segunda-feira, 11 de maio de 2009

1, 2, 3,... tetra!

Já está, nasceu o 24º! Um título que marca a conquista do 2º tetra da nossa história (3º da história do futebol português). Julgo que não será nada prematuro falar-se na possibilidade de ultrapassagem ao Benfica no nº de títulos conquistados no campeonato português. Agora, ficam a faltar 7 campeonatos para atingir os 31 que, actualmente, o Benfica ostenta. Ou seja, se o FC Porto mantiver a cadência dos últimos 30 anos, pode ultrapassar o Benfica dentro de, aproximadamente, 10 a 12 anos. Já faltou mais!
Jesualdo tinha comentado que cada vez é mais difícil bater recordes no FC Porto, pois aí está mais um: o FC Porto é o primeiro clube português a vencer, por duas vezes, quatro campeonatos consecutivos, um «duplo-tetra» inédito no futebol português (o Sporting também venceu o tetra, com os «cinco violinos»).
No início da época, além de exultar com o Apito Dourado, a imprensa indígena também baptizou a nova temporada de «ano zero» do futebol português, ou seja, uma espécie de «nova era» pós-Apito Dourado. Tudo bem, pensámos nós. Para o FC Porto até podería estar aqui um novo estímulo para vencer mais um campeonato. À falta de motivação...
Afinal, essa «nova era» começa exactamente da mesma forma que terminou a anterior, com o FC Porto campeão. Pouco mudou! Somos o primeiro campeão do «novo futebol português». Nós, que até tínhamos demorado algum tempo (4 anos) a sagrar-nos campeões após a «Revolução de Abril», desta vez fomos pioneiros. Somos o primeiro campeão da «nova era»!!!
Agora a sério e sem ironias: queremos outro PENTA! É essa a sina dos campeões, pensar sempre nas próximas vitórias.
Hoje, os tetracampeões fizeram uma exibição calculista. O tetra falou mais alto! Sabendo que defrontava uma equipa que joga bom futebol, o FC Porto preferiu não correr riscos e garantir o título. Nada de romantismos, era preciso não deixar fugir o 24º!
Em determinados aspectos, o jogo de hoje acabou por ser um reflexo da época do FC Porto. Uma equipa que privilegiou o rigor defensivo e que nunca se desposicionou. Por vezes, o FC Porto deu demasiada posse de bola aos seus adversários, mas a equipa foi sempre irrepreensível a nível defensivo. Se a isto juntarmos uma média de dois golos marcados por jogo, chegamos ao «cocktail» do tetra.
Excelente ocupação do espaço, muita concentração, grande rigor táctico,... Assim, não é fácil marcar golos ao FC Porto. Isto é trabalho de casa do Prof. Jesualdo. O FC Porto foi uma verdadeira equipa. No entanto, destaco a época fantástica realizada por Rolando, Bruno Alves, Fernando e Raúl Meireles. Eles foram o garante da fiabilidade da «máquina»! Aqui chegados, só podemos lamentar o momento físico de alguns jogadores. É difícil realizar mais de 60 jogos por época, mas ainda mais difícil é jogá-los para ganhar. O FC Porto jogou sempre para ganhar!
Para o Domingo ser perfeito, só faltou a vitória no Basquetebol (o FC Porto foi derrotado pelo Benfica no 4º jogo do play-off). Além do tetra no Futebol, o FC Porto também garantiu importantes vitórias no Hóquei em Patins (vitória sobre o Benfica, por 4-3) e no Andebol (vitória sobre o Madeira SAD, por 30-29), ambas a garantirem presença na final dos respectivos campeonatos. Não basta dizer que somos um clube ecléctico, é preciso vencer!
«Este clube alimenta-se de títulos», comentou Fucile no final do jogo frente ao Nacional.

5 comentários:

Gil Lopes disse...

TETRA-CAMPEÕES :) :) :) :)

Agora venha a Dobradinha

Abraço

dragao vila pouca disse...

Quem é o Tetracampeão? É o Dragão!

