sábado, 28 de março de 2009

O «cromo do dia» - Frasco

Recordamos mais um jogador formado nas escolas do Leixões e que, em finais da década de 70, trocou Matosinhos pelas Antas: António Frasco.
António Manuel Frasco Vieira nasceu a 16 de Janeiro de 1955, em Leça da Palmeira. Médio centro de baixa estatura (media apenas 1,68m), Frasco era aquilo que hoje se designa por 'box-to-box', ou seja, um médio-centro que não se limitava ás tarefas defensivas e que, com uma técnica apurada, gostava de auxiliar o ataque.
Sendo exímio na posse de bola, era o típico jogador a que os treinadores recorriam quando pretendiam controlar o jogo e fazer alguma contenção. Frasco era um mestre a esconder a bola!Depois de representar o Leixões durante várias épocas, Frasco chegaría ao FC Porto em 1978/79, acabando por ser, logo na época de estreia nas Antas, um dos jogadores que mais jogos realizou. Tinha 24 anos e foi, ao lado de Costa e Rodolfo, um dos 3 centro campistas mais utilizados por Pedroto na conquista do bicampeonato, em 1978/79.
Apesar do «Mestre», entretanto, ter deixado o clube, Frasco continuaría a ser muito utilizado por Hermann Stessl e, em 1983/84, novamente com Pedroto e António Morais, esteve no «onze» do FC Porto que defrontou a Juventus, em Basileia, na Final da Taça dos Vencedores das Taças. No ano seguinte, voltaría a ser preponderante no meio-campo (com Quim, André e Jaime Magalhães) do FC Porto, aquando do regresso do clube à conquista do campeonato nacional, com Artur Jorge.
Em 1986/87, já com 32 anos, Frasco ainda foi dos mais utilizados na campanha que levou o FC Porto a Viena. Na final, frente ao Bayern de Munique, entrou aos 65 minutos para o lugar de Inácio, numa altura em que o «pressing» sobre os alemães se acentuava. Depois de se sagrar campeão europeu, ainda venceu a Taça Intercontinental e a Supertaça europeia. Em 1987/88, e apesar de ter realizado menos jogos, foi o suplente mais utilizado por Tomislav Ivic. Nessa altura, Jaime Magalhães, Sousa, André e Jaime Pacheco, eram os preferidos do treinador jugoslavo para o meio-campo do FC Porto.
Com 34 anos, Frasco terminaría a sua passagem pelo FC Porto. No final da época 1988/89, sería um dos visados no processo de renovação «pós-Viena». Nessa época, foi utilizado em apenas 4 partidas do campeonato nacional. No entanto, foram 11 épocas consecutivas de azul-e-branco. Sensacional!
Ao serviço do FC Porto, venceu 4 campeonatos nacionais, 2 Taças de Portugal, 4 Supertaças Cândido de Oliveira, 1 Taça dos Campeões Europeus, 1 Supertaça Europeia e 1 Taça Intercontinental. Belo palmarés!
Depois de deixar o FC Porto, ainda regressou ao Leixões para disputar o campeonato nacional da II Divisão Zona Norte. No total, realizou 325 jogos na I Divisão, tendo marcado 22 golos. Frasco também foi internacional por Portugal em 23 ocasiões. No seu curriculo a nível da Selecção, destaca-se a presença no Euro 84, em França.
Depois de terminar a carreira de jogador, foi técnico principal de algumas equipas das divisões secundárias e, actualmente, continua a colaborar com o FC Porto a nível das camadas jovens.
Em cima, a ilustrar o 'post', destaque para duas fotos onde surge o antigo médio do FC Porto. Na última, surge ao lado de Celso e Eduardo Luís, aquando da recente homenagem aos campeões de Viena. E na segunda, surge num «onze» do FC Porto da época 1979/80. Em cima (da esq. p/ dta): Teixeira, Rodolfo, Freitas, Simões, António Oliveira; Fonseca; Em baixo (da esq. p/ dta): Frasco, Fernando Gomes, Bife, Sousa; Alfredo Murça;

1 comentário:

Anónimo disse...

Este (Frasco) é o autor da célebre frase:

«... sem o 25 de Abril nem 20 pintos da costa nos valeriam».


Já algum pseudo «dragão até à mor te» se deu ao cuidade de estudar (porque reflectir dá mais traba lho...) sobre semelhante mas mais que verdadeira frase?