféu do Mundo. Infelizmente, o Clube não dispõe hoje de um Museu, o que é uma pecha, mas já tive o privilé- gio de admirar essa impressionante e simbólica taça».


Duas «correcções», todavia, com o devido respeito:

Onde se lê «lenda», está errado, porque aconteceu mesmo.

E, onde se lê «pecha», deve ler-se... «crime».

É uma crónica de hoje. De quem?

Não, não é do MS Tavares (verdade se diga nunca se pronunciou sobre tal - questão de sensibilidade, falta dela, é claro).

Um abraço