Sendo o clube com mais presenças (ex-aequo com o Manchester United) na Liga dos Campeões, o FC Porto não pode (e não deve) fugir à responsabilidade de se estrear na competição mais importante do mundo a nível de clubes com uma atitude e uma postura condizentes com a tradição que construiu na prova.
Apesar de ter estado muito perto de sair de Stamford Bridge com pelo menos 1 ponto, a verdade é que o FC Porto abordou o jogo da 1ª jornada como se de uma eliminatória se tratasse. Ou seja, foi uma equipa demasiado calculista e que demorou muito tempo a libertar-se a si própria. Talvez não se justificassem tantos cuidados na elaboração do «onze» inicial. Ainda assim, o FC Porto encostou o Chelsea ás cordas!
Com as duas equipas a revelarem uma qualidade de jogo bastante aceitável para este altura da época, não seria surpreendente se o jogo de Stamford Bridge se desequilibrasse a favor da equipa que, neste momento, apresenta melhores argumentos físicos (em função da estrutura fisiológica dos seus jogadores) e mentais (em função de jogar em casa, onde não perde há 18 jogos na prova), o Chelsea. De facto, o FC Porto é uma equipa com força e potência, mas hoje encontrou pela frente a equipa que, na Europa, melhor conjuga essas duas aptidões.
Nesse aspecto, compare-se a estrutura física dos 3 jogadores que, habitualmente, constituem o meio-campo das duas equipas. No Chelsea, Michael Essien, Frank Lampard e Michael Ballack medem mais de 1,80m e superam os 75kg de peso, enquanto que no FC Porto, apenas Fernando (1,83m e 76kg) se aproxima desse perfil físico, enquanto que Raúl Meireles e Belluschi nem aos 70kg chegam. Diferença brutal!
Talvez por esse motivo, Jesualdo tenha optado por promover ao «onze» Rodríguez, Mariano e Guarín. Se a entrada do primeiro era previsível, e até aconselhável, a opção pelos outros dois é (bastante) discutível (Mariano e Guarían até têm força, mas estão ambos pesadíssimos e sem dinâmica para enfrentar a intensidade que o Chelsea coloca em campo quando joga em Stamford Bridge). Algo surpreendentemente, Guarín até acabou por ser dos melhores do FC Porto. Quanto a Mariano, começa a ser irritante a insistência de Jesualdo Ferreira num jogador que está no FC Porto há quase 3 (!) anos e ainda não convenceu ninguém.
Teoricamente, Jesualdo até leu bem as virtudes do adversário, mas correu demasiados riscos com estas opções (o mesmo já tinha acontecido com o Arsenal no jogo da época passada, em Londres). Apesar da boa colocação da equipa em campo, o FC Porto só se libertou depois de estar em desvantagem. Já era tarde!
Hoje, não foi aquele FC Porto penoso e submisso que, na época passada, perdeu (4-0) com o Arsenal, mas também não foi aquele FC Porto empolgante e desinibido que empatou (2-2) em Old Trafford. Ou seja, ainda estamos a meio caminho. Este FC Porto 2009/10 ainda não é suficientemente adulto para vencer em Inglaterra. Mas pelo que vimos hoje, lá chegaremos!
Positivo (+):
- o "coração" que o FC Porto revelou nos últimos 20 minutos;
- as exibições de Guarín, Fernando e Álvaro Pereira;
- a "defesa impossível" de Helton que evitou o 2-0;
- a disposição táctica do FC Porto;
- o apoio dos adeptos;
- o empate do APOEL em Madrid;
Negativo (-):
- a lentidão de Bruno Alves no lance do golo;
- o individualismo de Hulk;
- o receio do duelo individual que alguns jogadores do FC Porto revelaram nos primeiros minutos de jogo;
- as limitações ofensivas que Jesualdo impôs à equipa na primeira-parte;
- a má entrada do FC Porto no segundo-tempo;
Apesar de ter estado muito perto de sair de Stamford Bridge com pelo menos 1 ponto, a verdade é que o FC Porto abordou o jogo da 1ª jornada como se de uma eliminatória se tratasse. Ou seja, foi uma equipa demasiado calculista e que demorou muito tempo a libertar-se a si própria. Talvez não se justificassem tantos cuidados na elaboração do «onze» inicial. Ainda assim, o FC Porto encostou o Chelsea ás cordas!
Com as duas equipas a revelarem uma qualidade de jogo bastante aceitável para este altura da época, não seria surpreendente se o jogo de Stamford Bridge se desequilibrasse a favor da equipa que, neste momento, apresenta melhores argumentos físicos (em função da estrutura fisiológica dos seus jogadores) e mentais (em função de jogar em casa, onde não perde há 18 jogos na prova), o Chelsea. De facto, o FC Porto é uma equipa com força e potência, mas hoje encontrou pela frente a equipa que, na Europa, melhor conjuga essas duas aptidões.
