Hoje, nas «Curiosidades FCP», recuamos ao campeonato nacional que o FC Porto conquistou em 1955/56 recordando os 3 jogadores que o técnico brasileiro Dorival Yustrich utilizou em todos os jogos desse campeonato: Osvaldo Cambalacho, Virgílio e Gastão.
Estes 3 ex-jogadores do FC Porto participaram nos 26 jogos (em 1955/56 o campeonato disputou-se com apenas 14 clubes) dessa edição da liga portuguesa, que marcou o regresso do FC Porto à conquista do título depois do seu primeiro grande jejum sem vitórias no campeonato (o último título havia sido conquistado 16 anos antes, em 1939/40, com Mihaly Siska).
Dorival Yustrich utilizou 19 jogadores nessa edição do campeonato, que terminou com o FC Porto e o Benfica empatados no topo da classificação (o FC Porto levou a melhor no 'goal-average'). Desses 19 jogadores, apenas aqueles 3 foram utilizados em todos os jogos que o FC Porto efectuou nessa edição da prova.
Um lateral-direito (Virgílio), um lateral-esquerdo (Osvaldo Cambalacho) e um médio-ofensivo (Gastão) foram os 'totalistas' no «onze» do polémico e irascível técnico brasileiro.
Enquanto que Virgílio e Osvaldo Cambalacho foram os mais utilizados na defesa (o guarda-redes Pinho e o defesa-central Miguel Arcanjo ficaram logo atrás, com apenas menos um jogo realizado), Gastão foi o mais utilizado no meio-campo (Pedroto e Hernâni surgem logo a seguir na lista dos centro-campistas do FC Porto com mais jogos realizados nessa época).
Destes 3 jogadores, Virgílio continua a ser o mais recordado pelos adeptos do FC Porto. O «Leão de Génova» é um dos símbolos do clube e teve o privilégio de representar o FC Porto durante aquele período em que o clube registou um grande desenvolvimento a nível de infra-estruturas (com a construção do Estádio das Antas) e a nível desportivo (com as conquistas com Yustrich e, mais tarde, também com Béla Guttmann).
Este histórico defesa-direito do FC Porto começou por ser utilizado no meio-campo e só depois da chegada ao clube do técnico Alejandro Scopelli é que recuou para a posição que o celebrizou.
Este histórico defesa-direito do FC Porto começou por ser utilizado no meio-campo e só depois da chegada ao clube do técnico Alejandro Scopelli é que recuou para a posição que o celebrizou.
Quanto a Osvaldo Cambalacho, chegou ao FC Porto de forma muito discreta (vindo do Seixal, em 1951/52, salvo erro) e, algo surpreendentemente, tornou-se num dos pilares da equipa de Yustrich. Segundo relatos da época, foi o técnico brasileiro que "fez" do lateral-esquerdo um jogador que os adversários começaram a ter em conta.
Por último, Gastão. Apesar de ter sido um dos protagonistas dessa célebre equipa do FC Porto, não abundam as informações a seu respeito. Este médio-ofensivo brasileiro chegou ao FC Porto (provavelmente por indicação de Yustrich) depois de ter representado dois históricos clubes brasileiros, o Fluminense e o Atlético Mineiro.
Além de ter sido um dos grandes responsáveis por "alimentar" a frente de ataque, Gastão também se revelou um excelente finalizador, tendo apontado 9 golos nessa edição do campeonato nacional (só foi superado por Jaburu, com 21 golos, e por António Teixeira, que apontou 14).
Além de ter sido um dos grandes responsáveis por "alimentar" a frente de ataque, Gastão também se revelou um excelente finalizador, tendo apontado 9 golos nessa edição do campeonato nacional (só foi superado por Jaburu, com 21 golos, e por António Teixeira, que apontou 14).
Em cima, na foto, recuperámos um «onze» do FC Porto (da equipa que nessa época também venceu a Taça de Portugal) onde surgem aqueles 3 jogadores.
Em cima (da esq. p/ dta): Pinho, Pedroto, Monteiro da Costa, Miguel Arcanjo, Osvaldo Cambalacho e Virgílio;
Em baixo (da esq. p/ dta): Hernâni, Gastão, Jaburu, Carlos Duarte e Perdigão;
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