Não resistimos! As últimas exibições do ‘Cebola’ convidaram-nos a recuar à chegada do uruguaio ao futebol português e à sua posterior transferência para o FC Porto.
Rodriguez chegou à Europa vindo do Peñarol. Foi neste histórico clube uruguaio que o ‘Cebola’ fez toda a formação juvenil, chegando à equipa principal do Peñarol (na foto) com apenas 16 anos de idade. A partir daí assistiu-se à sua rápida progressão no futebol uruguaio, tendo, em 2003, sido a grande figura dos Sub-20 uruguaios no Campeonato da América do Sul. Dois anos depois foi nomeado capitão da selecção Olímpica do Uruguai no torneio Sul-Americano disputado na Colômbia. Agora, com apenas 23 anos, já é considerado o sucessor de Álvaro Recoba na principal selecção do Uruguai.
Contudo, a sua rápida ascensão no futebol uruguaio, e o posterior interesse de grandes clubes europeus, também lhe trouxe alguns problemas. Em 2005, o Peñarol propôs-lhe a renovação do contrato mas Rodriguez recusou a proposta pois considerava que o clube estava a dificultar a sua transferência para a Europa. Perante a relutância do uruguaio, a direcção do Peñarol optou por afastá-lo dos treinos durante algumas semanas. Essa medida, além de ter colocado o jogador à margem da equipa, também fez aumentar a insatisfação dos adeptos que passaram a olhar Rodriguez como um traidor. O braço de ferro entre o jogador e o Peñarol continuou até Rodriguez ser transferido para o Paris Saint-Germain, durante o Verão de 2005.
Mas a saída de Rodriguez não foi nada pacífica, tendo os responsáveis do Peñarol apresentado uma queixa à FIFA que obrigou o jogador a adiar a estreia pelo clube parisiense enquanto o conflito entre os dois clubes não ficasse resolvido. A paragem a que foi obrigado, e o natural período de adaptação ao futebol europeu, colocaram-lhe algumas dificuldades para encontrar um lugar no «onze» do PSG. Contudo, acabou por participar em 36 jogos (nem sempre como titular) e ficar no plantel. Na época seguinte, a chegada de Paul Le Guen ao PSG acabou por não ser uma boa notícia para Rodriguez que, nos primeiros jogos da época, se viu preterido no «onze» inicial em detrimento de Jérôme Rothen, Dhorasoo ou Sergei Semak, que eram os preferidos de Le Guen no apoio ao português Pauleta. A meio da época, o jogador chegou a acordo com o PSG para se transferir para outro clube e poder jogar com mais regularidade. Foi nessa altura que Rodriguez soube do interesse do Benfica, chegando à Luz por empréstimo na abertura do mercado de transferências, em Janeiro de 2008. Perante a recusa do Benfica em adquirir o seu passe pelos valores que os empresários do uruguaio pediam, o FC Porto não hesitou e comprou 70% dos direitos do jogador pelo montante de 7 milhões de euros (hoje já vale o dobro!).
Recentemente, foi noticiado em Inglaterra que Rodríguez sería uma das alternativas do Tottenham para o lado esquerdo do ataque caso falhasse a contratação de Stewart Downing, do Middlesbrough. Segundo a imprensa inglesa, caso o negócio com Downing não tivesse sucesso, o treinador dos londrinos, Harry Redknapp, tinha duas alternativas: Rodríguez, do FC Porto, e Juan Arango, do Maiorca. Mas dúvidamos que o FC Porto deixasse sair o jogador em Janeiro e numa altura em que o seu passe se valoriza a cada semana que passa. O 'Cebola' é para ficar!
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