O amigo Armando Pinto teve a gentileza de me enviar esta foto (e uma lista com troféus e distinções individuais) do 'enlameado' Américo (se alguém souber quem foi o fotógrafo que captou este belo momento, faça favor de acrescentar).
Se não conhecêssemos o Américo, bastaria esta imagem para logo o considerarmos um ícone do FC Porto dos anos 60. Os mais velhos garantem que foi, a par de Vítor Baía, o melhor guarda-redes que passou pelo FC Porto em toda a história do clube.
Foi pena ter representado o FC Porto naquele período difícil em que o clube tinha enormes dificuldades para vencer uma prova nacional. Infelizmente, a história acaba sempre por reconhecer com mais frequêcia os que ficaram ligados às vitórias, como Vítor Baía ficou, e esquecer os que defenderam o clube em momentos delicados, como Américo defendeu.
Américo chegou ao FC Porto no início da década de 50 (salvo erro em 1950/51), ainda com a idade de júnior. Contudo, e já depois de passar a sénior, teve grandes dificuldades em garantir a titularidade, pois teve a infelicidade de disputar o lugar com outros dois «monstros» da baliza portista, Pinho e Acúrcio. A sua promoção à titularidade, no início da década de 60, coincidiu com o célebre período (interrompido pela conquista da Taça de Portugal, em 1967/68) de vários anos que o FC Porto passou sem vencer o campeonato e a Taça de Portugal. Apesar de só ter visto o seu nome ficar ligado à conquista da Taça de Portugal, em 1967/68, Américo seria reconhecido com outros troféus e distinções individuais: "Baliza de Prata", galardão da então Agência Portuguesa de Revistas; "Prémio A Bola/Somelos Helanca"; "Òscar da Quinzena", da RTP; "Troféu Pinga", do FC Porto (antecessor do "Dragão de Ouro); "O Melhor do Ano" (1966 - eleição do programa «Escolha o seu ídolo»); e "Melhor Desportista do Ano" (1967) d' O Norte Desportivo.
3 comentários:
Amigo Ricardo Vara:
Comungamos do agradecimento ao amigo Armando Pinto.
Foto feliz, sem dúvida.
Foi publicada no «Norte Desportivo»
de 5ª feira seguinte ao jôgo.
Reproduzida, posteriormente, no
«Idolos do Desporto» dedicado a Américo, que possuímos... autogra- fado.
Jôgo com o Benfica de 1963/64, empatado 1-1 (no saudoso Estádio das Antas)
Foi um autêntico «duelo» Américo-Eusébio, sob chuva torrencial.
E, de facto (amigo Armando Pinto) lá está a braçadeira de capitão, condução (quási) única em Américo.
Dia, jornada, constituição das equipas, vamos «investigar» e depois diremos.
aí esta uma excelente foto.
Parabéns pelo post
Amigo Ricardo Vara:
Enquanto não «investigamos» aqui vão umas reflexões:
- Faltou dizer que o Américo foi campeão nacional (1958/59 - fez um jôgo) sendo o terceiro guarda re- des, atrás do Acúrsio e do Pinho;
- Faltou dizer que fez duas épocas no Boavista (emprestado - 1955/57);
Sobre
«... Os mais velhos (garantirem) que foi, a par de Vítor Baía, o melhor guarda-redes que passou pelo FC Porto em toda a história do clube ...»
Achamos de uma tremenda injustiça porque, apesar de só termos visto do Barrigana para cá, a história do Clube conta as façanhas de ou- tros grandes guarda-redes, e se ca-lhar, com justo destaque para o eterno SISKA, esse sim, teria sido o maior de todos.
O Vitor Baía, é o de maior currícu-lum e... dos maiores.
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