
Ainda assim, logo aí houve sinais das dificuldades que o FC Porto vai enfrentar até encontrar um «onze» tão forte como o de 2008/09. É que além de ter ficado sem dois 'capitães' de equipa (e poder vir a perder o terceiro, se Bruno Alves também sair), o Professor também perdeu 3 dos jogadores com mais carácter e personalidade no plantel (Lucho, Lisandro e Pedro Emanuel).
Jesualdo já confessou que lhe dá um grande gozo construir novas equipas, e até já o provou, pois ficou sem Anderson, Pepe, Bosingwa, Quaresma e Paulo Assunção, entre outros, e ainda assim conseguiu vencer a Liga e esteve muito perto de eliminar o campeão da Europa na edição do ano passado da Liga dos Campeões. Mas atenção, porque num clube habituado a ganhar e com uma massa associativa super-exigente, a margem de erro e o tempo de que um treinador dispõe são curtíssimos. No FC Porto é obrigatório ganhar... hoje!

Além disso, o Professor tem crédito junto da SAD do FC Porto, pois foi ele o maior responsável pelo encaixe financeiro e mais-valias que o FC Porto realizou com as recentes transferências de jogadores. O trabalho específico (táctico e mental) que realizou com alguns jogadores (Fernando, Cissokho, Bruno Alves, Hulk,...) permitiu valorizar (e muito) os seus passes e, ao mesmo tempo, permitiu-lhe ganhar legitimidade junto da SAD para pedir tempo ao seu novo FC Porto 2009/10.

Nas actuais circunstâncias, com o natural desgaste provocado pela conquista de vários títulos, com a fasquia a manter-se lá bem em cima e com um plantel que perdeu as suas principais figuras, a pressão sobre o treinador vai ser ainda maior do que em épocas anteriores.
Se perder, o Professor será um fracasso. Se ganhar, fará apenas igual ás épocas anteriores, mas em circunstâncias bem mais difíceis. Jesualdo sabe-o, mas, ainda assim, prefere adoptar um discurso optimista e ambicioso, nunca lamentando a opção da SAD em transferir jogadores. Se o FC Porto 2009/10 ficar tão forte como o da época passada, tiro o meu chapéu ao trabalho do Professor.
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