Hoje, recordamos o primeiro treinador da presidência de Pinto da Costa, o austríaco Hermann Stessl. Apesar de ter sido escolhido por Américo de Sá, que abandonou a presidência do clube após o acto eleitoral de 1982, Stessl ainda permaneceu no FC Porto após a eleição de Pinto da Costa, ou seja, até final da época 1981/82. No FC Porto, o austríaco acabou por ser vítima do período conturbado e de indefinição que o clube viveu após o célebre «Verão Quente» de 1980, e que originou a saída de José Maria Pedroto e de alguns jogadores preponderantes, como Fernando Gomes ou António Oliveira.
Hermann Stessl nasceu em Graz (Áustria), a 3 de Setembro de 1940. Este ex-treinador do FC Porto acabou por ser mais bem sucedido como treinador do que como jogador.
Stessl iniciou a sua carreira nas camadas jovens do Grazer AK, em 1952. Depois, ainda representou mais dois clubes austríacos, o FC Dornbin e o SV Leibnitz, onde iniciou a carreira de treinador. Apesar de ter sido um jogador modesto, Stessl foi convidado a orientar a equipa júnior do SV Leibnitz. Foi assim que, no início dos anos 70, iniciou a sua longa carreira de treinador.
É curioso que, apesar de ter orientado vários clubes europeus, Stessl só conseguiu ser campeão ao serviço do Áustria de Viena, e logo em 4 (!) ocasiões. Foi neste histórico clube austríaco que passou os melhores momentos da sua carreira de treinador, sagrando-se campeão austríaco em 1978, 1979, 1986 e 1993.
Também foi ao serviço do Áustria de Viena que Stessl conseguiu os seus melhores registos nas competições europeias, tendo, inclusive, atingido a Final da Taça das Taças, em 1977/78. O Áustria de Viena eliminou, consecutivamente, o Cardiff City (País de Gales), o Lokomotiv Kosice (Checoslováquia), o Hadjuk Split (Jugoslávia) e o Dínamo de Moscovo (URSS). Os austríacos só foram derrotados na final da competição pelo super-Anderlecht, de Raymond Goethals, que, curiosamente, eliminou o FC Porto nos Quartos-de-final da prova.
Na época seguinte, Stessl voltaria a colocar o Áustria de Viena entre os melhores da Europa, ao atingir as meias-finais da Taça dos Clubes Campeões Europeus (foi eliminado pelo Malmo, da Suécia).
Depois da conquista dos títulos no seu país, seguiu-se a primeira experiência fora da Áustria, ao ser convidado para orientar o AEK de Atenas, em 1979/80. O convite do FC Porto chegou logo na época seguinte, tornando-se Stessl no último treinador da presidência de Américo de Sá. Devido ao momento tumultuoso que o FC Porto vivia, Stessl acabou por não ter sucesso na sua segunda experiência no estrangeiro.
Em 1980/81, o FC Porto foi 2º classificado no campeonato nacional e foi derrotado (3-1) pelo Benfica na final da Taça de Portugal, enquanto que em 1981/82, o FC Porto ficou-se pela 3ª posição no campeonato e na Taça não foi além dos Quartos-de-final (derrota nas Antas, com o Benfica, por 1-0).
Quanto ás competições europeias, a participação do FC Porto foi ainda mais decepcionante, não ultrapassando, nas duas épocas, a 2ª eliminatória da Taça UEFA (eliminado pelo Grasshoppers), em 1980/81, e da Taça das Taças (eliminado pelo Standard de Liége), em 1981/82.
A Supertaça Cândido de Oliveira acabou por ser o único troféu que o austríaco conquistou nos dois anos que permaneceu nas Antas. Foi a primeira Supertaça da história do clube. Depois de ter sido derrotado, por 2-0 (dois golos de Néné), no jogo da 1ª mão, disputado no Estádio da Luz, o FC Porto derrotaria o Benfica (de Lajos Baroti), nas Antas, por esclarecedores 4-1 (com «hat-trick» de Jacques).
O treinador austríaco deixaria o FC Porto no final da época 1981/82, logo após a eleição de Pinto da Costa, que já tinha acordado com Pedroto o seu regresso ao clube. Ainda assim, Stessl permaneceria em Portugal durante mais duas épocas, primeiro ao serviço do Boavista e, em 1983/84, ao serviço do Vit. Guimarães (em ambos, o austríaco não chegou ao final da época).
Depois da (má) experiência em Portugal, Stessl voltaria à Áustria para orientar o Sturm Graz. O seu regresso a casa também coincidiu com o regresso aos títulos, pois em 1985/86 foi convidado a orientar novamente o Áustria de Viena, sagrando-se campeão austríaco 7 anos depois de ter deixado o seu país.
Apesar de sempre ter sido considerado um 'gentleman', a verdade é que Stessl só teve sucesso naquele histórico clube austríaco (voltaria a repetir a conquista do título em 1992/93).
Em Portugal, a sua postura cordial e afável não teve correspondência nos resultados das equipas que orientou. É curioso que, quando deixou o seu país pela segunda vez, para orientar o Racing de Santander, em 1987/88, os jornalistas espanhóis classificaram a sua passagem pelo clube como um «simpático desastre», o que ilustra bem o modo como, apesar dos maus resultados, o austríaco era visto.
Actualmente, o ex-treinador do FC Porto gere uma academia para jovens jogadores, a 'Hermann Stessl Football School'. A última vez que ouvimos falar deste treinador austríaco foi quando o próprio confirmou à imprensa portuguesa que Jesualdo Ferreira quis levar o seu compatriota Roland Linz para o FC Porto.
