Apesar de pertencerem à mesma geração de jogadores do FC Porto, e de terem ficado ambos associados aos troféus internacionais que o FC Porto conquistou na década de 80, nunca jogaram juntos com a camisola azul-e-branca. Falamos de Rui Barros e Paulo Futre, dois jogadores que nunca partilharam o mesmo «onze» do FC Porto, mas que marcaram uma época no clube, acabando ambos por se cruzar um pouco mais tarde, em Marselha.
Futre e Rui Barros tinham exactamente a mesma idade (há apenas 3 meses de diferença entre os dois) quando, no Verão de 1987, trocaram o FC Porto e o Varzim por, respectivamente, At. Madrid e FC Porto. Ou seja, já não tiveram oportunidade de jogar juntos naquela famosa equipa que, sob o comando de Tomislav Ivic, venceu 4 dos 5 troféus que disputou em 1987/88 (ao campeonato, à Taça de Portugal, à Supertaça europeia e à Taça Intercontinental faltou apenas juntar a Taça dos Clubes Campeões Europeus).
Curiosamente, Futre e Rui Barros estabeleceram ambos um novo 'record' nos montantes envolvidos em transferências de jogadores portugueses para o estrangeiro. Tal como acontece actualmente, também na década de 80 o FC Porto foi pioneiro e recordista nas transacções de jogadores.
Depois de colocar a fasquia em 650 mil contos, montante auferido com a transferência de Futre para o At. Madrid, o FC Porto voltaria a pulverizar o 'record' no ano seguinte, garantindo 900 mil contos com a transferência de Rui Barros para a Juventus. Um valor altíssimo para a época, até para os abastados clubes do 'Calcio'.
Mesmo marcando um ciclo no FC Porto, Rui Barros permaneceria nas Antas apenas durante uma época (na sua primeira passagem pelo clube). Tal como Futre, o rapidíssimo avançado do FC Porto não hesitou quando colocado perante uma proposta irrecusável, que lhe garantiria também um novo desafio desportivo.
Mas enquanto que Paulo Futre prolongou a sua estadia em Madrid por 6 épocas, Rui Barros preferiu dividir o seu tempo por Turim (2 épocas na Juventus) e pelo Mónaco (3 épocas).
Foi no início da época 1993/94 que estes dois conceituados ex-jogadores do FC Porto se cruzaram no mesmo clube, o Marselha. Apesar de possuir um plantel, construído durante a «fase Bernard Tapie», muito vasto e rico, o OM resolveu contratar dois jogadores conceituados para fortalecer ainda mais a equipa que, uns meses antes, tinha garantido a primeira Taça dos Clubes Campeões Europeus para o futebol francês (o Marselha derrotou o AC Milan na final da competição).
Apesar de terem encontrado um plantel em fim de ciclo, Futre e Rui Barros ainda partilharam o balneário com alguns jogadores que ficaram ligados à melhor equipa de sempre do OM.
Fabien Barthez, Marcel Desailly, Basile Boli, Jocelyn Angloma, Dragan Stojkovic, Didier Deschamps, Alen Boksic e Rudi Völler, entre outros, foram alguns dos que tiveram o privilégio de jogar ao lado daqueles dois ex-jogadores do FC Porto.
Fabien Barthez, Marcel Desailly, Basile Boli, Jocelyn Angloma, Dragan Stojkovic, Didier Deschamps, Alen Boksic e Rudi Völler, entre outros, foram alguns dos que tiveram o privilégio de jogar ao lado daqueles dois ex-jogadores do FC Porto.
Infelizmente, Futre e Rui Barros só partilharam o mesmo clube durante uma época, pois, nesse mesmo ano, rebentou em França um escândalo que ficou conhecido como o caso Valenciennes-Olympique de Marseille («l'affaire VA-OM»). A justiça francesa deu como provado o facto dos marselheses terem subornado alguns jogadores do Valenciennes, de forma a que o Olympique não tivesse dificuldade em garantir o seu quinto título consecutivo, isto uns dias antes de defrontar o AC Milan, em Munique, na final da 'Champions'.
Apesar de ter vencido o Valenciennes por 1-0, e conquistado o «Pentacampeonato», o Marselha viu ser-lhe retirado o título no ano seguinte, ou seja, durante a época em que Futre e Rui Barros representaram o clube.
Além de ter ficado sem o título correspondente à época 1992/93, o Marselha também foi condenado a descer à segunda divisão, o que, naturalmente, originou uma debandada da maior parte dos jogadores que constituíam o plantel de 1993/94.
Além de ter ficado sem o título correspondente à época 1992/93, o Marselha também foi condenado a descer à segunda divisão, o que, naturalmente, originou uma debandada da maior parte dos jogadores que constituíam o plantel de 1993/94.
Enquanto que Futre, com 30 anos, optou por experimentar o 'Calcio' (Reggiana), Rui Barros decidiu colocar um ponto final na sua aventura no estrangeiro, regressando ao "seu" FC Porto, onde terminou a carreira.
Uns anos mais tarde, Futre confessou que chegou a receber um convite de Pinto da Costa para terminar a carreira no FC Porto, o que também lhe possibilitaria voltar a encontrar Rui Barros. No entanto, o nosso ex-nº 10 optou por dar meia-volta ao mundo e experimentar a Liga japonesa, onde jogou ao serviço do Yokohama Flügels.
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