Nesse aspecto, compare-se a estrutura física dos 3 jogadores que, habitualmente, constituem o meio-campo das duas equipas. No Chelsea, Michael Essien, Frank Lampard e Michael Ballack medem mais de 1,80m e superam os 75kg de peso, enquanto que no FC Porto, apenas Fernando (1,83m e 76kg) se aproxima desse perfil físico, enquanto que Raúl Meireles e Belluschi nem aos 70kg chegam. Diferença brutal!
Talvez por esse motivo, Jesualdo tenha optado por promover ao «onze» Rodríguez, Mariano e Guarín. Se a entrada do primeiro era previsível, e até aconselhável, a opção pelos outros dois é (bastante) discutível (Mariano e Guarían até têm força, mas estão ambos pesadíssimos e sem dinâmica para enfrentar a intensidade que o Chelsea coloca em campo quando joga em Stamford Bridge). Algo surpreendentemente, Guarín até acabou por ser dos melhores do FC Porto. Quanto a Mariano, começa a ser irritante a insistência de Jesualdo Ferreira num jogador que está no FC Porto há quase 3 (!) anos e ainda não convenceu ninguém.
Teoricamente, Jesualdo até leu bem as virtudes do adversário, mas correu demasiados riscos com estas opções (o mesmo já tinha acontecido com o Arsenal no jogo da época passada, em Londres). Apesar da boa colocação da equipa em campo, o FC Porto só se libertou depois de estar em desvantagem. Já era tarde!
Hoje, não foi aquele FC Porto penoso e submisso que, na época passada, perdeu (4-0) com o Arsenal, mas também não foi aquele FC Porto empolgante e desinibido que empatou (2-2) em Old Trafford. Ou seja, ainda estamos a meio caminho. Este FC Porto 2009/10 ainda não é suficientemente adulto para vencer em Inglaterra. Mas pelo que vimos hoje, lá chegaremos!
Positivo (+):
- o "coração" que o FC Porto revelou nos últimos 20 minutos;
- as exibições de Guarín, Fernando e Álvaro Pereira;
- a "defesa impossível" de Helton que evitou o 2-0;
- a disposição táctica do FC Porto;
- o apoio dos adeptos;
- o empate do APOEL em Madrid;
Negativo (-):
- a lentidão de Bruno Alves no lance do golo;
- o individualismo de Hulk;
- o receio do duelo individual que alguns jogadores do FC Porto revelaram nos primeiros minutos de jogo;
- as limitações ofensivas que Jesualdo impôs à equipa na primeira-parte;
- a má entrada do FC Porto no segundo-tempo;
4 comentários:
Sr Vara como é possível não dar um menos a Mariano ? Com ele em campo o Porto joga com 10...
Quantos mais anos vão ser precisos para Jesualdo deixar de ser medricas em Inglaterra ?
O (-) de Mariano está no texto:
«Quanto a Mariano, começa a ser irritante a insistência de Jesualdo Ferreira num jogador que está no FC Porto há quase 3 (!) anos e ainda não convenceu ninguém».
O toque de qualidade que faz de nós os melhores de Portugal e tetracampeões nacionais esteve em Stamford Bridge.
Continuam a faltar no entanto os pormenores necessários para o salto qualitativo que a equipa necessita para ombrear em plano de igualdade com os grandes da Europa (sem necessitar de gastar fortunas): Qualidade de passe e eficácia no remate (estes os principais).
Os erros em alta competição pagam-se caros. Foi o que voltou a acontecer.
Ontem Helton esteve enorme, rectificando a imagem que lá tinha deixado quando ofereceu a vitória ao Chelsea. Não foi por ele que o Porto desta vez não ganhou, bem pelo contrário.
Hulk ainda não foi desta que deslumbrou na Europa. Já Guarín foi uma bela surpresa. Se jogasse sempre assim...
Álvaro Pereira confirmou que é um jogador de grande qualidade e até tecnicamente superior a Cissokho.
Varela é 100 vezes mais útil que Mariano. Continuo a não entender este fetiche de Jesualdo!
O Professor quis jogar na experiência. São opções. Demonstrou não confiar nos novos. Não me parece uma boa mensagem para quem ficou de fora e que tem contribuído para a carreira positiva que o FC Porto vem fazendo internamente.
Interessa enaltecer a coragem, a atitude, a raça e o querer para aqueles rapazes que equiparam de «laranja», que infelizmente ainda não é «mecânica»!
Um abraço
De facto, foi um lapso da minha parte. Peço desculpa
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