Hoje recuperamos a chegada ao FC Porto do primeiro grande talento do futebol português e um dos jogadores mais carismáticos de toda a história do clube: Artur de Sousa ‘Pinga’.
Foi Josef Szabo, treinador húngaro que orientou o FC Porto durante grande parte da década de 30, o grande responsável pela vinda de Pinga para o FC Porto. Depois de um jogo entre uma selecção da Madeira e uma selecção do Porto, o então jogador húngaro do Marítimo chamou a atenção dos responsáveis portistas. Uns dias mais tarde, Szabo recebeu uma carta do ex-guarda-redes e treinador húngaro do FC Porto, Miguel Siska, a convidá-lo a mudar-se para o Porto. Szabo aceitou o convite de Siska para, a troco de 500 escudos por mês, jogar e treinar a equipa do FC Porto, mas o húngaro fez uma exigência aos responsáveis do clube: trazer consigo o maestro da equipa do Marítimo, Pinga.
O jogador chegou ao FC Porto no Natal de 1930, mas segundo relatos da época, a sua transferência acabou por originar uma grande desavença entre os dois clubes, com os dirigentes do Marítimo a acusarem os responsáveis do FC Porto de falsificação de documentos. A polémica ficou bem retratada numa das primeiras edições de 1930 da revista Stadium: «Sousa deixou de jogar no Marítimo para ficar no Porto. E vale dizer aqui que foi necessário fazerem-se umas falsificaçõezinhas para ele começar desde logo a exercer a sua acção de esplêndido jogador. Uma troca de retratos... umas malandrices na Associação... E aquela carta lavrada no livro da Associação em que, constatando-se que Pinga estava preso pelo Funchal, lhe era vedado jogar no Porto mas, por interferência de alguém que apareceu um dia, depois foi dada como não existindo pelos mesmos directores,...».
Depois de trocar o Marítimo pelo FC Porto, Pinga passou a receber 500 escudos por mês. No entanto, e de forma a camuflar a verba que Pinga ía auferir, também houve necessidade de dissimular uma suposta prestação de serviços do jogador na fábrica de Sebastião Ferreira Mendes. O que é certo é que Pinga se tornaría no jogador mais influente do FC Porto e um dos grandes responsáveis pelos primeiros títulos do clube a nível nacional.
Depois de trocar o Marítimo pelo FC Porto, Pinga passou a receber 500 escudos por mês. No entanto, e de forma a camuflar a verba que Pinga ía auferir, também houve necessidade de dissimular uma suposta prestação de serviços do jogador na fábrica de Sebastião Ferreira Mendes. O que é certo é que Pinga se tornaría no jogador mais influente do FC Porto e um dos grandes responsáveis pelos primeiros títulos do clube a nível nacional.
Em cima, a ilustrar o ‘post, uma foto de um «onze» do FC Porto da década de 30. Pinga é o segundo, em baixo, a contar da esquerda.
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