Depois de ler o meu mais recente 'post' sobre o Cilcismo do FC Porto, o Armando Pinto enviou-me um pequeno texto sobre uma lenda portista da modalidade, que já tínhamos recordado no «cromo do dia»: Joaquim Leão.
"Joaquim Leão, apesar do apelido familiar e “nome de guerra”, foi um autêntico Dragão, tendo sido ciclista do FC Porto que, entre outros de estaleca, contribuiu para a hegemonia que o grandioso Clube da Invicta deteve no ciclismo nacional em boa parte da segunda metade do século XX.
Nascido a 18 de Abril de 1943, em Sobrado-Valongo, Joaquim da Silva Leão, apaixonado pelas corridas de bicicletas, ingressou jovem na colectividade das Antas que, nesse tempo, dava cartas nas provas ciclistas. Revelando-se atleta que com brilho representou a gloriosa camisola azul e branca, alvo de tantas paixões despertadas pelas estradas do país. Logo no início de carreira conquistou honrarias, que lhe valeram respeito no pelotão e depois inscreveu seu nome na galeria dos triunfadores de grandes provas, entre as quais a Volta a Portugal e a clássica Porto-Lisboa, além de ter incluído representações da selecção nacional e participado em provas estrangeiras.Venceu a “Volta” com 21 anos, fazendo parte de equipa composta por Sousa Cardoso, Mário Silva, Carlos Carvalho, Mário Sá, Ernesto Coelho, José Pinto e Joaquim Freitas, formação portista essa orientada por Onofre Tavares.
Joaquim Leão, entre os mimos que então recebeu, teve direito a reportagens jornalísticas que o fizeram saltar ao estrelato e lhe deram maior reconhecimento público, tal qual conhecimento de pormenores particulares, como foi o encorajamento abençoado por uma sua irmã, ao tempo religiosa no Hospital Novo de Famalicão. Durante a sua carreira, em plena década de sessenta, Joaquim Leão Venceu a Volta a Portugal em 1964 (estabelecendo, à época, novo recorde na média da longa prova), fez parte da Selecção portuguesa que participou no Mundial de Estrada de 1965 e 1966, correu a Volta a Espanha também em 1965 e 1966, triunfou no Porto-Lisboa de 1966 e colaborou, além da entreajuda para outros triunfos de colegas de clube, também nas vitórias colectivas, na classificação por equipas, que o FC Porto alcançou nas muitas corridas e provas de envergadura em que se impôs.
Na imagem principal recorda-se o seu grande triunfo, ostentando a coroa de louros de conquistador da Volta a Portugal. Podendo ver-se ainda, em respigo de uma publicação de banda desenhada («Os Heróis da Estrada», edição JN), um “recorte” alusivo a esse seu triunfo individual, com referência acrescida à vitória colectiva da equipa, no mesmo ano."
Armando Pinto, 12 de Maio de 2009
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