Recuamos à época 1988/89 com um episódio que marcou o jogo entre FC Porto e Benfica, disputado no Estádio da Luz, e que foi consequência de mais uma desavença entre os dois clubes. O regresso de Rui Águas à Luz, com a camisola de outro clube, foi um dos momentos que marcou essa época.
Uma curiosidade: no início dessa partida, o 'speaker' de serviço no estádio, talvez como forma de dar voz à mágoa de todos os benfiquistas pela ida de Rui Águas para o FC Porto, aquando da apresentação das duas equipas, referiu-se ao ponta-de-lança apenas como 'Rui'!
Em cima, a ilustrar o 'post', duas fotos de dois momentos que marcaram o regresso de Rui Águas ao Estádio Luz. Na primeira, aquando da entrada das duas equipas em campo, Águas surge bem escudado por Reinaldo Teles e Pinto da Costa. Na segunda, vemos o ponta-de-lança do FC Porto a sofrer uma autêntica placagem do brasileiro Ricardo Gomes.
Vamos recordar os «onzes» do jogo que marcou o regresso do Rui (!) à casa que deixou de ser sua durante dois anos:
Campeonato Nacional 1988/89
Estádio da Luz
Árbitro: Veiga Trigo
Benfica: Silvino, José Carlos (César Brito aos 50’), Samuel, Ricardo Gomes, Veloso (cap.), Thern, Valdo, Vítor Paneira, Pacheco (Abel aos 60’), Magnusson e Vata;
Treinador: Sven-Goran Eriksson
FC Porto: Vítor Baía, João Pinto (cap.), Geraldão, Stephane Demol, Branco, André, Bandeirinha (Kiki aos 87’), Jaime Magalhães (Paulo Pereira aos 88’), Semedo, Jorge Couto e Rui Águas;
Treinador: Artur Jorge
Resultado final: 0-0
Tudo começou no Verão de 1988, quando o FC Porto foi à Luz resgatar Rui Águas e Dito. Uma represália que teve origem na forma pouco ética como o Benfica resolveu boicotar o negócio, entre FC Porto e Vit. Guimarães, para a transferência do brasileiro Ademir. O jogador do Vit. Guimarães acabou por se transferir para o Benfica mas, na época seguinte, o FC Porto resolveu contra-atacar e foi à Luz buscar o nº 9 benfiquista.
No entanto, foi sempre um Rui Águas algo melancólico aquele que representou o FC Porto durante duas épocas. O ex-ponta-de-lança do Benfica acusou a mudança para outro clube e nunca se adaptou à cidade Invicta. Ainda assim, e apesar de nunca se ter sentido em casa, Rui Águas acabou por ser o melhor marcador do FC Porto nos dois anos que passou nas Antas. Na primeira época, marcou 13 golos no campeonato nacional (Madjer e Domingos, por exemplo, ficaram-se pelos 6 e 5 golos marcados, respectivamente), enquanto que no ano seguinte, a sua veia goleador ficou ainda mais vincada, foram 17 golos marcados no campeonato nacional que marcou o regresso do FC Porto, de Artur Jorge, à reconquista do título.
Depois de Fernando Gomes e Mário Jardel (por esta ordem), Águas foi o 3º melhor cabeceador que passou pelo FC Porto em toda a história do clube.
Como é natural, o seu regresso ao Estádio da Luz provocou grande ira na turba benfiquista. Apesar da simpatia que nutria pelo Benfica, o ponta-de-lança do FC Porto era assobiado sempre que tocava na bola e, aquando da chegada do autocarro do FC Porto ao estádio, houve necessidade de proteger o jogador dos impropérios da multidão que o esperava. Nesse jogo, apesar das poucas oportunidades criadas pelas duas equipas, só uma grande defesa do seu amigo Silvino impediu que marcasse ao seu anterior clube e oferecesse a vitória ao FC Porto em pleno estádio rival.Uma curiosidade: no início dessa partida, o 'speaker' de serviço no estádio, talvez como forma de dar voz à mágoa de todos os benfiquistas pela ida de Rui Águas para o FC Porto, aquando da apresentação das duas equipas, referiu-se ao ponta-de-lança apenas como 'Rui'!
Em cima, a ilustrar o 'post', duas fotos de dois momentos que marcaram o regresso de Rui Águas ao Estádio Luz. Na primeira, aquando da entrada das duas equipas em campo, Águas surge bem escudado por Reinaldo Teles e Pinto da Costa. Na segunda, vemos o ponta-de-lança do FC Porto a sofrer uma autêntica placagem do brasileiro Ricardo Gomes.
Vamos recordar os «onzes» do jogo que marcou o regresso do Rui (!) à casa que deixou de ser sua durante dois anos:
Campeonato Nacional 1988/89
Estádio da Luz
Árbitro: Veiga Trigo
Benfica: Silvino, José Carlos (César Brito aos 50’), Samuel, Ricardo Gomes, Veloso (cap.), Thern, Valdo, Vítor Paneira, Pacheco (Abel aos 60’), Magnusson e Vata;
Treinador: Sven-Goran Eriksson
FC Porto: Vítor Baía, João Pinto (cap.), Geraldão, Stephane Demol, Branco, André, Bandeirinha (Kiki aos 87’), Jaime Magalhães (Paulo Pereira aos 88’), Semedo, Jorge Couto e Rui Águas;
Treinador: Artur Jorge
Resultado final: 0-0
2 comentários:
E já agora ó Ricardo,sabes se o
speeker dos gayvotas hoje em dia
diz Nuno ´Gomes´ ou só Nuno ?!
Abraço
Ricardo M.
O autor do blog que me desculpe esta pequena correcção: o onze das equipas que menciona é referente à época de 1989/90 e não 1988/89 (este jogo na Luz ainda era Quinito treinador e, se não me engano, foi o último jogo no Campeonato como treinador no Porto, a seguir vinha o jogo de Eindhoven e os 5-0).
Daniel Gonçalves
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