Foi difícil, o Nacional foi a melhor equipa, a que jogou melhor -incluindo os jogos da C.League -, no Dragão. Mas, os Campeões, são aqueles que sabem sofrer, que se sacrificam e quando jogam mal, mesmo assim, conseguem ganhar.
Somos a melhor equipa e normalmente, os melhores ganham.

Aos que não se conformam, aos que continuam a ver a árvore e não ver a floresta, aos que continuam a fazer as coisas por outro lado, resta-lhes fazer queixa ao Platini, ao Blatter, ao Barroso, ao Ban Ki-moon, ao Obama, ou até à Nato, e se mesmo assim, não se conformarem...arranquem os cabelos, esgadanhem-se, batam com a cabeça contra a parede, façam e digam, o que quiserem, porque isso, a nós, não nos aquece, nem nos arrefece, somos Tetracampeões e o resto é conversa de perdedores.

Há sportinguista e benfiquistas, que reconhecem no F.C.Porto, a competência, o profissionalismo e a qualidade. Esses, têm o meu respeito, os outros, coitados, vão para o Céu de certeza, pois como diz a Bíblia, é para lá que vão os pobres de espírito...

Um abraço a toda a família da blogosfera portista, que deu, por muito pequeno que seja, um contributo importante, para a conquista do título.

Hugo M disse...

Uma das imagens da festa:

http://2.bp.blogspot.com/_oUrOicZO2-4/SggMbvGxNBI/AAAAAAAAAEg/HowNPdMNuBY/s1600-h/CR10.jpg

Dragaopentacampeao disse...

Vitória difícil como se antevia, face à qualidade evidente do adversário em presença que se mostrou sempre incómodo e inconformado. Valorizou por isso a nossa vitória.

O FC Porto não jogou muito bem, o desgaste de alguns jogadores começa a notar-se e disso se recente a exibição bem como de ausências de peso.

Podia ter sido melhor? Naturalmente, mas o que prevalece é que o objectivo foi atingido logo na primeira das três oportunidades de garantir o título.

O Dragão apresentou-se vestido de gala para fazer a festa e a equipa correspondeu ao que dela se esperava: GANHAR!

É este o espírito que marca a diferença e caracteriza os verdadeiros campeões.

Contra tudo e contra todos o FC Porto ano após ano segue a sua passada firme cumprindo a sua vocação : VENCER!

Por tudo isto cada vez tenho mais orgulho em ser portista.

Bem hajam todos quantos partilham desta imensa alegria.

Um abraço

Azulantas disse...

Caro Ricardo,

O nosso Porto está de facto de parabéns e JF será o maior responsável, seguido de Pinto da Costa, Antero Henrique e todos os jogadores, por este título.

Devemos o título a Jesualdo mas não nos podemos esquecer que ele também é apenas um homem que conduz outros homens.

Ao contrario do que o Ricardo parece afirmar, a época não foi perfeita, especialmente no capítulo defensivo.

3 novos titulares (Sapunaru, Rolando e Cissokho) só se estabeleceram como definitivos por volta de Dezembro (2008), sendo que anteriormente a equipa teve de recorrer à veterania de Pedro Emanuel para pôr cobro ao descalabro que era a defesa por volta de Outubro e Novembro.

O mérito de Jesualdo Ferreira (e restante equipa técnica) foi recuperar dessa fase negra de resultados e exibições sofríveis e (trans)formando jogadores "em andamento".

A peça final do puzzle foi encontrada em Janeiro em Setúbal. Cissokho veio matar uma sede que a equipa tinha desde que Nuno Valente foi para o Everton.

A partir daí sim, a defesa passou a ser mais sólida, protegida à frente por um conjunto de médios e avançados de classe mundial (que nunca se negaram a ajudar como se viu agora contra o Nacional Lisandro e Rodriguez a vir atrás recuperar bolas) e atrás por um Guarda-Redes, que não sendo perfeito, é excelente.

É aí que merece destaque o trabalho realizado pela equipa técnica: na transformação de um grupo de titulares com 6 caras novas num grupo coeso capaz de se bater de igual para igual com o Campeão Europeu.