Em cima, recuperámos algumas fotos onde surge este ex-treinador do FC Porto. Na terceira foto, surge entre o Prof. Hernâni Gonçalves e o já falecido Telles Roxo. Recuperámos também um «onze» do FC Porto, orientado por Stessl, da época 1980/81.
Em cima (da esq. p/ dta): Walsh, Gabriel, Simões, Freitas, Romeu e Tibi;
Em baixo (da esq. p/ dta): Sousa, Albertino, Frasco, Teixeira e Lima Pereira;
Stessl iniciou a sua carreira nas camadas jovens do Grazer AK, em 1952. Depois, ainda representou mais dois clubes austríacos, o FC Dornbin e o SV Leibnitz, onde iniciou a carreira de treinador. Apesar de ter sido um jogador modesto, Stessl foi convidado a orientar a equipa júnior do SV Leibnitz. Foi assim que, no início dos anos 70, iniciou a sua longa carreira de treinador.
É curioso que, apesar de ter orientado vários clubes europeus, Stessl só conseguiu ser campeão ao serviço do Áustria de Viena, e logo em 4 (!) ocasiões. Foi neste histórico clube austríaco que passou os melhores momentos da sua carreira de treinador, sagrando-se campeão austríaco em 1978, 1979, 1986 e 1993.
Também foi ao serviço do Áustria de Viena que Stessl conseguiu os seus melhores registos nas competições europeias, tendo, inclusive, atingido a Final da Taça das Taças, em 1977/78. O Áustria de Viena eliminou, consecutivamente, o Cardiff City (País de Gales), o Lokomotiv Kosice (Checoslováquia), o Hadjuk Split (Jugoslávia) e o Dínamo de Moscovo (URSS). Os austríacos só foram derrotados na final da competição pelo super-Anderlecht, de Raymond Goethals, que, curiosamente, eliminou o FC Porto nos Quartos-de-final da prova.
Na época seguinte, Stessl voltaria a colocar o Áustria de Viena entre os melhores da Europa, ao atingir as meias-finais da Taça dos Clubes Campeões Europeus (foi eliminado pelo Malmo, da Suécia).
Depois da conquista dos títulos no seu país, seguiu-se a primeira experiência fora da Áustria, ao ser convidado para orientar o AEK de Atenas, em 1979/80. O convite do FC Porto chegou logo na época seguinte, tornando-se Stessl no último treinador da presidência de Américo de Sá. Devido ao momento tumultuoso que o FC Porto vivia, Stessl acabou por não ter sucesso na sua segunda experiência no estrangeiro.
Em 1980/81, o FC Porto foi 2º classificado no campeonato nacional e foi derrotado (3-1) pelo Benfica na final da Taça de Portugal, enquanto que em 1981/82, o FC Porto ficou-se pela 3ª posição no campeonato e na Taça não foi além dos Quartos-de-final (derrota nas Antas, com o Benfica, por 1-0).
Quanto ás competições europeias, a participação do FC Porto foi ainda mais decepcionante, não ultrapassando, nas duas épocas, a 2ª eliminatória da Taça UEFA (eliminado pelo Grasshoppers), em 1980/81, e da Taça das Taças (eliminado pelo Standard de Liége), em 1981/82.
A Supertaça Cândido de Oliveira acabou por ser o único troféu que o austríaco conquistou nos dois anos que permaneceu nas Antas. Foi a primeira Supertaça da história do clube. Depois de ter sido derrotado, por 2-0 (dois golos de Néné), no jogo da 1ª mão, disputado no Estádio da Luz, o FC Porto derrotaria o Benfica (de Lajos Baroti), nas Antas, por esclarecedores 4-1 (com «hat-trick» de Jacques).
O treinador austríaco deixaria o FC Porto no final da época 1981/82, logo após a eleição de Pinto da Costa, que já tinha acordado com Pedroto o seu regresso ao clube. Ainda assim, Stessl permaneceria em Portugal durante mais duas épocas, primeiro ao serviço do Boavista e, em 1983/84, ao serviço do Vit. Guimarães (em ambos, o austríaco não chegou ao final da época).
Depois da (má) experiência em Portugal, Stessl voltaria à Áustria para orientar o Sturm Graz. O seu regresso a casa também coincidiu com o regresso aos títulos, pois em 1985/86 foi convidado a orientar novamente o Áustria de Viena, sagrando-se campeão austríaco 7 anos depois de ter deixado o seu país.
Apesar de sempre ter sido considerado um 'gentleman', a verdade é que Stessl só teve sucesso naquele histórico clube austríaco (voltaria a repetir a conquista do título em 1992/93).
Em Portugal, a sua postura cordial e afável não teve correspondência nos resultados das equipas que orientou. É curioso que, quando deixou o seu país pela segunda vez, para orientar o Racing de Santander, em 1987/88, os jornalistas espanhóis classificaram a sua passagem pelo clube como um «simpático desastre», o que ilustra bem o modo como, apesar dos maus resultados, o austríaco era visto.
Actualmente, o ex-treinador do FC Porto gere uma academia para jovens jogadores, a 'Hermann Stessl Football School'. A última vez que ouvimos falar deste treinador austríaco foi quando o próprio confirmou à imprensa portuguesa que Jesualdo Ferreira quis levar o seu compatriota Roland Linz para o FC Porto.
Em cima, recuperámos algumas fotos onde surge este ex-treinador do FC Porto. Na terceira foto, surge entre o Prof. Hernâni Gonçalves e o já falecido Telles Roxo. Recuperámos também um «onze» do FC Porto, orientado por Stessl, da época 1980/81.
Em cima (da esq. p/ dta): Walsh, Gabriel, Simões, Freitas, Romeu e Tibi;
Em baixo (da esq. p/ dta): Sousa, Albertino, Frasco, Teixeira e Lima Pereira;
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